quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O TESTAMENTO DE JUDAS!

Vejam que engraçado o texto que o Cesar Marinho (Boquita) enviou para o blog, vocês conhecem esses personagens?

"Nos nove dias do mês de abril de mil novecentos e cinqüenta, nesta cidade de Carmo do Rio Claro, Estado de Minas Gerais, na Casa Lagartixa, de propriedade de meu particularíssimo amigo – o barrigudinho Fernando Macedo, aonde vim a chamado, compareci, eu, Satanás, Tabelião do Vigésimo Quarto Ofício do termo e comarca do Inferno, perante mim compareceu Judas Iscariotis, essa figura impoluta, de caráter sem jaça, da nobre e seleta família dos Iscariotis e Lombricóides – num preito de grande amizade e saudade eterna, lança aqui aos seus diletos amigos e companheiros o seu testamento, esperando assim agradar todos os seus capangas que ansiosos estão para ver a sua caveira.

Então perante as testemunhas incapazes e mesquinhas Osvaldo Alves da Silva, José Severino da Costa, Mozart Gonçalves, Nicanor de Castro e Joel Pereira – me declarou ele testador que queria fazer seu testamento, pelo que me foi ditado, eu o escrevi e é o seguinte:

Eu, Judas Iscariotis, hipócrita, covarde, desclassificado, vacinado contra a peste, o tal que as creolas preferem, porque dizem que eu tenho it, o bilu-bilu da mamãe, o teteinha do papai, enfim o gostozão, deixo aqui o meu precioso testamento, cujos herdeiros serão os meus companheiros de cachaçadas, serenatas e de bailes no Quitandinha. Espero que meus companheiros de traição não se zanguem com os presentes.

Lá vão eles:

Ao Miguel o beque bamba

De canela forte e dura

Deixo meu par da caçamba

E a minha dentadura.

O meu chapéu Panamá

Que veio da Guatemala

Pro cabelo atrapalhá

Deixo ao Dempsey do Balla.

Ao meu amigo Marcelo

Deixo meu terno amarelo.

Ao gostosão Luiz Palacini

A camisa de tricoline.

Ao Zé Alexandre de Oliveira

Os piolhos da cabeleira.

Aos estudantes de Guapé

As minhas meias com chulé.

Ao Miguel Rosa e ao Ladico

O meu adorado penico.

Ao simpático Rubinho

Deixo o meu colarinho.

Ao Fernando e ao Paulo Junqueira

O Antonio Jacinto Ferreira.

Para o Lolô que me ama

Deixarei o meu pijama.

Ao Zé Joaquim o portento

Recomendo o casamento.

O Totó e o Zeca

Repartam a minha cueca.

Para o Marcílio Vilela

O poder de tagarela.

Não posso jamais esquecer

Do meu amigo Siluca

A ele deixo um abraço

E um beijinho na nuca.

Ao meu amigo Ari Balla

Meu companheiro de troça

Prá ele se divertir

Deixo a minha sarna grossa.

A minha chuteira novinha

Que eu ganhei do Zébedeu

Ficará uma gracinha

No pezinho do Amadeu.

Ao René e ao Renato

A cada um um sapato.

Ao amigo Abrão Elias

Deixo minha covardia.

Aos torcedores do Flamengo

Uma Nêga cheia de dengo.

A todos os estudantes

Oito doses de purgante.

Ao simpático Nen Cabral

A morte quando o sol raiar.

O Zico que é chauxfer

Ficará com minha mulher.

Ao Vicente Barbeirinho

Vulgo bigode de arame

Prá engordar um pouquinho

Três bexigas de salame.

Agora chegou a vez

Do Francisquinho e Anício

Deixo minha barrigueira

Meu peitoral e rabicho.

A corda que me enforcou

E que muito me dá saudade

Servirá para enforcar

O amigo Sebastião Trindade.

O meu terninho surrado

Com cheirinho de suor

Prá andar bem alinhado

Ficará para o Nabor.

Ao 1° ano normal

Minha fantasia de carnaval.

Ao Abrão almofadinha

A pose e a gravatinha.

O gracioso Paulo Jacó

Ficará com minha avó.

Ao gorducho Dininho

Deixo todos os meus filhinhos.

Ao Alfeu e ao Domingos

O meu moderno cachimbo.

Para o Corsini e o Abel

2 garrafas de mel.

Ao Mario Vilela Pereira

Uma porca parideira.

Ao Zé Flávio amigão

Deixo todo o meu coração.

Ao Valter que é muito sério

Uma cova no cemitério.

Aos torcedores do Fluminense

Um purgante da água venense.

Ao José Augusto Ribeiro

A profissão de fogueteiro.

Para o Orlando Peres

Deixo o título de alferes.

Ao amigo Abel do Tino

Deixarei meus intestinos.

Ao Miro que é um colosso

Prá fazer bife no bar

Deixo a carne de pescoço

Pois todos hão de gostar.

Recordações, abrações e beijos

Ás alunas da Escola Normal

E uma bomba no fim do ano

São os meus votos sem igual.

Ao barbeiro da elite

O simpático Tetelo

Prá sarar de apendicite

5 quilos de farelo.

Para o amigo estimado

O mimoso Zé Ganguinha

Um arroto perfumado

De conhaque com caninha.

Ao simpático Manuel Prado

Amigo do coração

Deixo minha camisola

E o meu rasgado roupão.

Aos brotinhos do Carmo

Que eu adoro com fervor

Um lugar no Purgatório

Reservarei com amor.

Ao Laudarci Tomaz Elias

A minha cabeça vazia.

E para o Nelson Marinho

O meu lindo bigodinho.

Para o Nenzo e sua amada

Deixo a minha barrigada.

Ao Zé Rita e ao Zecão

O meu cavalo alazão.

E para o Geraldo Cardoso

Pinga com vinho amargoso.

Ao Nadim que é brigão

Deixarei um mosquetão.

Para o ilustre delegado

Uma tigela de melado.

Para o Cine Guarani

Dez filmes abacaxi.

Para o Lú e o para o Breno

Duas doses de veneno.

Ao Nelson Jacinto Ferreira

Deixo toda minha sujeira.

A Apriginho Vieira

Uma gauchinha faceira.

Ao distinto Biésinho

Deixarei um nenêsinho.

Ainda para o José Jonas

Um rabicho e uma sanfona.

O Toninho do João Tito

Ficará com meu cambito.

Ao Bartôlo que é muxiba

E me vendeu o paletó

Deixarei minha barriga

Prá comê-la com jiló.

O Nelson Trindade Pereira

Que é um leal companheiro

Prá tomar uma cachaça

Deixo meus trinta dinheiro.

Para o amigo Rachid

Rapaz esbelto e granfino

Prá fazer a toalete

Uma escova e um pente fino.

Ao Benedito “criatura”

Rapaz correto e distinto

Deixo com toda ternura

Um suspensório e um cinto.

Aos meus amigos malucos

Fernando e Paulo Junqueira

Além de um bom trabuco

Deixo ainda a cartucheira.

Ao Coluci apaixonado

Prá curar a sua sina

Deixarei com muito agrado

Um envelope de guaraína.

E para o Gerson e o Salomão

Minhas calças e o cinturão.

Para o Geraldo Marinho

Deixo dois lindos BROTINHOS.

Ao Luiz Gonzaga Vilela

Deixo o osso da canela.

