terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um carmelitano com o Mestre.

               Sr. José de Castro, filho de Carmo do Rio Claro, ao lado mestre Oscar Niemeyer.
A foto é do site www.nanademinas.com.br, que oferece notícias atualizadas sobre o Carmo.


Olha o que a Wikipédia fala dele, ainda bem que põe um ponto de interrogação no nascimento em Belo Horizonte. José de Castro é natural de Carmo do Rio Claro:
"José de Castro Ferreira (? - Belo Horizonte7 de outubro de 2005) foi um advogado e político brasileiro do estado de Minas Gerais.
Ferreira foi deputado estadual de Minas Gerais (5ª legislatura - 1963 a 1967[1]), deputado federal e o primeiro Advogado Geral da União, no governo Itamar Franco, em 1992. No mesmo ano, surgiu a rede de escritórios de advocacia "José de Castro Ferreira, Décio Freire & Associados" com dois escritórios, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Na Associação Comercial, José de Castro Ferreira, foi convocado a assumir a vice-presidência da Divisão Jurídica no biênio 97/99. Ao final do mandato, em agosto de 1999, foi eleito diretor da Casa do Empresário e, um mês depois, escolhido pelo Conselho Superior para ocupar a cadeira de Benemérito da Instituição."
Se hoje a serra é iluminada, devemos José de Castro Ferreira, que queria atender a um desejo da sua mãe e conseguiu verba para a iluminação.

Tenho fé!

Edmundo Figueiredo no I Encontro Revela Bertioga, ao lado de mestres da fotografia. Brindamos!

MALA SEM ALÇA


                                                                                     EDMUNDO FIGUEIREDO

Sou hoje a bagagem que trouxe da vida. Não sei como nem quanto se acumulou. Agora sei que fui certeiro e suave, derramando saberes sobre a vida.
Corro.... não sei prá onde, nem porque e nem se chegarei... mas corro!
Um dia saberei cruzar a linha de chegada, galopando em grande estilo.
Cheio de coragens, sigo, com a convicção, que a postura fálica do ser humano, não é o que me guiará nesta jornada. Saberei sorver a nova era, de certezas, pois o incerto será passado e a plenitude da grande alma, Patcha Mama, descerrará sobre o planeta. E desarmará os brios daqueles que insistem em ir contra o andar natural da leveza única que se abaterá sobre a Terra.
E, finalmente, gozarei do prazer de ser apenas céu, água, terra e ar, em conjunção com outros cosmos e galáxias de distantes da Terra. Neste dia, “um índio descerá de uma estrela....”, carregado de luz, a iluminar toda a humanidade (a do bem e a do mal, se isto existe).
Fato consumado.... tenho fé!!!!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Atendendo a pedidos...

André Elias Junqueira, filho da Elza Lúcia, que é médico da Aeronáutica. Ela me pediu para postar no blog e garantiu que o blog ia bombar. Realmente, é um lindo rapaz!
Elza Lúcia é sempre linda e um ótimo astral. Na foto, ao lado de Nália Pontara, também exuberante. A Elza, quando foi ao Líbano, precisou contratar segurança para protegê-la. Os homens enlouqueciam com sua beleza que, por sinal, veio lá das bandas daquele país. Aí está, Elza, o post prometido.

FELIZ NATAL PARA TODOS!

Esta história de que Natal é coisa de família, lá em casa é uma realidade. É a festa preferida dos irmãos, primos, netos. Nesta foto, a Mamãe Noela é a Ludi. Este Natal foi comemorado na casa antiga da Fazenda do Tião. Este ano, o Natal vai ser na  pousada. E que venha o amor de família!

Guel Vilela e as Palavras

 Em arte tem uma máxima: quer ser universal ? fale da sua aldeia, cuide e projete o seu quintal!!! trago meu quintal de terra batida varridinho e as panelas da minha cozinha areadas que até cega de tanto brilho: sou pobre mas sou limpinho!!!!heheh!!

Super avós!!!

