terça-feira, 23 de agosto de 2011

A PRAÇA DO CARMO NA DÉCADA DE 70

A jardinagem da praça era bem diferente. Na rua, uma cavalhada.
(Acervo da minha prima Carmelitana/do Ari)

O ALTAR DA ANTIGA MATRIZ!

Este altar com certeza traz saudades para muitos
Aí celebraram vários padres:
Padre João La Rue, Pe. Cipriano Canton (1918-20), Pe. João da Cunha ((1920-21), Pe.Exupério, Pe. Salvador Maria (1921), Pe. José Augusto Saraiva ((1922-24), Pe. Con. João Batiswta Cesar (1925), Pe. Francisco Tavares (1926-31), Pe. Ricardo Grella (1931-33), Pe. Ênio Romagnolli (1933-43),Pe. Itamar Ferreira Costa (1943)...
Padre Leopoldo Maimone de Castro (1957) - seu túmulo no cemitério é venerado e está sempre com velas ardendo em sua homenagem.
Padre Aurélio Uyara Tomagnini 1957-1959) - construiu uma piscina para os carmelitanos, com quadras, onde todos curtiam os domingos.
Padre Marcello Prado Campos (1959-1966) - cobriu a piscina e fez em cima um chiqueiro. Também derrubou a Matriz.
Padre Mário Pio de Faria (desde 1966)
Padre Adelmo Arantes Rosa (colaborador)

(Informações do livro O Quadro de Saudades - Carmo do Rio Claro, de Celeste Noviello Ferreira) - Os grifos são meus.

CONTEMPLEM O RIO SAPUCAÍ!

E o Itacy, antes da represa, corria plácido o Rio Sapucaí. No fundo, a Serra do Tabuleiro (ou da Tromba?-quem souber me corrija).
(Acervo da Carmelita/do Ari)

O BLOCO DA GALINHA CARIJÓ!

Esta foto - aqui escaneada de um xerox - é uma preciosidade. Aí estão, a Tia Dolores, o Sr. Jairo, o Rachid, o Amadeu Carielo... Quem me emprestou foi a Carmelita (do Ari), minha prima. O Bloco das Galinhas Carijós movimentou o Carmo na década de 50.

domingo, 14 de agosto de 2011

MAIS UM FELIZ DIA DOS PAIS!

Homangeio os pais que se dedicam a difícil tarefa de orientar um ser humano sobre a face da Terra. Na foto de meus irmãos com seus filhos, homenageio os papais de Carmo do Rio Claro.
O Tiãozinho com seu filho Alexandre.
Joaquim José com o neto Otavinho, pai duas vezes.


RECEITA DE SUSPIRO DE AMÊNDOAS DA DONA LOLOTA


Na grafia da época:

"Seis claras, 400 grammas de assucar refinado, bem seco e peneirado. Bate-se as claras em neve, junta-se-lhes o assucar e bate-se até ficar bem consistente, depois junta-se as amendoas moídas. Põe-se em caixinhas de papel, ou em taboleiros ligeiramente untados com manteiga e polvilhados com farinho de trigo. Forno brando".
(Do livro Doce Arte da Época Imperial Mineira-Edgar Pereira)

No tempo dos carros de boi...

"As estradas eram caminhos de terra tortuosos que davam voltas em torno de morro, chamados alterosas, com pequenas pontes de madeira e porteiras, ponde transitavam carros de boi, tropas de mulas para transportar cargas e carroças ou charretes para passageiros, levando-se até dias para para percorrer poucos quilômetros.
Com estas características encontrava-se Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas, distante 257 km de Belo Horizonte, 430 km de São Paulo e 180 km de Poços de Caldas. As suas ruas eram de terra batida e poucas casas tinham calçamento. Era comum ver tropas de mulas o u boiada atravessando a cidade.. Dos carros de bois ouvíamos o canto de suas rodas, o chacoalhar da vara de ferrão, os gritos do boiadeiro "OOOh" e também o relinchar distante dos cavalos e burros."

(Trecho do livro Doce Arte da Época Imperial Mineira-de Edgar Pereira da Silva)

HOMENAGEM AO PAI DE MINHA FILHA!