Ao Fidélis e ao Coringa

Duas garrafas de pinga.

E a calça que é do Rubinho

Devolverei direitinho.

Ao amigo Barrilinho

Deixo o Fernando e o Paulinho.

Ao Domingos Jacinto Ferreira

Uma cinta e uma barrigueira.

Para o Antonio Damasceno

Uma carroça de feno.

O Nilson e o Moacir Vilela

Repartirão minha costela.

Aos torcedores do Glorioso

Um ano bem venturoso.

Ainda ao Fernando Macedo

Três litros de leite azedo.

Ao amigo Nenê Santana

Deixarei uma balzaquiana.

Para o Luiz Soares e o filho

Duas quartas de milho.

Ao Saul cheio de bossa

Uma bengala e uma carroça.

Ao Chiquinho da prefeitura

Deixo um par de ferradura.

Ao Zé Francisco ou Zé Chico

Que está querendo casar

Deixo a tampa do penico

Prá assim poder começar.

Ao Fernando contador

Contador só de potocas

Meu anzol que é um amor

Com caniço e a minhoca.

E ao Zé Ranulfo bancário

Que também já quer casar

Deixo-lhe o titulo de otário

Por tal atitude tomar.

Eu agora me dirijo

Com toda liberdade

Ao Edmundo Soares

O brotinho da cidade.

Prá esse viúvo “Dom Juan”

Que vive a enganar pequenas

Dou-lhe um conselho de irmã

Vá embora prá Alfenas.

A minha prenda d’agora

É para o Alberto Jacó

Deixo a ele minha espora

E uma cueca de filó.

Para o Paulo Magalhães

Que é rapaz apaixonado

Deixo a ele com amor

Meu retrato autografado.

E para toda mocinha

Que não sabe cozinhar

Reservo uma cadeirinha

Prá no Inferno assentar.

A minha viola de pinho

E meu formoso pandeiro

Deixo com todo carinho

Para o Roquinho barbeiro.

E agora para os brotinhos

E balzaquianas também

Um abraço apertadinho

E um beijo do Racém.

E agora prá terminar

Dou o meu adeus eterno

Havemos de encontrar

Nas profundezas do inferno.

Terminando muito bem

Escutem o que vou falar

Não deixo nada a ninguém

Pois foram me ver queimar.

Atenção

A sobra do dinheiro

Que a turma arrecadou

Deixarei ao testamenteiro

Que muito fosfato gastou.

E, assim, eu, Satanás, Tabelião, fiz este testamento, e confirmo ter nele escrito com fidelidade a vontade do testador Judas Iscariotis, que foi lido por mim em voz alta perante ele e as testemunhas presentes.

Assinado

Judas Iscariotis

Carmo do Rio Claro, 9 de abril de 1950

Osvaldo Alves da Silva

Jose Severino da Costa

Mozart Gonçalves

Nicanor de Castro

Joel Pereira

CASA DA NIVALDA - CAPITAL DO CARMO

Eu tinha me esquecido desse complemento - Capital do Carmo. Assim os meninos da nossa turma - da Carla/Cláudia e Cleise e os da turma da Ludi chamavam a nossa casa. Agora o César Marinho, nosso eterno Boquita, enviou saudosas fotos da Casa da Nivalda, onde ele e seu irmão Big Boy frequentaram assiduamente nos anos 70.

Olha aí, o nosso querido Boquita.

Quantas pipocas minha mãe, Nivalda, arrebentou nas frias madrugadas de julho? A turma prometeu um pipoquete e até hoje não deu... Ela já foi embora, mas nos lembraremos sempre da sua casa, sempre aberta a todos os amigos e sempre farta e hospitaleira.

Olha o detalhe da mini-saia da Ludi.

Quantos beijos na boca esse alpendre pode contar! Quantas serenatas! O Diô que o diga. Todos os dias dormíamos ouvindo - não me canso de falar que te amo... Um dia, esse alpendre ouviuuma linda serenata - do Fordinho cantando, acompanhado por Luis Pandeiro. Eu estava chegando em casa, quando ouvi o seresteiro - Lua, manda a sua luz prateada acordar a minha amada... A seresta havia sido encomendada pela minha irmã Ana Maria.

Nesta foto: Marisa, Ludi, Patrícia e o Adriano e na porta, a Fatinha. A perna é de quem?A Tetê fez uma comunidade na Internet com o nome Casa da Nivalda - Capital do Carmo. Se você frequentou a casa, deixe seu recado na comunidade ou aqui nesse blog. Mande também fotos do seu acervo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

É CURIOSO!

Olhem bem para a foto antiga do Carmo no poster do blog. Tem a casa antiga do Dr. Júlio Aguiar. E tem outra casa. Não tinha então essa rua, que desce para chegar à rua Camilo Aschar...

MAIS DE MIL VISITAS AO BLOG!

Desde a sua criação, o blog Senhora do Carmo já recebeu 1.034 visitas. Lembrem-se, o blog é também de vocês, para suas lembranças, saudades, fotos, perguntas. Sinta-se à vontade, meus queridos carmelitanos. Se quiser mandar contribuições, envie para cleisempsoares@gmail.com

CASA DA NIVALDA

Aí está a " Casa da Nivalda ", como era conhecida na década de 70. A casa - que fica na rua Dr. Monte Razo - era super animada e jamais fechava. Mamãe foi fechar pela primeira vez a porta à chave, quando foi de mudança para Belo Horizonte. Quantos da nossa turma da década de 70 frequentaram a "Casa da Nivalda"! Havia sempre um chafezinho (uma vez comentaram sobre o café: eu não gosto de chá, mas este está tão gostoso! Era mesmo uma água de batata!) quente na cozinha. Moravam na casa meu avô Soares e minha avó Alice, minha mãe e seus sete filhos, o Joaquim/Toninha e filhos, o Sr. Joaquim (pai da Toninha) e a nossa querida Elisa. Depois que o movimento acabava no Bar XV, toda a turma ia para o alpendre da Casa da Nivalda. E ela ficava fazendo pipoca a madrugada toda, tricô e preocupada com as risadas da turma, que poderiam acordar os que estavam dormindo. Muitos bons tempos

Uma vez, um namorado alemão de minha prima Graça, que morava em São Paulo, disse para ela: - Não me interrompa, vou assentar aqui na porta e anotar quantas pessoas entram nessa casa. Isso é folclórico!

Hoje, numa das casas funciona a loja da Associação de Artesãos e a outra, foi reformada por sua proprietária, Ana Maria Vilela Soares, que fica ali quando passa dias em Carmo do Rio Claro.
A propósito: quem foi Dr. Monte Razo?

VEIA LUSITANA

REFLEXOS

Todo homem tem na vida

Uma porta aberta

uma varanda de sombras

E uma mulher andante

Louca e perdida pelas ruas da cidade.

O barbeiro.

O contador de piadas.

Todo homem tem inverno

Saudades

E sombra de paineira aconchegante

E garça branca no azul das águas.

Trago nos ombros

A gravidade da missa do galo

O sino da Igreja Matriz

E nenhuma serpente.

Vestidos de algodão

Trapos e homens de cócoras

Sorrisos sem dentes

Escancarados feito ventre de mãe.

Habitei minha infância à rua XV de Novembro

Atrás do Colégio das freiras

Ateei fogo em fósforos fluorescentes

Brinquei de boca de forno

Pique-no-ar

Mãe da Rua

E cavalinhos da “Oropa”.