A Avó Toninha e Avó Maria no alto da Serra da Tormenta.

Parece que eu sabia...

...que hoje era o dia, de tudo terminar. Mas logo notei, quando telefonei... Cena de uma apresentação do grupo no Grupo Escolar Coronel Manoel Pinto: A Áurinha, Cláudia, Salete, Tony.... A diretora era a Dona Lourdes Palacine, rígida, autoritária, mas que gostava de fermentar a cultura. Dançamos e representamos muito neste pequeno palco. Ali, já dancei balé, twiste e La Violeteira. Bons tempos! 

Colírio para os olhos!

Ian, filho da Valerinha e do Edu.

FACE a face!

Nilton Reis e Ângela Davi fizeram Bodas de Prata!  Parabéns ao casal. Casar  muitas veze é fácil, difícil  é manter um relacionamento ao longo dos anos sem torná-lo tedioso. Que vivam sempre unidos pelos próximos 25 anos!
Família Reis visita fazenda histórica.
A família no verde!
Natália Guimarães, filha do Biquinho, com seu filho, vendo a linda iluminação de Natal da Praça da  Liberdade, em Belo Horizonte.
Família da Verinha, companheira do Coró.


De Filho para Mãe!

Linda foto de Evelise, companheira do Joaquim José, ao lado do filho,Otávio, na sua formatura. Eles estão lindos! Veja o comentário dele no Facebook: "Mãae , fortaleza dos nossos corações . Amiga pra todos desabafos e simplesmente mãe pra todas as alegrias".

Siqueiras aventureiros!

Marcos Siqueira é super aventureiro, anda por este Brasil afora, A primeira que vi carne de soja foi na década de 70, quando estava chegando a São Paulo e o Marcos tinha os bolinhos enrolados na geladeira, já prontos para fritar. A gente morria de noje e nem experimentava. Ele estava à frente do seu tempo.   
Célia Siqueira
A família Siqueira é muito unida. Atualmente, eles andam viajando juntos. Colhi as fotos no Face.



A pergunta é: Onde é?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um Feliz Natal do Sr. Emídio Marinho


N A T A L  –  PAPAI NOEL
      
             Dizem que antes de ser Papai Noel, Ele era o Bispo que se chamava Nicolau e viveu na Turquia quando pertencia ao império Romano. A imagem com que conhecemos foi criada pelo desenhista Thomas Nast no século IXX, Papai Noel pode até mudar de roupa, mas o espírito natalino nunca sai da moda. Nicolau era conhecido por seu amor às crianças e na sua grande generosidade. Por não gostar de aparecer deixava os presentes na entrada das casas, perto das chaminés, para ninguém saber que era ele. Na Alemanha ele começou a virar um símbolo de Natal e espalhou pelo mundo, tornando-se símbolo do Natal.
Fontes: Editora Vozes.
CARMO DO RIO CLARO, 1 DE DEZEMBRO DE 2.012.
EMÍDIO MARINHO FILHO-Colaborador.

Veia Lusitana


PASSOS NO ASSOALHO


De repente, silêncio!
De repente, estalido!
Será o nego Fulgêncio?
Ou o fujão, desaparecido?



Não se sabe ao certo,
Qual a origem do chiado.
Só sei que o assoalho, decerto,
Não range sem ter sido pisado.



Medo, vertigem, atenção!
Qual será o fim disto?
Não sei que destino terão,
Mas sei que nada foi visto.



E no frigir dos ovos,
Fica o medo, retido!
Afinal viveram tantos povos,
E estão todos aí, escondidos!


Segundo meu irmão Edmundo, esta poesia ele fez na Fazenda Água Limpa na última vez que esteve por lá. Ele está com a veia poética em alta.

