quarta-feira, 24 de novembro de 2010

QUE VISUAL!

TIA MARIA E O PAPAGAIO

Esta da foto é a Tia Maria. Nada combina mais que a Tia Maria e o papagaio. Papagaio e tia Maria lembram também do tio Toninho, avô desse menininho aí da foto, Carlos. Nesse feliz dia, fizemos uma visita a eterna tia Maria, na Ventania.

EDUCAÇÃO EUROPÉIA!



Uma vez eu ouvi uma pessoa dizendo que já havia rodado o Brasil inteiro e nunca havia encontrado uma cidade tão educada quanto Carmo do Rio Claro. Vale lembrar. As mulheres foram educadas pelas freiras francesas da Congregação das Irmãs da Providência e os homens, pelos Irmãos de São Miguel, no Colégio Montfort.

Segundo o livro de Celeste Noviello Ferreira - Quadro de Saudades - os irmãos partiram da Itália para Carmo Rio Claro em 23 de dezembro de 1948, graças a intervenção de D. Hugo Bressane de Araújo. Primeiros irmãos que chegaram ao Carmo:
Irmão Angélico, Irmão Wenceslau, Irmão Afonso, Irmão Giovani.

Havia ali uma chácara, que foi doada por José de Oliveira Leite e sua esposa Flávia Lemos de Oliveira Leite, José Ferraz Leite e Honestália Oliveira Leite, João Cipriano Freire e Maria José Leite Freire. Esses foram os beneméritos, vale lembrar.

O Francisco Matassa - que criou família e descansou no Carmo - ensinou a todos a Matemática e ele que estava à frente da congregação quando o estabelecimento foi doado ao município. Juntamente com o empenho do Padre Mário Pio de Faria, o Colégio Montfort se transformou em Escola Estadual Monsenhor Mário de Araújo Guimarães.
Primeiros professores: Irmão Natal, Irmão Wenceslau Matassa, Irmão Afonso, Irmão Giovani, Irmão Francisco, Dr., Jacomino Inaccarata, Dr. Pedro Tito Pereira, Sr. Milton de Araújo Pereira, Sr. Francisco José Macedo, Sr. Lourenço Figueiredo e Srta. Iracema Faria.
Lembro-me também muito do Conrado.

Uma historinha engraçada:
Tio Milton era muito severo. Um aluno chegou à porta para ver se ele estava chegando, quando deu de cara com o professor:
- Eu vim ver se o senhor invinha.
- Invai agora para a diretoria!
Eles moram no nosso maginário e na história da cidade. Umas fotos para matar a saudade.



Na foto: ao centro o Tio Milton de Araújo Pereira, ao lado, entre outras: a Cacilda Borges, a
Angela do Zé Ganguinha, a Dedete, a Dagraça...

VAMOS DAR OS CRÉDITOS

Aí o Boquita e, do outro lado, o primo Renato Soares. A foto foi publicada na coluna www.nanademinas.com.br
Na foto: o Big Boy em visita à fazendinha do Tião, em umas férias inesquecíveis que passamos por lá. (Ayrá Sol, Gabriela, Cleise e Renato)
A maioria das fotos antigas postadas nesse blog são do acervo do meu querido amigo César, mais conhecido no Carmo por Boquita. Ele é irmão do Célio, o Big Boy, meu querido amigo dos velhos tempos do Bar XV, a saudosa década de 70.

CASOS DO JOB -CURIOSIDADE - Corina pariu Corina que pariu Corina

Esta tradição na familia Figueiredo está acabando. Todos os descendentes da Vó Corina punham o nome em um de seus filhos. O Job listou:
A vó Corina chamou de Corina Izaura a jovem que morreu muda e louca e que é personagem de um dos meus livros.
Tio Eustáquio e tio Nhô tiveram filhas com o nome. Tio Piruá teve a Irmã Emereciana, que se chamava Corina. A Tia Rosina teve a Cora. Tia Corina teve a Maria Corina. Tio Job teve a Corina Angélica, Tia Carmelitana teve a Corina (mulher do Moacir Vilela) e a Tia Lourdes teve a Corininha.