Todo homem tem uma rua

Uma casa

E uma saudade grande

Arquivada e tatuada no M de sua mão.


Cleise Soares

Ó ABRE ALAS!

Agora, quando eu chego ao Carmo, ando com uma folha e uma caneta, para anotar causos. A Tia Dolores Bueno (mulher do meu tio Nelson Pereira) abriu para nós as suas lembranças. Um tempo que muitos de nós não viram.

"O carnaval antigo era muito bom, na rua. Tinha desfiles de corsos. Os carros desciam as capotas e levavam os foliões. Havia muito confete e serpentina. Quando não tinha clube, o carnaval acontecia na sala da Câmara, que funcionava na Casa das Freiras. A noite era animada pelas bandas de música do Zé Maria e do Tetelo.

HOMENAGEM PÓSTUMA!

Xexéu deixou saudades...........................................................................................
(Foto do César Marinho)

"Esta foto foi tirada no dia 25 de junho de 2010, dia que o Brasil fazia a última partida pelas oitavas de finais da copa da África do Sul, contra Portugal, um empate sonolento em 0 x 0. Isto não foi motivo para tirar nossa animação de estarmos juntos, fazendo o que gostamos, um bom papo, música de qualidade, cerveja, churrasco e muita alegria. Foi a última vez que estive com o Passarinho, hoje voando mais alto, alegrando, com certeza, outras partes deste universo.

Mais duas do Seu Gabrielzinho! (Casos do Job)

"Ele estava pregando um quadro na parede da casa, subindo na escada, batendo com o martelo no prego e com um outro na boca. Alguém chegou e falou:
- Sr. Gabrielzinho, vai engolir este prego!
- Não tem importância, tenho mais aqui - e mostrou o bolso."

"Ele estava comendo pastel, gostava muito de salgadinhos e quitandas (bolo, brevidade, broa). Não bebia, não jogava, mas era muito mulherengo. Passou alguém e viu que ele estava comendo pastel e falou:
- Aí, Seu Gabrielzinho, entrando nos pastéis...
- Não, eles é que estão entrando em mim.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MENSAGENS ENCAMINHADAS AO BLOG

Da Marly, do Hotel Varandas.
"Turismo e História se entrelaçam e se complementam... a memória do Carmo tem que ser preservada e a Cleise tá prestando um serviço bastante bacana à nossa cultura. Estou mandando este e mail com cópia prá ela com o agradecimento.
Bj"
E da nossa Dodora Pereira.
Auxiliadora escreveu: "Parabéns Cleise por seu Blog, está trazendo estórias e pessoas que fazia tempo não tinha notícias.Voltei ao passado, que guardo na alma, e foi como um filme ler essa crônica da Ângela do Zé Guanguinha. Beijos saudosos pra vcs duas!!!"
Agradeço....

ADOREI!

Agora aprendi a navegar no Facebook, a bisbilhotar, melhor dizendo. Então, deparei com o perfil do nosso querido Angelo Leite Pereira (ex-prefeito do Carmo). Para nós, ele ainda é Pan. Não sei de onde vem esse apelido. Todos conhecem sua veia cômica. No Face ele se esmerou.

Num dos comentários, ele declarava que queria ser enterrado no Carmo.

"já q o tema de casamento passou pra morte ,solicito q c eu ''poracaso'' morrer um dia ,quero ser enterrado no CAAAARRRRMMMMOOOOO !se por acaso !

E nas descrições dizia:

"enfim um politico sem fins lucrativos !Brasileiro diariamente,Mineiro praticante,,Carmelitano eternamente!"

sábado, 22 de janeiro de 2011

CASOS DO JOB - AMADEU CARIELO


Dizem que Amadeu Carielo - o pai do Paulinho (nosso cantador) - era engraçadíssimo. De uma sutileza! Vou contar uns causos que ouvi do Job. (atenção família - quem tem foto do Amadeu?)

"Um grupo de políticos estava na sede da prefeitura (onde ele trabalhava), no fundo do corredor. Um dos funcionários entrou correndo na prefeitura com medo de um cachorrinho atrás dela. Ela se dirigiu ao grupo de políticos. Amadeu, vendo a cena, comentou:
- Escapa de um cachorro e cai numa cachorrada!"

"Ele era contínuo e estava servindo um coquetel para um general da 4ª Região em visita à prefeitura. O general comentou com o prefeito Nonô:
- Essa represa deve ter demorado a encher.
Aí, Amadeu, que não tinha nada com isto, retrucou:
- Isto não obsta, senhor general.O Maracanã é muito maior e enche à toa!"

FOI PARA O RIO DE JANEIRO

"Ele queria ir para o Rio de Janeiro, gostava muito do Rio! O prefeito era o Zeca Santana, ao mesmo tempo ingênuo e bruto. Amadeu pediu a ele um vale para viajar. O prefeito disse: fala com o contador, que ele arranja o dinheiro. Ele não foi falar, sabia que o contador iria negar, então, ele voltou no gabinete. O prefeito perguntou:
- E aí, arranjou o vale?
Amadeu: "Falei que o senhor mandou fazer o vale e ele me respondeu que o senhor não manda nada aqui.
O Zeca ficou louco. - Não manda o quê! Foi lá e determinou que entregasse o vale. - Quero mostrar se eu mando ou não mando! Dá o vale pro Amadeu!
Ele então saiu balançando as notas na mão e foi para o Rio de Janeiro.

Quem?

Quem não rodou a manivela da campainha da casa do Dr. Júlio?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NA FAZENDA ÁGUA LIMPA



A Toninha (minha cunhada querida) está caprichando na decoração da Fazenda Água Limpa. Procura sempre preservar a casa como era antigamente.
As fotos são da Fatima Melo (minha irmã Fatinha)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

AS BENEMÉRITAS QUE REERGUERAM O LAR.

Corria o ano de 1971. Mamãe organizou um Bazar da Pechina, para arrecadar fundos para a reabertura do Lar Nossa Senhora do Carmo. As beneméritas Elaine Pimenta Peres, Walda Leite Pereira (mãe do Angelo), Iracema Benfica Vilela e Nivalda Pereira Soares foram as responsáveis pelo reerguimento do Lar.

Ele começou a existir em 1917 com o nome de Orfanato Nossa Sra do Carmo e funcionava junto ao Colégio das Freiras.. "O orfanato atendia exclusivamente as moças da região, fornecendo além de abrigo, aprendizagem de trabalhos manuais e tarefas caseiras como cozinhar e costurar." - conta o livro Quadro de Saudades. Era então dirigido por um trio de irmãs. Em 1969, as irmãs se mudaram e esvaziaram o orfanato. As irmãs da Providência deram às costas ao seu lar/semente, transferindo a sede para Itajubá.