A foto é do Edmundo, mostra a tristeza do lago seco. O texto abaixo foi postado por ele no Facebook.
Em 1825 foi construída a primeira Capela em Guapé, povoado à época chamado São Francisco do Aguapé. Em 1855 foi elevado à condição de Freguesia, com nome de São Francisco do Rio Grande e integrando o município de Boa Esperança. Tornou-se município autônomo em 03/02/1924, adotando o nome de Guapé.
A cidade de Guapé ficou submersa sob o Lago de Furnas. Foi construída uma nova cidade nas proximidades, para abrigar os moradores da antiga. Com a seca do Lago de Furnas, alguns prédios emergiram e podem ser avistados.

Um empurrão do mestre.


Recebi, já tem um tempo, comentário do escritor Ronald Claver sobre meu livro "O Livro de Vestir". Um grande empurrão do mestre. Boas palavras, que me fizeram acreditar mais ainda nas palavras que nasceram de mim. Além deste livro, tenho dois outros inéditos: Hortênsia Paineira - Inventário das Águas, cujo pano de fundo é a história da chegada da hidrelétrica de Furnas e Brechó de Minas. Estou procurando um editor, quem conhece? Abaixo, o recado de Ronald Claver:

Cleise,

 Li seu livro na horizontal. Você tem mão boa e a história é muito bem conduzida, agradável, surpreendente. Você pretende o quê? Publicar, é lógico. Como? Há alguns caminhos.
Um deles é enviar o texto para mais de uma editora e esperar. Outra maneira é participar dos concursos literários que pululam por aí, ou publicar por conta própria. Conheço alguns editores que fazem o trabalho com muita dignidade.
Parabéns e continue.
Ronald Claver

Conheça mais sobre ele:

Ronald Claver (Belo Horizonte7 de setembro de 1946) é um professor e escritor brasileiro.
Lecionou no Colégio Técnico da UFMG até sua aposentadoria. Como escritor tem mais de 20 obras publicadas, e diversos prêmios, entre os quais o prêmio Nestlé e o prêmio Cidade de Belo Horizonte.
Foi também secretário municipal de esportes em Belo Horizonte no governo de Patrus Ananias.[1]
Ronald Claver Camargo nasceu em Belo Horizonte (MG), no dia 7 de setembro de 1946, Dia da Independência do Brasil, mas ele se diz dependente das manhãs, dos ermos e da poesia. Sua mãe também nasceu em um feriado nacional, dia 15 de novembro, e, em homenagem à Proclamação da República, recebeu o nome de Olga Brasil. Olga era professora, casou-se com José Maria Camargo, que era funcionário público, e teve nove fi lhos, sete mulheres e dois homens. Ronald é dos mais novos, abaixo dele apenas uma menina.
A infância, o escritor passou em Belo Horizonte; brincou muito, jogou bola, pintou o sete! Quando nasceu, moravam no bairro Floresta, depois morou no Nova Suíça, no Parque Riachuelo e novamente no Gameleira. Dona Olga tinha uma sobrinha que era freira e que arrumou bons colégios para Ronald estudar. Porém, esses colégios fi cavam no interior do estado e, assim, Ronald estudou em Acesita, onde morou com uma irmã. Depois foi para Conceição do Mato Dentro, onde fi cou interno no Colégio São Francisco. De lá, foi para o Colégio Santo Antônio, em Santos Dumont, onde também estudou interno, e formou-se no Colégio Santo Antônio, de São João Del Rei, que era seminário. Como não tinha vocação para o sacerdócio, Ronald fez um teste vocacional, que apontou uma vida mais voltada para o ensino. Resolveu estudar Letras. Formou-se na Universidade Federal de Minas Gerais, em português e latim.
Em Santos Dumont, Ronald e sua turma editavam uma revista, em que ele publicou o seu primeiro conto. A revista, os meninos faziam sozinhos, sem nenhum infl uência dos padres, em uma prensa antiga, daquelas de letra por letra, e a capa era feita em xilogravura. Ronald, nessa época, também escrevia esquetes de teatro, mas ainda não imaginava que iria trabalhar com literatura. Foi no segundo grau, atual Ensino Médio, que ele tomou gosto pela escrita. Sempre foi um leitor voraz e começou a fazer uns poeminhas daqui e dali. As pessoas gostavam, e Ronald começou a publicá-los em pequenos jornais. Uma das manias que Ronald tinha era de a criar jornal.
Um deles chamava-se “A pelota”, feito para o time de futebol de várzea em que jogava. Graças a ele, Ronald conseguiu o seu primeiro emprego como redator na revista de um banco.
Na faculdade, Ronald se entrosou com o pessoal da “modernidade”. Primeiro, achou muito estranho, afi nal, estava acostumado com os clássicos da literatura que estudamos no colégio. Acabou por embarcar nessa onda e aprimorou mais seus textos, leu mais e participou de concursos. “Sou fruto de concursos literários”, diz. O primeiro livro que Ronald Claver publicou foi devido a um concurso que ganhou no Rio de Janeiro. Depois, vieram outros prêmios e outras publicações. Ronald ganhou, entre outros concursos literários, o Prêmio Nestlé, o Prêmio Casa das Américas (Cuba) e dois prêmios do Instituto Nacional do Livro. Fonte: Wikipédia