CASOS DO JOB. ESSA É ÓTIMA!

O Vovô Pipoca, pai da vó Alice, tinha um trole que levava os viajantes recém chegados, do Porto Carrito à cidade. O troleiro do vovô (o Job não se recorda o nome) comentou um dia:
"A família do Seu Pipoca, as mulheres acertaram, todas corretas, boas donas de casa, senhoras muitas dignas. Agora, os homens, não deram em nada, vou explicar o por que. Eles são quatro:
O mais velho, o Eustáquio, é doido.
O Piruá, é mole.
O Nhô é bobo
e o Job sentou praça.

"Tio Nhô era muito distraído. Vindo do Rio de Janeiro de trem, chegando em Cruzeiro, São Paulo, havia um entroncamento na Rede Central do Brasil. Embarcava na Rede Mineira de Aviação, fazendo uma baldeação para Gaspar Lopes. Acontece que o movimento era muito grande e tocava o sino a cada saída do trem, que passava de um lado e de outro. Nessa confusão, Tio Nhô trocou a mala, pegou a primeira mala que viu e embarcou despreocupado.
Quando chegou ao Carmo e abriu a mala com os presentes da Tia Rosina para toda a família, levou um susto, o que tinha dentro? Quando ele abriu, ao invés dos cobiçados presentes ele se deparou com um smoking de gravata borboleta e sapatos de verniz. Ele não ia a festas. Um dia, tirou o smoking do armário e passou a usá-lo normalmente. Os que o viam pela rua carreando o carro de boi trajado de smoking, diziam: É o Nhô Figueiredo, essa família é de loucos mesmo."

Mas se andar mais um pouquinho, a máxima tende a se confirmar.
Venham comigo lá na década de 30.
Descendo o Largo São José, em Carmo do Rio Claro, na esquina, morava Eustáquio Figueiredo. Ele andava trajado de linho branco, sapatos de duas cores, suspensórios, chiquérrimo. Com a maior naturalidade, à hora do almoço, colocava a sua mesa no passeio e tranquilamente almoçava tomando vinho, como se estivesse em Paris.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

UMA FAMÍLIA QUE TEM O DOM DO FUTEBOL!


Guarda esse rosto e esse nome - Gabriel ou Gabrielzinho - ele promete ir longe no futebol. As tias corujas têm certeza que ainda vão assistir esse pequenininho numa copa do mundo. Por falta de foto dele jogando futebol, publico essa dele com sua mãe, Alice. Abaixo, os craques: Edmundo Figueiredo Soares (meu pai), o Joaquim José e o Quinzé, todos correndo atrás da bola. Na última foto, reparem bem, é o Quinzé de mascotinho do GEC. Só não dá para ouvir a gritaria das tias nas arquibancadas, babando o primeiro sobrinho.














FIGUEIREDINHOS - o futuro está garantido........

O Otávio - filho do Joaquim José e da Ivelise (será que escreve assim?), o Gabriel (da Alice e do João) e o Bruno (do Beto e Karine), no aniversário de 70 anos do Joaquim.
Ayrá Sol, filha mais nova de Cleise Soares e Renato Coelho

A renca de meninos na Fazenda Água Limpa!


Os dois meditando, olhando longe...
(Yuri e Gabriel)


GEC DAS NOSSAS SAUDADES!


Ana Maria e Joaquim José, elegantemente trajados, em um baile.

Do antigo clube do Grêmio Esportivo Carmelitano eu não me lembro, apenas daquela notícia que correu na cidade quando eu ainda era pequenininha. O clube estava pegando fogo. Quando tinha meus 13 anos comecei a frequentar o barracão que ficou no lugar do clube queimado, nos primeiros Jeca no Gec em Julho, inesquecíveis. Aqueles dias estão para sempre dentro do meu coração. Lembro-me até deste salão inebriado de lance perfume, quando ainda era liberada. O Luizinho, meu irmão, comprava a garrafinha dourada no Sô Túlio. Dizem que ele não gostava de que interrompessem a sua novela. Se alguém chegasse e perguntasse tem picolé de quê? "Tem sim, de arame farpado."