Então, em 1971, as senhoras Iracema, Nivalda, Elaine e Valda se juntaram, se movimentaram e recriaram o lar.Elas contaram com o apoio do Padre Mário Pio de Faria. Nessa época, eu fazia parte do grupo de jovens católicos - a JUC. Uma vez por semana íamos ao Lar, brincar com as crianças. Quando as primeiras crianças chegaram, nós - as filhas da Nivalda - é que ajudamos a dar banho, a catar os piolhos. O prédio no início foi alugado dos Irmãos São Gabriel e em 1972, foi comprado pela Conferência Vicentina por 80 mil reais. O confrade era Antônio Jacob e o vendedor, o Irmão Natal. Havia uma cláusula que vinculava a venda do prédio ao uso para benefício das crianças carentes.
O Livro Quadro de Saudades, de Celeste Noviello Ferreira, enumera as presidentes do Lar, nessa segunda etapa:
- Iracema Benfica Vilela
- Quitéria de Oliveira Lemos
- Lucinelli Luiza Ricardo de Carvalho
- Maria da Penha Zaponi de Oliveira
- Antônia Maria de Carvalho Soares
- Dr. Euclides Rodrigues Júnior
- Ariosvaldo Manoel Moura
- Ana Maria dos Reis Oliveira
- Dr. Euclides Rodrigues Júnior
É a Dujinha a atual presidente do lar?

O Lar Nossa Senhora do Carmo sempre se manteve por doações da população. O livro Quadro de Saudades ressalta a campanha do quilo que o Sr. Guido Domingues Alves faz na cidade e em benefício da entidade.

O SEMINÁRIO DAS NOSSAS SAUDADES

Quero lembrar que ajudar não é só financeiramente. Nós, da JUC, íamos brincar com as crianças. Ser parceiro. Conhecer. Reconhecer, porque afinal o "seminário" foi cenário para muitas quermeses. Dançamos ali - (ai que saudades da Angela e do Márcio, da Rosângela (como é que some assim!!!) muitas quadrilhas, quadrilhas comportadas, não como as de Belo Horizonte, onde o caipira se assemelha a um Jeca Tatu. Nosso caipira era um cavaleiro, elegante!
Pisar aquele chão nos reporta a outros tempos mais antigos.
Lanço aqui uma campanha para ajudar o Lar. E deixo registrado a sua história, que em algum momento se entrelaçou à minha. Eu me lembro da sensação gostosa de ajudar, ser útil.

Jovens Cidadãos
Na JUC, tínhamos uma jornada. Sexta feira era dia de visitar o Lar, sábado, fazíamos um programa na Rádio e no domingo, visitávamos o asilo. Íamos com o violão cantar e dançar com os velhinhos. Era uma fé bem prática. Houve um inverno, que fizemos levantamento na rua do Porto - então das mais pobres, ao final, era paupérrima. E fizemos a Campanha do Cobertor. Éramos atuantes, cidadãos.

As pessoas se foram. Dona Iracema - a sua gentileza, educação, a Dona Valda. Mamãe contava que toda vez que tomava água, lembrava-se de Dona Valda, que, por sua vez, agradecia a Deus a maravilha desse líquido divino.

AJUDE O LAR A SE MANTER VIVO! FAÇA UMA VISITA. VEJA COMO AJUDAR!!!
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ECOLOGIA PRÁTICA -SOBRE A ÁGUA


Vendo a água descendo poderosa, arrasando cidades inteiras, vidas submersas decidi dar a voz ao agrônomo Hiroshi Séo, que escreveu no livro "Manual de Agricultura Natural - Unidade da Vida" (a minha edição é do Círculo do Livro) onde ele fala sobre A ÁGUA. Para nós, o tema é muito pertinente, já que vivemos a ação de uma grande hidrelétrica.

" Sou cerca de 70 por cento da superfície da Terra. Às vezes sou rio, sou lago, sou mar. Com o calor do Irmão Quente me transformo num fantasma vaporoso e leve - flutuo por sobre os mares, lago e rios até onde a Irmã Invisível me carrega. Quando chego ao continente e me deparo com uma montanha, devo subir, mas lá em cima faz frio e me condenso, e agora me transformo em chuva.
Um pedaço de mim vai penetrando pelo solo até encontrar uma cama g eológica impermeável, então me chamam lençol freático, posso ser útil ao homem sob a forma de poço ou apresentar-me como linda fonte de água mineral.
Infelizmente, há homens que não conhecem muito sobre a Unidade e deixam o solo exposto - deixam-no nu. Quando eu bato nele em forma de chuva, eu o impermeabilizo e formo as erosões.
Antes de aparecer o homem explorativo, eu nunca sujava os rios. O pior é que sou obrigada a carregar para o rio a parte mais fértil do solo. Juro que não sou culpada disso. Comecei até a causar catástrofes para os "bípedes sapientes". Toda essa terra solta acaba se precipitando, mas aumentando a largura. Então, eu causo enchentes.
Na verdade, a culpa não é minha. É culpa da ignorância dos "sapientes" - e o pior é que quem paga normalmente são os que não têm culpa. Sou um enigma: apesar de todos me conhecerem física e quimicamente, ainda não deixei de exercer certo fascínio sobre todos os seres vivos, pois estou presente neles também, em cerca de 70% do seus corpos. Sou simples, humilde, gratuita, mas ninguém vive sem mim.
Pena que agora quase todos os rios estejam sujos. Antes da Grande Ganância eu era sempre linda, crisalina, cheia de vida, potável. Agora, por um copo de mim já se paga caro... é uma pena.
Adoro brincar de girar pequenas rodas d´água, que não abalam o ecossistema e não concentram poder. Aliás, fui criada também para servir ao homem. Eu poderia gerar luz em pequenas hidrelétricas regionais, sem a concentração monopopista das "Maiores Hidrelétricas do Mundo" -um orgulho bseta, porque cada usina destas causa, indiretamente, enorme prejuízos sócio-econômico-ecológicos, em prol de alguns.
Durante milhares de anos, escolhi cuidadosamente meu caminho. Se hoje estou fluindo aqui, é porque fui escolhendo os lugares mais baixos, solubilizando as rochas mais fracas. De repente, alguns "especialistas" ousam modificar minha rota e me prendem em barraganes enormes. Sou obrigada a inundar imensas áreas, a desalojar animais, a criar fogos de parasitas, a expulsar pequenos agricultores, a modificar todo um ecossistema. Por quê? Para ser a "Maior Usinona do Planeta". Para quem?
Se durante milhares de anos escolhi cuidadosamente a minha rota, não foi à toa não. Quando me prendem, não percebem o mal que fazem: 1 metro cúbico de mim pesa 1 tonelada, as estruturas geológicas subterrâneas lobo abaixo de mim foram projetadas para suportar um rio que corre, e não um enorme lago parado. O que acontece com as tensões tectônicas? O que acontece com as acomodações?
Os pequenos "especialistas" querem saber mais que o Grande Engenheiro, entretanto não respondem às mais inocentes perguntas.

Mas a "compliquite complicosa" contaminou este planeta..". (Hiroshi Séo)

domingo, 16 de janeiro de 2011

SEM MÁGOAS!

Quero declarar que conto Furnas exaustivamente, mas que não guardo mágoas. E sim, histórias e muitas. Hoje eu amo o lago e tenho orgulho da nossa paisagem...

AS TRÊS ILHOAS

Elas se chamavam Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade e Helena Maria de Jesus. Naquela época, as filhas não ganhavam os sobrenomes dos pais. Elas são as lendárias três ilhoas. Elas vieram da Ilha de Faial, em Portugal, em 1722, primeiramente ao Rio de Janeiro e depois foram para Nossa Senhora do Pilar em São João Del Rey. Elas eram naturais da freguesia - pasmem! - Freguesia das Angústias, da Vila Horta, Ilha Faial, Arquipélogo dos Açores. Elas geraram as família Rezendes, Carvalhos, Junqueiras, Figueiredo, Garcias, Andrade,Meirelles, Villela e outros.
Segundo o livro de José Guimarães, a família Vilela descende da segunda ilhoa, Júlia Maria da Caridade, casada com Diogo Garcia, pais de Maria do Espírito Santo, que se casou com o Capitão Domingos Villela, dando origem à família Vilela.