domingo, 9 de dezembro de 2012

Guel Vilela e as palavras...



Preso na Torre de Babel
Que "íngua" essa sensação de estar morrendo à míngua.
Será que é porque ninguém + fala a mesma língua?

 Lá no fundo quem sabe ,queria eu, q as cores se revoltassem contra elas mesmas:quem sabe daria branco; quem sabe, neblinas!!!


Eu tava lá e vi quando, a manhã amanheceu azul!!

Um gostoso sorriso

Carla Soares, minha querida irmã. Comentaram no Face uma fala que ouvimos sempre: Estas filhas da Nivalda estão sempre iguais, não envelhecem. Carla conserva o lado engraçado. É sempre bom estar com ela. Deixo para vocês o seu gostoso sorriso!

Ele promete!

Isto é arte. O primo Lucas conseguiu inventar um lugar mágico sobre a praça de Carmo do Rio Claro, a ponto de acharmos que é outro lugar. Ele colocou poesia, luz e beleza nesta foto. Está de parabéns e tem um grande caminho aberto à frente. Ele é neto do Jair Soares e bisneto do meu querido Tito Toninho Soares. Filho da Andrea e sobrinho do também fotógrafo genial, Renato Soares.

Um anjo!

A linda família do Tãozinho e Dona Cici. Ela era um verdadeiro anjo. Olha aí o Zé, a Maria e  o querido Coró. Lembro-me bem da mamãe nos levando para comprar sapatos e o Tãozinho descendo uma montanha de caixas, na maior paciência! Que Deus os tenha!

Nosso querido Lago!

Foto do meu primo, Marco Pereira Siqueira. Retrata o Lago de Furnas, que hoje  teve algumas lagoas secas,
para tristeza de todos nós, carmelitanos e ribeirinhos. Sofremos quando a água veio e agora estamos sofrendo porque ela está indo embora. Na foto do lato, do Edmundo Soares, meu irmão, o fundo do lago seco.

Família Vilela Cézar

Olha a vida boa do Cizinho!
Que saudades do João Evaristo!
Corina, sempre linda! com seus filhos.
Faço idéia as estórias de pescador...
Ó Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais! Ê Carmo do Rio Claro, onde a sala de visita é a sala cheia de delícias culinárias!

domingo, 25 de novembro de 2012

Guel Vilela e as palavras

Eu me divirto muito com o Guel Vilela no Facebook. Ele é super criativo com as palavras. De vez em quando, salvo algumas falas, alguns comentários. Abri a pasta Guel em meus documentos. E aqui reproduzo algumas de suas falas para os colegas do Face.
Embaixo, ele no Espelho D´Água, sua casa à beira da represa, com os amigos. Mais embaixo, com Antôno Adauto, no Museu do Índio.