Homenageio na figura do meu marido, Renato Coelho, a todos os outros pais da Terra. Que cada um ocupe seu lugar ao lado de seu filho e ajude a mudar o mundo a partir dessa pequena célula que é a família.

Mas quem foi Carlota Pereira?


"Carlota mais conhecida por Dona Lolota, nasceu em Carmo do Rio Claro em 12 de agosto de 1908. Casou-se com 20 anos e teve 13 filhos. O seu marido, Jayme Silva, era filho de Rita Eugênia da Silva e de Jesuíno Ferreira da Silva. Ela por sua vez era filha do Capitão Tito Carlos Pereira e de Prudenciana Maria da Conceição"
Informações do site www.museucarlotapereira.com.br

Ela tinha mãos de fada e foi uma das maiores doceiras que o Carmo já conheceu. Estudou com as Irmãs da Providência e fazia bolos e doces maravilhosos na forma de coelhos, livros, igrejas...
Em seu livro, Doce Arte da Época Imperial Mineira, Edgar Pereira da Silva conta curiosidades sobre sua mãe e seu ofício:
"Numa época em que a artesania em doces era direcionada para pudins, bolos, sequillhos, doces em pasta e copotas, ela resolveu inovar. Em viagem a São Paulo, viu faquinhas, sacos com bicos para confeitar e livros. Trouxe para Carmo do Rio Claro esse material, tendo feito bolos confeitados para casamentos, aniversários, formaturas, primeira comunhão, homenagens e outras festas durante anos. Tentou e conseguiu transferir os enfeites para as frutas, bordando e desenhando nos pedaços de mamão, abóbora, abacaxi, maracujá, figo, laranja e outras, fazendo então belíssimo doces coloridos, saborosos e artísticos, que continuam a ser feitos até os dias de hoje por suas discípulas e seguidoras.
Em 1973 enviou uma receita de um doce folheado, recheado com gemas e côco, para a cozinha do açúcar União, um doce de estilo português, abrasileirado por ela com o côco e denominado Frank, para homenagear um amigo que sempre trazia doces de fora, dando estímulos à sua criatividade. Frank mereceu um prêmio em dinheiro e uma publicação no receituário dos refinadores de açúcar União."
A réplica da Igreja Matriz está no fundo do museu. Anjos e pessoas transmitem os sentimentos do autor diante dos fatos acontecidos no passado, a destruição do patrimônio histórico de Carmo do Rio Claro.


FLASES DO MUSEU CARLOTA PEREIRA

Lembranças do Cine Guarany...

Remédios da farmácia do Sr. Jayme...


Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. São ainda conceitos e praticas em continua metamorfose. ((Instituto Brasileiro de Museus)

A cozinha tem cheirinho de toucinho...












As fotos são do site www.museucarlotapereira.com.br e da www.nanademinas.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CARMO DO RIO CLARO GANHA MAIS UM MUSEU!

No quintal do museu, foi construída uma réplica da antiga igreja do Carmo. Há um agradável espaço, inclusive com um pequeno palco para apresentações e duas oliveiras plantadas.

Dia 27, inaugura no Carmo o Museu Carlota Pereira da Silva, que foi construído pelo médico, escritor e pintor carmelitano, Edgar Pereira da Silva. O Museu, localizado na praça do Fórum, abriga um acervo de peças garimpadas em suas viagens e móveis, objetos, utensílios referentes à cidade de Carmo do Rio Claro. A maioria das peças é do acervo da família.

O museu abriga tesouros: a máquina de cinema do Cine Guarani, um gramaphone que funciona e toca aqueles discos rígidos de outros tempos, remédios da farmácia de seu pai, Jayme Silva, entre eles, vidrinhos de morfina e cocaína e uma máquina de fazer supositórios.

Na cozinha, é possível sentir o cheiro de banha de porco, ela fica em cima do fogão, como antigamente. Os três tetos foram pintados pelo idealizador do museu. Nas pinturas, ele manifesta a sua indignação pela destruição do patrimônio histórico de Carmo do Rio Claro.

Ganhei um exemplar do livro "Doce Arte da Época Imperial Mineira", de autoria de Edgar Pereira da Silva e também a permissão para transmitir informações ali contidas da história da cidade, os causos, as receita da Dona Carlota...