Minha irmã, Ana Maria Vilela Soares, lançará no final do ano a Genealogia da Família Vilela de Carmo do Rio Claro. Pesquisando, ela descobriu que todo Figueiredo é Vilela, mas nem todo Vilela é Figueiredo. Grande parte da cidade de Carmo do Rio Claro é parente. Descendemos de um mesmo tronco. Somos uma grande família!!!

OS LEMOS

Houve uma época no Carmo, eu ainda tinha12 anos(naquele mesmo Jeca no Gec em Julho de relato anterior) em que os Lemos sobressaíram. Havia uma disputa entre famílias e os Lemos escolheram a música Tramontana para hino... Quando a música tocava, eles saíam pelo salão num trenzinho. Muito animados. No teatro, eles eram engraçadíssimos... Os Lemos que coordenaram aquela festa eram filhos da Dona Matilde . Eu era amiga da Terezinha e da Cecíia e tinha um clima com o Fred, um dos Lemos. Então, estava enturmada...
Agora, lendo o livro da Celeste Noviello fiquei sabendo sobre a origem nobre dos LEMOS.

"Família originária do Reis de Leão, antes do século X, teve em Dom Bernardo Ordones o iniciante desta geração de muitos nobres senhores, os quais pertenceram a diversas casas reais. Tendo lutado ao lado do Rei Dom Afonso I, pela conquista do Lugo, Dom Bermundo Odones foi Senhor das Terras de Lemos, cujo senhoria constava de diversos castelos e herdades. Feito nobre da Corte, teve seu brasão de armas concedido com honras merecidas."
Segundo suas informações, a família descende João Antônio Lemos, o Barão do Rio Verde.

Ainda hoje, quando ouço a música ... eu não posso mais ficar aqui, a esperar, que um dia você volte para mim. Vejo caminhões e carros apressados, a passar por mim ...Estou sentando à beira de um caminho, que não tem mais fim...eu lembro dos olhos verde do Fred Lemos e daquela manhã de julho, fria, de um frio cortante, em que eu esticava os olhos para a casa da Donana, na Dr. Monte Razo para ver se o via.

ESTÁ DEBAIXO D´ ÁGUA.

(No Carmo também teve uma gruta com desenhos rupestres? Alguém tem fotos ou desenhos dessa gruta? Essa da foto não é da Gruta de Itapecerica)

" O sol se escondia lentamente atrás da colina, naquela tarde quente, quando Castro e Gonçalo regressavam da beira do Sapucaí. O mormaço do vale era insuportável, mas no alto do morro, já próximo da fazenda da Grama, o vento vindo da serra dos Balbinos soprava, amainando o calor sufocante.
Os cavaleiros silenciosos e cansados sentiam-se empolgados com a beleza panorâmica daquele local, e observavam atentamente os acidentes geográficos que contornavam o vale do baixo Sapucaí.
Castro, além de observar a paisagem serrana,não conseguia desligar-se da gruta de Itapecerica, das suas inscrições rupestres em perfeito estado de conservação. Os desenhos bisonhos gravados nas paredes de pedra, as letras exóticas, fazia lembrar dos fenícios, dos navegadores asiáticos que guardaram, zelosamente, o segredo de suas rotas, o conhecimento das correntes marítimas, dos ventos e dos novos conhecimentos.
Perturbado com a escrita exótica de um povo desconhecido o inquieto funcionário de Furnas, que tanto admirava Lineu, Heródoto e Champollion jurou voltar à gruta e enfrentar os morcegos com uma lanterna na mão, fotografar, pesquisar as inscrições rupestres e levar ao local um antropólogo. Conseguiu, mesmo no meio da escuridão da gruta, atormentado e sentindo o cheiro de urina dos mamíferos voadores, copiar em um pedaço de papel, alguns desenhos intrigantes. Pretendia ao chegar na fazenda da Grama conversar mais com Lenita sobre o assunto e estudar o procedimento de uma tribo que povoou a gruta de Itapecerica há seis mil anos...Pensou em fazer um relatório minucioso para as Centrais Elétricas de Furnas, objetivando resgatar as relíquias do importante sítio arqueológico."
Um dos compradores de Furnas, Pereira de Castro, se sensibliizou, buscou mais informações, pensou em falar com Darcy Ribeiro, então na Casa Civil, quando foi chamado por Carlos Mário Faveret (Chefe do DSR) a seguinte advertência:

"Você para com essa palhaçada de sítios arqueológicos na bacia do rio Sapucaí. A sua obrigação é desapropriar terras e não criar problemas para Furnas". Ele ainda defendia a Gruta de Itapecerica, quando Faveret bateu com as mãos na mesa e berrou:

- Pára com essa frescura de arqueologia! Você, com essa idiotice, está prejudicando Furnas. Daqui a pouco os defensores do meio ambiente, dos passarinhos e até dos insetos vão querer interditar os serviços da barragem.

Pereira ainda gritou:

- Inundar a gruta sem fazer um levantamento é um absurdo, Dr. Faveret, é um crime ecológico!

- Se você insistir nessa palhaçada eu lhe ponho no olho da rua!

(História contada no livro Mandassaia - Ildeu Manso Vieira)

PERSONAGENS INESQUECÍVEIS!!!

(Este é o Basileu. Ele não é do meu tempo. Foto tirada do site do Carmo)
"O popular e saudoso Basileu, figura pitoresca e querida de Carmo do Rio Claro, que trazia sempre seus bolsos cheios de papéis e biras de cigarros catado ao longo das ruas, até ser albergado na vila vicentina. Apesar de pobre, a tristeza nunca moreu em seu coração.A mocidade da época para vê-lo perder a "esportiva" lhe perguntava:
"Basileu, cadê o chapéu que foi meu?

- Informação tirada do livro "Quadro de Saudades Carmo do Rio Claro - de Celeste Noviello Ferreira)

Quero aqui parabenizar e agradecer a esta distinta senhora, que não era carmelitana de nascimento, mas que amou a cidade e deixou para nós registros importantíssimos da nossa história.



Hoje eu lembrei do MUDESTO
- Mudesto, cadê o resto/
Ele ficava na esquina do Sô Túlio e ficava bravo quando a criançada repetia
- Mudesto, cadê o resto???

Da REPRESA
Ela estava tomando uma branquinha no XV, quando passou a Noeli e perguntou:
- Está ardendo, Olívia?
Ela era rápida no gatilho. Sua réplica era imediata:
- A do Luizito arde?

E o Daniel cantando olerooleroolerum dum... RRReceba as flores que lhe dou...

E o Parmera - parmera chuta!!!

Quem tiver fotos antigas dos nossos "loucos" de rua e mais lembranças, manda para cleisempsoares@gmail.com.

CASOS DO JOB - Saudoso Dr. Luis

Dr. Luis, quem não se lembra dele. Além de um excelente médico, de alma e vocação, era também muito espirituoso. Algumas que o Job me contou:

"Um caipira chegou no consultório e falou:
Dr., tenho muito medo de morrer.
Ele: é muito simples, é só morrer, que acaba o medo.