Ô Zulmira pare de roer as unhas, anda logo, tire esse cravo do meu peito q tá doendo...olha tem outro aqui na minha barriga,vai cuide do q é seu!!!!rsrsrs
Parte superior do formulário

Parte inferior do formulário
Neste local, só tinha uma freguesa que costumava comprar tecidos de lã de carneiro: a Dª Donana do Mozart.
Será que ele tocava música clássica, piano, compunha alguma sinfonia? Eu era muito jovem e não conhecia este tipo de música, também não sei se iria gostar..
Não tenho a mínima ideia!!! Eu também não conhecia este tipo de música. Muito mais tarde é que vim a conhecer Mozart e sua turma Punk. Mais precisamente, quando entrei na escola e fui representar o Cel junto com o Tarcisinho e o Tony, em um enterro. Bonito e triste.Nós não sabíamos que se tratava de um enterro, pensavamos que fosse uma festa e demos de cara com o defunto na sala sendo velado. Saída pela direita e pé na tábua.



Eu também me acho mas pensando bem não sou: enquanto uma parte de mim almoça e janta ; a outra se espanta!!rsrsr!

Abobrinhas,verdades,peixe e pimentão: falei, não engasguei, ardeu;mas não doeu nada não!!rsr



Veia Lusitanta!







MEDIANIDADE DESCARTADA OU DESCARTES REVISITADO

Edmundo Figueiredo Soares





Sonho... logo desisto.
Desisto da mediocridade de uma vida de certezas.
Resisto ao apelo fácil do óbvio.

Insisto na invenção do único.
Dispo-me da ilusão do cômodo.
Invisto na descoberta do atípico.
Arrisco viver para experimentar.
Petisco os sabores que a vida tem a oferecer.
Cisco o que a vida teima em esconder.
Belisco cada braço de caminho a fazer. 
Risco a hipocrisia que insiste em se fazer valer.
Lixo-me para opiniões que não tem nada a ver.
Portanto, hoje, vivo, logo existo.

O ninho!

Saudosa terra em que nasci!
Que mal te fiz
que me obrigastes a separar de ti?
(Alice Figueiredo Soares)

Uma justa homenagem!


Este é Antônio Adalto, guardião de um tesouro dos índios Cataguases, que habitaram sua fazendas em tempos ancestrais, antes de serem dizimados pelos bandeirantes. Dormindo em suas terras, jaziam os tesouros da tribo, jazia a história contada por centenas de objetos. Este acervo ficou por anos e anos e anos na Fazenda Córrego Bonito e, hoje, virou museu Antônio Adauto Leite, no antigo auditório do Colégio das Irmãs da Providência. 
Ilustrei com esta lindíssima foto do primo Lucas Soares, bisneto do Tio Toninho Soares e neto do Jair Soares, filho da Andréa e que herdou o dom do tio Renato Soares - porque, quando conheci a Cachoeira do Córrego Bonito, fiquei impressionada com as pedras São Tomé. A cachoeira era branca de um lado e alaranjada do outro. Esta cena me fez recorrer a uma fala do Antônio naquele dia. Lá, tem um buraco de pedra, que é impossível ver o fundo. Diante desta visão, ele exclamou:
- Dá uma pausa!

Dou uma pausa agora para aplaudir este mestre índio, Antônio Adalto!!!

Pesquei no Face...

Os comentários são de Guel Vilela
Já que vocês gostaram tanto da homenagem aos Músicos Carmelitanos...segue essa,também, lá do Carmo das antigas..que é a Banda " Tira Teima" comandada pelo famoso maestro,Zé Maria, que é o primeiro em pé ao lado esquerdo da ilustre desconhecida, vocal? Zé Maria, era pai de Siluca, também grande músico, seresteiro , boêmio e vizinho nosso e quando Biel montou o Ébrio (peça muito premiada no teatro brasileiro anos anos 80) tinha muito do Siluca e desse tempo da gente menino em que eles cantavam madrugada adentro debaixo da janela lá de casa...Inesquecível, Siluca, cantando Silvio Caldas ou Vicente Celestino..." acorda patativa e vem cantar" é isso aí: de tudo fica, realmente, um pouco,ou quase tudo!!!

A chegada da hidrelétrica, por Andrea Del Fuego...