Na foto abaixo, está o meu irmão Joaquim José Vilela Soares










domingo, 7 de novembro de 2010

A PAINEIRA


Esta paineira ficava em frente a casa do Vô Pipoca, ao lado da igreja, na casa do Job Milton. Ali se encontravam as pessoas da cidade para prosear... Um verdadeiro ponto de encontro. Até que as suas raízes começaram a prejudicar as estruturas da velha casa. Foi cortada para tristeza de muitos da época. Conheça então a paineira dos Figueiredos.

SAUDOSO DOUTOR LUIZ.!

Eu me lembro, era noite fechada e silenciosa. Ardia em febre e repetia para minha mãe que as sete cláudias iam cair sobre mim. Havia uma presença silenciosa, amorosa, que punha fogo em álcool num recipiente de metal, esterelizando a seringa para a injeção. O ambiente que antes estava nervoso, ficou calmo com a sua chegada. Qualquer doença saia pela porta dos fundos, quando ele entrava. Vocação e doação pura. Dr. Luiz Introcaso recebe as minhas homenagens. Todos que o conheceram sabem que ele não cobrava de ninguém. A população procurava retribuir com agrados como pencas de banana, uma dúzia de ovos, feijão de corda... ele ganhou um carro e uma casa. mas dinheiro mesmo... O Job me contou que quando a sua mulher, preocupada com a falta do dinheiro, ia cobrar do doutor Luiz, ele respondia:
- Abra a gaveta, está cheia de Deus lhe pague!

Meditando...

Edmundo
O nosso querido Joaquim José.


Renato, Cleise e Joaquim

ISSO É QUE É FAMÍLIA!

O pôr do sol é concorrido no muro de pedra, reúne toda a família.


Família FIGUEIREDO SOARES no aniversário de 70 anos de Joaquim José, festa na Fazenda Água Limpa.
(foto do Edmundo Soares)

sábado, 6 de novembro de 2010

Quem se lembra das fotos de Douat?

(Joaquim José Vilela Soares - foto de Douat)


DOUAT

Ele retocava o rosto das pessoas nas fotografias, muito antes do fotoshop. O Jó contou um dito, que por certo é interessante para quem conheceu o personagem, fica registrado:

Se Duá tirasse o Retrato do Ó, ia fica de doê.

A MELHOR DO SR.GABRIELZINHO

Por falta de foto de porco, vai essa mesma de búfalo. O Edmundo é corajoso!

Casos do Jó

"Sr. Gabriel Andrade dos Santos, conhecido como Seu Gabrielzinho, era analfabeto, mas muito espirituoso. Essa é clássica dele:

Um camarada quis gozar o Gabrielzinho, deixá-lo em situação difícil. Mandou dizer que queria comprar uns porcos, mas não queria nem macho, nem fêmea. Aí, ele respondeu:

- Pode vir buscar os porcos, mas não venha nem de noite, nem de dia.


aconteceu em 1939


"Dona Stela Silva levou a turma do quarto ano primário na casa do Tio Milton, para ouvir o primeiro rádio de Carmo do Rio Claro. Chegou lá, só ficou chiando."

(Tia Dolores)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Se você fosse palavras...

É TEMPO

É tempo de goiabada

Marmelada

Pamonha

Pau a pique

Biscoitão

Pão de ló

Goiabada no prato de leite.

Omelete com cebolinha verde

Limão china

Doce de leite.

Queijo Minas.

História comprida

Fio da meada

Nossa Senhora do Carmo do Monte do Rio Claro

Educação francesa para as mulheres

Italiana para os homens.

Se você fosse palavras:

Cultura

Educação

Beleza

Hospitalidade






As fotos são de meu irmão, Edmundo Soares e de Iana Soares, minha filha.