Ele gostava dos pobres e gostava de fazer gozações. Uma pobre doente, lhe disse:
Doutor, tenho de tomar Terramicina.
Dr. Luiz respondeu:
- Para você, é terra em cima."


uma noite em 1969...


Meu carro é vermelho! Não uso espelho pra me pentear, botinha sem meia e só na areia eu sei trabalhar, cabelo na testa, ou o dono da festa...
Os Beatles estavam levando multidões ao delírio, nossas vitrolas tocavam Let Be, nas nossas "brincadeiras" (como eram chamados os bailinhos), quando desembarcaram no Carmo "Os Álamos". Naquele tempo, a estrada não era ainda asfaltada e os turistas chegavam cheios de lama, depois do ônibus ou carro atolar pelo caminho. Zangado, Chilim, Pipo e Efraim (o último nome me fugiu da memória) formavam o grupo. Eu tinha meus 12 anos de irresponsabilidade e comecei a cercar o Hotel do Zé Matilde, no balanço do parque ao lado, indo no alto, tentando ver o quarto, pedindo autógrafos. Os Álamos repetiram na pequena e pacata Carmo da época o sucesso do Beatles, com direito a gritos e delírios no cinema, onde aconteciam os shows. No último dia, estava de mãos dadas com o cantor - que não era nenhum dos quatro heróis - descendo a rua, quando dei com minha mãe e minha tia Naide. Ela me mandou embora para casa, ganhei um mês de castigo, então não assisti o delírio coletivo na despedida dos Álamos. No entanto, fui correndo ao hotel onde ganhei um beijo de despedida do Zangado, meu preferido.
Depois, o jornal "O Carminho", editado pelo Milton Luís e outros carmelitanos em São Paulo, dava a notícia dos shows e dizia que a mais animada era eu... Tinha então meus 12 anos.

Em outra ocasião, tive a honra de entregar para a cantora Silvinha um bouquêt de flores, já que era sua cover no Carmo da música... eu sou tão menina para namorar, então pq será que fui gostar, de um menininho tão mal para mim. Nesse dia, estreei a minha primeira mini saia, com um cinto grosso e fivelas cobertas, feita pela Dona Alcina. Já quando Sérgio Reis foi ao Carmo, preparei um coração de papel e ganhei dele um autógrafo - na porta do hotel... Se você pensa que o meu coração é de papel, não vai pensando pois não é, ele é igualzinho ao teu...

É de matar de saudades. A música me levou ao Jeca no Gec em Julho, no clube improvisado depois de queimado. O cheirinho de churrasco envolvia o ambiente. Eu estava encantada com dois irmãos cariocas primos da Dedete. Ela de mini saia e bota de cano longo. De repente, entra na festa dois irmãos Ma ra vi lho sos! Primos da mulher do Claumi: Pedrinho e Zezinho. Louros, de casacos elegantes até os joelhos. Tocava ... se há ciúmes é porque existe amor, muito ciúmes também pode causar dor, não é preciso ter ciúmes, pois é meu seu coração, porque fazer da paz revolução...
Uma noite em 1969.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VIDA NATURAL Nº 2 - ALIMENTOS ANTICÂNCER

Sai do stress, mantenha a "mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo". Minha filha Iana Otoni Pereira Soares em férias na Pousada Campo Alegre, do meu irmão, Tião da Lola.

No ano passado, fui informada que estava com o colesterol ruim altíssimo. A palavra "altíssimo" soou como uma sentença de .... Quer dizer que posso morrer de uma hora para a outra? Meu querido amigo e médico Marco Aurelio Valadares disse: é sempre um risco cardiovascular. Mas não se preocupe, leia esse livro. E me deu o ANTICÃNCER, escrito pelo psiquiatra americano David Servan-Schreiber.
Vocês já observaram que a incidência de câncer está aumentando e o número em Carmo do Rio Claro é altíssimo... O que acontece? Agrotóxicos??? Dr. David chegou a conclusão que o seu câncer era originário de um contato diário com agrotóxico em uma plantação de milho da família, andando descalço nas plantações e comendo o milho "envenenado".

Vou resumir a história.

David tinha uns 30 anos e participava de pesquisas sobre o cérebro. Reunia-se com seus colegas para fazer ressonância magnética. Um deles entrava na máquina e ficavam fazendo perguntas e analisando os resultados. Um dia, coube a David entrar no aparelho. Mas não ouviu os comandos de fora, mas um silêncio. Eles haviam descoberto um câncer do tamanho de um caroço de laranja na sua cabeça. Aquele tipo de câncer dava apenas seis meses de vida ao infectado.

David não se conformou, foi atrás das pesquisas e descobriu que a grande maioria morria, mas um pequena porcentagem se curava. Por quê? Passou a analisar a estrutura do câncer e a pesquisar todos os trabalhos relacionados à doença. Descobriu todos os alimentos anticâncer. Enfim, ele conseguiu se curar, com duas fórmulas: a medicina convencional e a medicina complementar e hoje é indicado pelos oncologistas.

Ele fez a quimio e radioterapia, mas paralelamente, praticou esportes e mudou radicalmente a alimentação. Criou um prato anticâncer. Usou e se curou. Recomenda, além de exercícios físicos diários:
* uma alimentação balanceada (tirar os venenos - produtos industrializados, açúcar, óleos, gorduras saturadas...)
* Usar a dieta mediterrânea... Usar à vontade o peixe, o azeite e o vinho - uma taça por dia.
* Usar óleo de linhaça.
* Açúcar: stévia.
* Acrescentar à alimentação: nozes, castanhas, amendoas, algas e cogumelos.
* Usar os temperos - hortelã, alecrim, alho, cebola, curry (a cúrcuma é anticâncer).
* Preferir pães multigrãos ou integrais.
* Muitas verduras, frutas, legumes... no caso de não ter acesso aos orgânicos, melhor comer, que não comer...

Ele dá um toque fundamental: o câncer é só 15 % genético. Comprovou-se que os filhos adotados herdam as doenças dos pais adotivos e não do biológico. Se é só 15 % genético, o restante fica por conta dos hábitos diários e do meio ambiente.

Hoje se come muito porcaria. Eu sempre digo: devemos comer comida de Deus - ervas, semente, verduras, frutas, legumes, grãos... Fui ver, andava comendo tudo errado - refrigerantes, chocolates, amendoin doce.... Agora, estou não de regime, mas consciente. Voltei ao ponto de origem - sempre fui naturalista - e varri da minha despensa as massas brancas, o açúcar, os óleos...
Uma psicóloga disse-me também que colesterol alto é apego. Então, resolvi desapegar. Abri o sobrearmário e comecei a jogar fora, queimar e rasgar coisas inúteis, folhas amarelas e um passado que já foi...
Também importa adotar um pensamento mais positivo. Ele recomenda exercícios integrativos, sugere a prática de Yoga ou Tai Chi, etc. No caso, importam a mente e o corpo, unidos na cura.
Se você tem um parente ou um amigo com câncer, recomende o livro Anticâncer, que também é bom para colesterol e outras doenças.

VEIA LUSITANA!