E relendo devagarzinho Os Malaquias vi desenrolar o drama da chegada da hidrelétrica de Furnas à região, igual ao meu livro. Vou passando aos poucos trechos para vocês.


"Timóteo veio com um envelope. Geraldo abriu.
- É pra todo mundo se encontrar na capela hoje à tarde. Aviso geral, veio da cidade. Você vai em meu nome, Timóteo. Não deve ser sério, vai ver é médico novo que ele vão apresentar pro povo. ...
Casas fechadas, foram chegando crianças, mulheres,  homens, os cachorros atrás. Encontravam-se no caminho e especulavam. Nunca antes um aviso para todo mundo e com urgência.
Com a capela cheia, um homem de fala clara deu o recado. Para o desenvolvimento da região uma hidrelétrica seria criada. Para tal, era preciso represar a água. O melhor lugar envolvia a maior parte das fazendas e isto incluía o Vale da Serra Morena. A empresa compraria as posses e facilitaria a construção das suas novas casas na cidade.O futuro tinha chegado!.
- A água vai vir de onde
- Quanto de água cabe no vale?
- Vai cobrir nossa casa?
- Da minha casa saio nem morto.
O homem deu o endereço onde poderiam negociar o preço das casas e deu boa tarde.
- Eu me afogo antes, sou mais baixo - disse Timóteo.
A capela foi se esvaziando e ficou Eneido, antigo vizinho de Donana e agora de Nico. A casa onde nasceu e se criou ninguém ia derrubar, bater martelo, deixar poeira. Se tivesse que subir água ia ser cobrindo ela inteira, com ele dentro. Com todos os móveis, os filhos e a mulher, roupa no varal....

Aí está Carmo do Rio Claro e, lá longe, a água da represa, que hoje nos encanta.
Achei impressionante como as histórias reais da chegada de Furnas repercutiram na literatura e, algumas se repetem, em minha própria memória e escritos. Como este caso de que muitos deixaram a água vir sem tirar os móveis ou os que se suicidaram após as águas. Vale à pena mergulhar em Os Malaquias!




Saiba quem é Andrea Del Fuego...

O prémio literário José Saramago foi instituído pela Fundação Círculo de Leitores em 1999 e é atribuído a uma obra literária escrita em língua portuguesa por autores com idade inferior a 35 anos e cuja primeira edição tenha sido editada em países lusófonos. É atribuído bi-anualmente.

Depois de começar a ler Os Malaquias, romance de Andrea Del Fuego, que ganhou o Prêmio Literaário José Saramago 2011 e descende de família carmelitana,  tentei contat-ala pelo Facebook e ela me adicionou e se situou na família carmelitana. Eu mesma não me lembrei das pessoas que ela listou, mas vocês, com certeza vão saber quem são. 

"Querida Cleise! Que legal sua mensagem e seu contato. Mande um beijo ao Régis ;) Sou neta do seu Nico no Buracão, faleceu recentemente, assim como o tio Tonho (Antônio, o anão do livro). Eles são parentes por parte de mãe, por parte de pai sou neta de dona Maria e seu Luis Neca, moravam na última casa da rua Bias Fortes. Quero muito ler seu livro, meu endereço é ....Li seu blog, OBRIGADA pelas palavras, é a primeira pessoa que percebeu a citação dos dizeres da bandeira da cidade. Ficamos em contato, adorei te "conhecer". Um beijo enorme".
Quando é que Andrea Del Fuego vai lançar Os Malaquias no Carmo????


Eu ia mandar Hortênsia Paineira - Inventário das Águas on-line para ela, mas resolvi mandar em papel. Não gosto de ler no computador, nada como pegar nas folhas de um livro. Sendo assim, esta semana envio para ela o romance da minha história, onde retrato , as tradições, os dramas, os personagens fantásticos da família "Paineira", na verdade, os Figueiredos.