Dentre as peças garimpadas pelo mundo, sobressaem o quadro de Jânio Quadros, de 1974, denominado Menina Triste e uma tela de Volpi. Segundo Edgar, a maior raridade é o livro de pinturas do palácio do Nero, um livro que - segundo ele - não existe nem na Biblioteca Nacional Brasileira.

A partir de agosto, o museu será aberto para visitação pública. A curadora do museu será a sobrinha de Edgar, Jaqueline Silva, segundo informou.
... as fotos foram gentilmente cedidas pela minha querida amiga Nana. Para saber mais do Carmo é só acessar www.nanademinas.com.br

VISITE O SITE DO MUSEU www.museucarlotapereira.com.br

UMA HOMENAGEM A MEU QUERIDO PAI!

Foto do casamento do meu pai, Edmundo, com minha mãe, Nivalda. Ao lado dela, de um lado, a Tia Naíde com o Tio Aldo e a Vovó Beatriz, do outro lado, o irreverente Tio Toninho com uma vestimenta bastante solta para um casamento e meu tio Nilton. Atrás, Tia Maria e Tio Dario, entre outros.
Edmundo deixou uma árvore de filhos: teve 12, cinco filhos com Maria Leonor (foto abaixo) e sete com a mamãe, Nivalda Pereira Soares. Todos se amam muito e são muito unidos!

O meu encontro com meu pai, Edmundo Figueiredo Soares, se deu em 1957. Vivi com ele oito anos, quando partiu com 54 anos. Eu achava que ele era velho. Agora, com 54 anos, acho que ele morreu muito novo, porque com essa idade, ainda tenho muito a realizar. Foi embora, mas deixou como maior herança o seu nome, que até hoje repercute como um dos homens mais honestos que já existiu pelas bandas de Carmo do Rio Claro.
Na genealogia da família Vilela, o livro escrito pela minha irmã mais velha, Ana Maria, ela fala um pouco dele:

Foi contador, bancário e fazendeiro. Um dos fundadores da Cooperativa Agro-pecuária de Responsabilidade Ltda, a cooperativa de leite de Carmo do Rio Claro, fazendo parte da sua primeira diretoria. Foi vereador de de 1947 a 1951 e de 1952 a 1960, ocasião em que foi secretário da Câmara Municipal da cidade. Foi, ainda, presidente do GEC (Grêmio Esportivo Carmelitano) e participou, como jogador de seu time de futebol. Edmundo também fez parte da Conferência Vicentina, tendo presidido a Conferência Santo Antônio.

Deixo aqui registrada a minha homenagem a esse grande homem, a esse grande pai, inesquecível. Onde quer que ele esteja, que receba o meu grande amor no dia dos pais.

FELIZ DIA DOS PAIS!


Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro" (Rubem Alves)


FAZENDA ÁGUA LIMPA - UM MUSEU VIVO


Meu irmão, Joaquim José e sua mulher, Toninha Carvalho Soares, não podiam imaginar que, ao visitar o Memorial Minas Gerais Vale, recém inaugurado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, iriam encontrar lá a foto da sede da fazenda Água Limpa. O mérito é do meu primo fotógrafo, Renato Soares. Seu livro "Mar de Minas" faz parte da mostra e tem na capa, o casarão de mais 150 anos, localizado no município de Conceição Aparecida.

O memorial é o terceiro prédio inaugurado do Circuito Cultural Praça da Liberdade. A entrada é gratuita. O museu ocupa a antiga Secretaria de Estado da Fazenda e é um convite a uma viagem pela cultura e a história. Os outros dois, um deles conta a história da evolução e tem um planetário, o outro exibe as pedras preciosas das nossas Minas Gerais.