Nessa coluna quero homenagear meus antepassados portugueses que me legaram - e a meus irmãos - a veia poética, o dom para as palavras. Meus tios João, Antônio, Nilton e a prima Rosalda - que fizeram poesias pela vida. Os Pereiras. Mas essa veia poética vem também da minha avó Alice Figueiredo que escrevia com facilidade. Quando perguntavam para ela, como é que você escreve assim fluentemente. Ela respondia: é fácil, é só escrever o que você for pensando. Mas para isso é preciso pensar poesia. Meu irmão Edmundo Figueiredo Soares Júnior, para alguns Edmundinho, para os sobrinhos, Tio Ed, também tem palavras poéticas percorrendo as suas veias. Hoje, o espaço é dele:

MEDIANIDADE DESCARTADA OU DESCARTES REVISITADO

Sonho... logo desisto.

Desisto da mediocridade de uma vida de certezas.

Resisto ao apelo fácil do óbvio.

Insisto na invenção do único.

Dispo-me da ilusão do cômodo.

Invisto na descoberta do atípico.

Arrisco viver para experimentar.

Petisco os sabores que a vida tem a oferecer.

Cisco o que a vida teima em esconder.

Belisco cada braço de caminho a fazer.

Risco a hipocrisia que insiste em se fazer valer.

Lixo-me para opiniões que não tem nada a ver.

Portanto, hoje, vivo, logo existo.

FURNAS - O DECRETO PRESIDENCIAL

Olha aí um dos vapores que deslizavam no Rio Sapucaí. Como era lindo o rio!

'QUEREM FAZER DE MINAS A CAIXA D´ÁGUA DO BRASIL"

Quero aqui deixar declarado o meu agradecimento eterno a Ildeu Manso Vieira, que nos legou o livro "Mandassaia" e que registra em detalhes a chegada hidrelétrica de Furnas à região do Sul de Minas. Os gritos, apelos e protestos da população atingida, os chefões de Furnas, os advogados de ambos os lados, mostrando o impacto profundo na vida de cada uma das pessoas. Eu realmente não sabia que a história estava escrita, quando escrevi a es/história Hortênsia Paineira, relatando o fato. Eu sabia de tudo aquilo porque vivi. Sempre sonhava com a água atingindo a Fazenda Água Limpa... O inconsciente coletivo exalava perda, banzo, revolta, saudades... Eu nasci com a hidrelétrica, quando Juscelino assinou o decreto, em 1957. Hoje, conto e reconto a história e esse blog se preza também a isso, a um desabafo coletivo.

Com a licença da família Manso Vieira, vou postar aos poucos trechos do Mandassaia, riquíssimo em preservar a cultura da região sul mineira, em eternizar personagens, alguns conhecidos de muitos de nós. Meu irmão, Joaquim Vilela Soares, conheceu todos os envolvidos. Mais imagens - e reais - passaram a povoar o meu universo poético.

O chefão inglês fumando cachimbo, tomando wisky e tratando mal os empregados. O gaúcho Faveret, de bombacha e lenço no pescoço, dirigindo a empresa com mãos de ferro. Os gritos dos Trumbucas do Carmo e do povo de Guapé, Boa Esperança, Alfenas, Campo do Meio...Os recursos jurídicos do advogado Noé Azevedo, de Boa Esperança, os discursos inflamados do deputado Geraldo Freire. Como não encontramos esse livro nas livrarias, apenas em algumas bibliotecas particulares, tomo a liberdade de contar Mandassaia para vocês.

O DECRETO PRESIDENCIAL (pg. 141)

"O início de 1958 agitou as barrancas do rio Grande e Sapucaí. O decreto presidencial, declarando de utilidade pública os imóveis e benfeitorias na área necessária à construção da barragem e reservatório, jogou mais lenha na fogueira.
Os proprietários de terras marginais aos dois enormes rios do Sul de Minas e afluentes, abaixo da curva de nível 769, alvoroçaram-se.
O padre prussiano de Guapé, intensificou pregações contra as ex-propriações de terras, dizendo aos fiéis que matar furneiros não era pecado e a rádio carmelitana deu continuidade aos insultos, inflamando o povo:
"Furnas, o crime do século..."

Os Trumbucas fizeram novas cavalgadas e organizaram verdadeiras cruzadas para defender a propriedade privada, ameaçada pelo decreto ex-proprietário baixado em fevereiro daquele ano.
JK e Jango, eleitos com votos dos comunistas, eram ameaçados de "impeachment" pelos carmelitanos, guapenses, alfenenses e outros mineiros belicosos. Com o decreto ex-proprietário, a obra prioritária do governo deixou de ser uma incógnita, transformando-se em realidade.
A UDN, que antes taxava a obra de faraônica e inexequível, por parte do governo, alegando falta de recursos e capacidade técnica, mudou o tom do discurso.
Poderosas empresas eram contratadas para dinamizar os serviços. Máquinas pesadas de última geração rasgavam a terra, removiam montanhas e mudava o curso do rio Grande nas corredeiras das Furnas.
Políticos agitavam as massas nos municípios ameaçados e os funcionários da empresa mista eram hostilizados pelos pirangueiros nos patanais.
Noé Azevedo sentenciava:

"Furnas tem que responder pela violação de um direito, pela prática de ato ilícito"

Ele investia contra os adeptos do materialismo econômico e não encontrava razões filosóficas que justificassem a extinção de comunidades sociais. Para o ilustre professor, somente a Assembléia Legislativa de Minas Gerais poderia criar municípios, extinguí-los e determinar a anexação de territórios subsistentes a municípios vizinhos. O jurista de Campo do Meio asseverava aos conterrâneos:

"Não é possível extinguir por decreto uma pessoa jurídica de direito público"

As frases de efeito do jurista interiorano que conquistou a cidade grande transformavam-se em brados de guerra para os expropriados de Furnas, carentes de justiça."

CURIOSIDADE
O livro conta que na Vila das Águas Verdes - que fazia divisa entre Boa Esperança e Campo do Meio, todos tinham apelido e aquilo incomodava os compradores de Furnas. Um deles, Pereira de Castro fora apelidado de Bico-de-Tucano. Quando lá chegou um comprador carioca de nome Coxeira, resolveu negociar por uma janelinha para não ser visto e, então apelidado.
"Coxeira voltou para Boa Esperança convicto de que escapara do apelido. Todavia, Antônio Reis, morador da Chapada, curioso, apareceu na pensão e perguntou:

Ô Zezinho, o Cuco ainda está enfurnado aí ou já foi embora para Boa Esperança?
A ojeriza pelos apelidos aumentou quando Coreixas recebeu um convite remetido pelo cartorário Antônio Moraes, de Campo do Meio, para o casamento de

Zé do Bode com Maria Capivara, fihos de João Macaco e Zefa Siriema, de João do Pagode e Cida Maritaca.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

COMO ERAM POÉTICOS!

Praça de Alfenas

Antes de Alfenas ganhar esse nome, em homenagem à família Martins Alfenas era chamada São José das Dores da Pedra Branca.

Alterosa era conhecida por São Joaquim da Serra Negra.

Passos era Vila Formosa do Senhor Bom Jesus dos Passos

O Carmo, nos seus primórdios ganhou o comprido nome de Nossa Senhora do Carmo do Monte do Rio Claro e depois era chamada Carmo das Tormentas (segundo o livro, Mandassaia).

Algumas cidades passaram a ser chamadas por dois nomes: Alpinópolis foi São Sebastião da Ventania e ainda é para muitos Ventania e Conceição da Aparecida sempre será Barro Preto.