Comecei lendo Os Malaquias e buscando o meu livro lá. O meu pessoal mergulho na hidrelétrica, mergulho de quem viveu aqueles dias. Li ávidamente, buscando o Carmo. Mas o mergulho deu em uma atmosfera do fantástico. Agora, relendo para absorver detalhes, estou vendo a cidade nas entrelinhas do mágico e situando a história em Carmo do Rio Claro e imediações. O livro é simples e poético. Andréa Del Fuego é um orgulho para nós!

Ela mescla com maestria a simplicidade com o mágico, inerente e sempre presente no simples.

"Os dias iam devagar, engenho azeitado, as horas escorregando no tempo como calda em pudim. Em Nico um vigor foi se esparramando como a calda. Maria tirou a rolha que impedia o trauma de se derramar e secar ao sol..."

As freiras

"A infância ao lado de freiras a adestrou, pernas fechadas ao sentar, modos comedidos à mesa, voz baixa. Escultura de mármore num jardim onde a fonte jorra disciplinada. Leila também podava a fim de ver os frutos conforme mantivesse Júlia de galhos cortados. A menina sangrava a cada corte, mas cicatrizava com paciência e a clorofila tornava a  trazer, à flor do pensamento, ideias de alcançar o mundo."

Aí vi as nossas freiras francesas da Congregação Irmãs da Providência, que para aqui vieram em 1904, por obra e graça de Dona Maria Goulart. 

"Movidas pelo zelo apostólico, as Irmãs Maria Fernanda, Maria Isabel, Maria Eugênia, Maria Valéria e Maria Marçal se uniram à Mère Rafael e, no dia 10 de junho de 1904, começaram a longa viagem. No dia 28 de junho, chegaram ao Rio de Janeiro, sendo assim, lançadas em terra do Brasil, as primeiras sementes da Providência"
(Anais da Província de Lectoure - Cap.X)

E depois de uma viagem fatigante, elas chegaram ao Carmo e foram recebidas pelo povo carmelitano. Os pequenos Malaquias foram adotados, no livro, pelas freiras francesas. Elas chegaram diretamente em Carmo do Rio Claro e, ali, ensinaram as mulheres a tocar piano, bordar, pintar; refinaram a sociedade e, esta presença na educação carmelitana, de um lado, pelas freiras francesas, de outro, pelos irmãos italianos, foram os fundamentos da esmerada educação carmelitana que ainda persiste nas pessoas e no trato dos turistas na cidade. 

Assim começo a percorrer com bastante intimidade as linhas dos Malaquias, reconhecendo meus próprios caminhos. 




sábado, 17 de novembro de 2012

Os Malaquias - Nas terras do Buracão



Ganhei um livro do meu amigo escritor, Régis Gonçalves, segundo ele, de uma conterrânea, Andréa Del Fuego. O seu  romance, Os Malaquias, lançado em 2010,  ganhou o prêmio José Saramago, em Portugal. "O livro foi traduzido para o espanhol, na Argentina, e ela foi com marido e filho para Frankfurt, participar da maior feira de livros do  mundo. Com tudo pago. Sucesso absoluto!", relatou o meu amigo.

Sua família é do Buracão  e fala em seu livro da Serra Morena, que eu não conhecia, mas que, segundo ela, fica atrás do Buracão.  No seu livro, ela faz menção à chegada da hidrelétrica, chama a fazenda de Rio Claro, cita a Serra da Tormenta e ainda coloca um dito totalmente carmelitano: vai lamber sabão! Também coloca os ditos da nossa bandeira na cidade fictícia > Fluctua, não afunda. 

Achei que ela se aprofundaria na tragédia da chegada de Furnas, mas foca na tragédia familiar que matou por raio o avô e a avó e deixou 3 filhos órfãos, entre eles, um anão. Este, já morreu, os outros dois ainda estão vivos. No livro, ela envereda por caminhos do realismo fantástico e coloca o mar e um navio nas proximidades do Vale da Serra Morena, que aguardava a água chegar para levar algumas pessoas, remontando à arca de Noé.