'As referências para o memorial, que conta com investimento de R$ 27 milhões, vieram de uma grande expedição. Com aval da mineradora Vale, gestora do museu, o museógrafo e artista renomado Gringo Cardia, curador das exposições, entrou num carro junto de historiadores e, por três meses, foi de Norte a Sul, em busca das essências de Minas. O resultado dessa viagem, complementada por mais três anos de pesquisa, pode ser visto nas 31 salas do museu e traz uma mistura entre o passado colonial e a Minas moderna. “O memorial tem três eixos: a Minas da diversidade cultural, da riqueza – da época da construção do Brasil , e a visionária, que faz parte do modernismo”, afirma o gaúcho Cardia, que considera o projeto como o mais importante da carreira.' (informações retiradas do site do museu).
Toninha e Joaquim também visitaram o Museu Histórico Abílio Barreto. Achei que o encontraria como era nos tempos em que trabalhei na Belotur, quando reproduzia uma fazenda mineira todinha mobiliada. Fomos informados que o acervo completo fica guardado e vai sendo apresentado aos poucos. Não gostei, ficou diluído e pouco representativo.

Mas o que mais minha cunhada Toninha gostou, foi de ver os utensílios e objetos iguais o da Fazenda Água Limpa conservados e respeitados como peças de museu. Viu também que o acervo da casa é ainda mais precioso. É verdadeiramente um museu vivo. Quem não conhece, vale a pena conhecer.



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO NOTA ZERO!

Aproveito esse espaço que tenho on line para declarar publicamente o meu repúdio ao Governo de Minas, que insiste em não negociar com os professores e apresentar valores mentirosos sobre os seus vencimentos. Desta forma, a greve continua e nossos filhos, há dois meses em casa, continuam sem aulas, atrasados. É essa educação nota 10 que o marketing do Governo promete e diz que faz por Minas? TUDO É MENTIRA! Manifesto aqui o meu desagrado e a minha preocupação profunda com o futuro de minha filha, em casa, quando deveria estar estudando e levando a vida para a frente!

domingo, 7 de agosto de 2011

PERSONAGENS INESQUECÍVEIS!!!

Não tenho fotos da nossa Mocinha. Esta é a Sinhá Olympia de Ouro Preto, que andava pelas ruas toda paramentada e com bilhetes e fotos de turistas pregados na roupa. Dizia que conheceu Tiradentes. De fato, Mocinha é uma das minha personagens favoritas, anda pelas ruas da minha memória.
MOCINHA
la andava rajada de saias longas e com as mãos cheias de anéis de pedras de todas cores, anéis antigos. Mocinha morava no maior e mais imponente casarão da Praça da Matriz. Tinha os cabelos bem curtos, cortados rente ao coro cabeludo e todo branco. Os olhos eram azuis. Mas cegos. Mocinha quando era mais nova era completamente normal e aprendeu a escrever. Depois, ficou cega, surda e muda. Era brava, em sua quase incomunicabilidade.
Cuidava dela a negra Quirina, de dentadura vermelha e dois bons olhos sempre marejados. As duas pareciam sair de dentro da história. Já então, personagens. Mocinha ficava brava e batia a bengala para todos os lados, quando a criançada puxava suas saias, quando andava pelo jardim.. Nossa vontade era entrar no quarto de Mocinha, onde só Quirina entrava e de vez em quando, sua sobrinha Size, pulava suas janelas.
O quarto de Mocinha que vive em mim está cheio de baús e prendas, de broches, colares, camafeus, anéis, lenços e sedas caindo pelas arcas. Diziam que só ela limpava seu quarto. Então, imaginávamos baratas, aranhas e morcegos no quarto de Mocinha. Ela era uma das amigas de vovó Alice. E de vez em quando pedia, escrevendo em nossas mãos, sabonete. Perfumados, cheirosos. Restava-lhe o olfato.

E A SALA NEM FEZ FALTA...

Em volta da mesa das nossas casas mineiras, acontecem os melhores momentos. Momentos que agradam ao paladar, mas que são, acima de tudo, confraternizações, comemorações. Mineiro é família grande, unida... A mesa dos carmelitanos é sempre farta, não falta nunca é o pão de queijo, as quintadas, os requintes.

Nessa foto: minha querida irmã, Alice, o Tio Nilson, Tião, o João (marido da Alice), a Carla, Madrita Tata e o Joaquim José, na festa dos seus 70 anos. Lá em casa, a Távola "Redonda" está sempre cercada de familiares, onde rolam os casos, a memória oral de Minas Gerais.
FAÇO UMA HOMENAGEM E RENDO TRIBUTOS ÀS MESAS DE MINAS GERAIS!