Lavras foi Carmo de Santana das Lavras do Funil.
Paraguaçu - Arraial do Carmo dos Tocos.
Campos Gerais já se chamou Carmo do Campo Grande.

E Boa Esperança era conhecida por Dores. Ainda me lembro da minha avó assim se referindo à cidade, que ganhou o primeiro nome de Povoado das Dores do Pântano.

Os nomes antigos eram absolutamente poéticos e diziam tudo da religiosidade e da geografia local.

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

A família Freire em uma festa junina no Anexo do Carmo Hotel em 2009
Cláudia Soares, Cecília Freire e Carla Soares na festa. Amigas de infância.

Resolvi postar o comentário, pois nem todos acessam. Quem souber mais dessa briga de Católicos e Protestantes em Carmo do Rio Claro, manifestem-se livremente. Concordo com a Cida, Deus mora no coração das pessoas. Minha querida, jamais deletaria o seu depoimento.

"Olá Cleise, sou irmã de Cecilia (Freire).Pesquise mesmo sobre a briga de Católicos e Protestantes pois me recordo de pouca coisa que talvez possa ajudá-la a completar o que adquirir na Pesquisa..Me recordo de que isto ocorreu na Rua Getúlio Vargas,onde as 2 denominações se encontraram..Por parte dos Católicos estava na linha de frente Pe.Marcelo, D.Ogarita c sua voz altiva dizendo:EU TENHO FÉ E BATO O PÉ! e todos que acompanhavam repetiam..O encontro se deu quase em frente a casa do Abel Teófilo e virou pancadaria mesmo..Me lembro que Tio Mozart tomou um trombone de um protestante e além de bater na cabeça do mesmo, saiu pela Pça.São José correndo e rolando do saxofone..Na época isto foi engraçado pois pouco entendíamos de religião,mas hoje penso que foi uma gde asneira pois não importa crenças diferentes,o que importa é que Deus é e será sempre o Pai de Todos...Enfim entendamos que as épocas passam e conscientizamos de que SOMOS IGUAIS AOS OLHOS DE DEUS...Por eqto o que sei é somente isto e se vc gostar deixe postado, caso contrário tens tda a liberdade de deletar...Causos são e será sempre causosssss..

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

RESUMO DO MANDASSAIA - 1




Mandassaia é "um simples, modesto, rústico e apagado ponto de Barranco Alto, que veio a ser um dia, distrito de Alfenas", conta Isnard Manso Vieira, irmão do autor do livro Mandassaia, Ildeu Manso Vieira, que foi um militante e preso político durante a ditadura, funcionário de Furnas e presenciou as dores causadas pelo dilúvio de Furnas que, segundo seu relato: cobriu 250 quilômetros pelo braço do rio Grande e 150 km pelo braço do Sapucaí.
Inundou 70 mil alqueires de terra, formando um lago 10 vezes maior que a Baia da Guanabara. Trinta e cinco mil pessoas tiveram que ser removidas. As melhores glebas foram condenadas, restando apenas os campos ácidos cobertos de barba de bode, morros pedregosos e chapadões erosados. 120 quilômetros da Estrada de Ferro da Rede Mineira de Viação ficaram submersos. Muitos foram ilhados. O mesmo autor escreveu ainda dois livros "Igrejas e Cidades Submersas" e "A História de Furnas & a Energia Nuclear. "
Ele vai contar no livro a história dos habitantes de Barranco Alto, o impacto da chegada da hidrelétrica, os dramas pessoais. Estou começando a ler e vou repassando para vocês.
Você, que é carmelitano e que está lendo este blog, que conhece algo mais desta história, mande para cleisempsoares@gmail.com. É muito importante resgataramos a história oral de nosso povo.

VOLTEI!!! EDITORIAL

(Carla Soares, minha irmã querida, na Fazenda Água Limpa)

Estou de volta, mas trouxe dentro de mim as montanhas do Sul de Minas Gerais, a Serra do Tabuleiro, a amada Serra da Tormenta e as inúmeras montanhas e cachoeiras da região de Delfinópolis, Glória. Surpreendente a região do entorno de Passos, onde a família passou o Natal. Um tesouro de água e beleza. Tomamos uma cervejinha no alto do mundo, de onde se avistava 360 graus, um mar de montanhas. O Edmundo, nosso fotógrafo oficial, fez fotos lindíssimas e com certeza vai disponibilizar para o blog. Passos, quem diria, uma cidade tão gostosa! É que antigamente eu achava que Passos era apenas terra de jagunço. Essa história começou pq por um tempo, no século passado, a cidade foi governada por eles. Isto gerou um medo na região e esse conceito. Uma linda cidade cobre a sombra desta Passos das nossas histórias.

De lá, para a Fazenda Água Limpa, onde passamos o ano novo. Como se conta histórias nas mesas de Minas Gerais. Ouvi centenas, rimos a mais não poder dos personagens que habitam as ruas de Carmo das Tormentas. Vocês sabiam que Carmo já foi Carmo das Tormentas? Pois é e que Alterosa se chamou São Joaquim da Serra Negra? Esta informação veio no livro "MANDASSAIA", do alfenense Ildeu Manso Vieira, funcionário das Centrais Elétricas de Furnas que registrou a chegada das águas ao pequeno município de Barranco Alto. Vou, aos poucos, transmitir para vocês este incrível relato sobre o então chamado "Crime do Século".

Também fui autorizada pela minha irmã, Ana Maria Vilela Soares, sumidade na área acadêmica que está preparando o seu livro "Genealogia da Família Vilela de Carmo do Rio Claro", a árvore genealógica de uma família que começou com a chegada de três irmãs da Ilha da Madeira, de Portugal - a publicar seus artigos da GAVETINHA DA MEMÓRIA, que ela tem colocado no Jornal Expresso, do José Milton, que merece todos os meus elogios.

Estive com o Job Milton, com sua sutileza. Ele disse que os atleticanos não gostam de cantar no hino nacional "a imagem do cruzeiro resplandece". Em contrapartida, os cruzeirenses detestam a missa do galo. rssss

Aos poucos, vou passando para vocês as impressões, as novas histórias que lá coletei. Estou sentindo que esse blog vai ser o elo perdido. Está aberto a todos vocês que tem histórias para contar de Carmo do Rio Claro.

CONTATOS
Edmundo, meu irmão, recebeu algumas mensagens no seu Facebook. Uma delas da Marly Lemos, que está construindo o hotel VARANDAS. Vou procurar saber mais informações: como será o hotel? Tem uma maquete para conhecermos? Quando será inaugurado? Quantos quartos? Para qual público? E foi intermediário também de uma mensagem da Dodora (Auxiliadora Pereira). Oi minha querida. Puxe suas lembranças também e mande para nós.

Turismo e História se entrelaçam e se complementam... a memória do Carmo tem que ser preservada e a Cleise tá prestando um serviço bastante bacana à nossa cultura. Estou mandando este e mail com cópia prá ela com o agradecimento. Marly

Dodora escreveu: "Parabéns Cleise por seu Blog, está trazendo estórias e pessoas que fazia tempo não tinha notícias.Voltei ao passado, que guardo na alma, e foi como um filme ler essa crônica da Ângela do Zé Guanguinha. Beijos saudosos pra vcs duas!!!"

Obrigada pelas palavras. O blog está aberto a todos vocês.