UMA VISÃO DO ALTO DA TORMENTA!

O RIO SAPUCAÍ
QUE SE TRANSFORMOU NO LAGO DE FURNAS

"José Alves, em suas andanças em Carmo do Rio Claro, a procura de vacas leiteiras, percebia que a cidade dos Trumbucas não era mais aquela que conhecera, quando trabalhava com Calisto Luppi na construção da ponte Melo Viana.A cidade fundada por José Barbosa de Arruda e Domingos Ferreira de Avelar, ambos pertencentes à bandeira do lendário desbravador Lourenço Castanho, que marcou época procurando ouro, prata e índios ariscos que recusavam o cativeiro.

...Ele subiu no topo da Serra da Tormenta e contemplou a cidade simpática, hospitaleira, a sinuosidade do Sapucaí, exuberante e repleto de segredos. Lá distante avistou as serras da Tromba, do Córrego Bonito, dos Ferreiras, do Tabuleiro e dos Pinheiros, além dos vales do Itapixé e de Três Barras. No pico de São Gabriel, nos píncaros da Tormenta, fustigado pelo vento, contemplou deslumbrado a beleza paisagística de Carmo do Rio Claro, lembrando as histórias de José Joaquim de Santana, vindo da fazenda dos Trumbucas, imediações de Nepomuceno, para erguer no sopé o arraial pertencente ao município de Campanha.

Alves não cansava de admirar as curvas do majestoso Sapucaí, espremido entre montanhas, lembrando com saudades imensas da Companhia de Navegação do Rio Sapucaí, fundada no século XVIII e mantida pelos carmelitanos durante anos com tanto orgulho. Não esquecia os vapores cortando a massa líquida, transportando cargas para Porto Pena, Porto Ponte, Porto Belo e fazendo ligações com outras cidades e com o mundo... distante, a chaminé imponente do Porto Belo, na proximidade da Cachoeira das Cruzes...

José Alves, impressionado com os 1.290 metros de altitude da serra desceu com certa dificuldade a pirambeira e foi direto a Igreja Matriz, para mostrar ao filho curioso a imagem de Nossa Senhora do Carmo, obra do italiano de Módena, Calixto Luppi, um ateu cantor de ópera que gostava de esculpir santos...

"Me deu uma tontura das braba"
Antoniel, deslumbrado com a paisagem do alto da Tormenta, segurou no braço musculoso do pai e observou:
"É por causa da artura, pai".
José Alves olhou para o filho, com os olhos molhados de lágrimas e respondeu, com a voz embargada:
- Num é não fio. É que eu alembrei que esse mundão vai sê tudo coberto pelas Furna".

(Mandassaia - ... Naquela época...quando Furnas era o Crime do Século - Ildeu Manso Vieira)

ELE CANTOU NO GEC!


O Luizinho, meu irmão, contou que uma dia foi convidado para ir a um show no GEC, na antiga sede, antes de ser queimada. Lá, ia se apresentar o conjunto Ws Boys e tinha um cantor excepcional:
- O rapaz tem 16 anos, mais vale a pena ouvir o Milton.
Então, fiquei sabendo que Milton Nascimento já cantou no Carmo.

CASOS DO JOB - A piada dos LA


UMA PERDA IRREPARÁVEL
O terceiro jardim

" onde ventava oxigênio agora venta concreto e onde tinha bancos de praça, agora tem banco de dinheiro" (Hortênsia Paineira - Inventário das Águas)


"Sr. Edmundo Soares estava na barbearia conversando com dois da família, filhos da Tia Rosina. Geraldo Marinho ouvia a conversa deles.
Falavam sobre os filhos do Tio Nhonhô, referiam-se a Lamartine, Lacordaire, Lafonteine, Lafaiete...
O Geraldo Marinho perguntou:
- E lá na casa também tem mulher, tem irmãs?
- Tem sim.
Geraldo disse:
- Bom, se tem mulher dever ser La Golondrina, La Comparsita, La Paloma.

Entre nós, da família, eles eram conhecidos por Derinho, Tininho, Teti e Teni. Havia, ainda, a irmã freire, Cora e Heloisa, a Loli."