O Buracão

Saindo do Carmo, vá em direção ao Aterro de Santa Quitéria;chegando lá, vire à direita na rua de restaurantes e siga direto até o Buracão. Quando eu era adolescente, tinha meus 12/13 anos fui convidada para cantar no Programa 4 S - saber sentir saúde servir, não me esqueço. Era cover da Silvinha e cantei: Eu sou tão menina para namorar, então porque será que eu fui gostar, de um menininho tão mal pra mim... Tempo de Jovem Guarda. Lembro-me de uma tarde quenta e poeirenta. E eu, ainda menina moça, saboreando o momento, era a atração da festa.

 O Tião da Lola, meu irmão, gosta muito do povo do Buracão. Lá, tem uma família que fala de uma forma muito típica, quase um dialeto. Eles falam tão rápido, cortando palavras pelo meio e falando um amontoado delas onde falamos a metade de palavras... Estava hospedada na fazenda, numa casa que fica perto de uma paineira, mais distante da pousada da Mavi, quando o Tião chamou-me para a casa do vizinho, um dos seus ajudantes. Ele disse: Escuta. Os parentes do Buracão falavam, um cortava o outro numa conversa animada. A pinguinha e o tira gosto de carne de porco com pepino davam o tom da animação. O Tião virou pra mim e perguntou: Entendeu alguma coisa? Eu, nada nada.

Eles são Pereira, descendentes de portugueses. Pensei,  teriam preservado um pouco do sotaque de Portugal? A Evelise, esposa do Joaquim José, mais conhecido por Quinzé, também é de família do Buracão e ela imita suas tias que falam cantado, também uma característica do Buracão.

 É tudo  o que sei sobre o Buracão. Agora sei mais uma coisa,  que uma descendente da família do Buracão, que, segundo o Tião, é uma só, todos são parentes, brilha na literatura brasileira - Andrea Del Fuego. E que fez do núcleo familiar, Os Malaquias, um livro que passa do íntimo, particular e regional e percorre os corredores mágicos da literatura. Com ele ganhou prêmios. Parabéns à nossa conterrânea!

Ela tem um blog www.andreadelfuego.wordpress.com

Dele, retirei as explicações sobre Os Malaquias, da própria escritora.

um passado de cujo presente eu faço parte


Os Malaquias é meu primeiro romance. Ele não surgiu de uma passagem natural do conto ao romance ou de um compromisso literário, um desafio de linguagem como me propus com os livros anteriores. O livro surgiu no seio familiar, uma cobrança interna de outra comarca, a da herança. Comecei a escreverOs Malaquias logo depois que minha avó morreu, no inverno de 2003. Meses depois, fui a Minas Gerais, onde ela vivia, enfrentar a ausência da grande mãe. Numa tarde, percorri com minhas tias a região de Serra Morena, um vale deslumbrante que fica atrás do bairro Buracão, onde minha avó criou os filhos. Voltei certa de que escreveria um romance chamado Serra Morena. O nome ficou na cabeça por bom tempo até que eu tomasse fôlego. A história se iniciaria no acidente natural que vitimou meus bisavós, deixando orfãos os filhos, entre eles, meu avô. Ninguém da família comentava o caso e, numa tentativa de saber mais, meu avô ficou fragilizado e desisti de especulá-lo, era uma memória a que eu não teria acesso. Cada vez que escrevia uma página era tomada por uma eletricidade, inventar um passado de cujo presente faço parte. Da cena real, a tempestade, eu inventaria o segredo dos sobreviventes. Um estado de ficção, onde se suspende a lógica da morte, por exemplo. Passaria uma mão de tinta em fatos, escreveria uma teoria provisória. A pretensão poética e o realismo fantástico, presentes no texto, foram amortecedores emocionais, já que eu estava me olhando no espelho, ocasião em que damos o melhor ângulo. Aos poucos, fui percebendo o que valia a pena e o que servia apenas como andaime para a construção do edifício. A questão, claro, era diferenciar o andaime da parede. Assim que terminei o primeiro tratamento, enlouqueci de emoção, realizada por ter escrito tantas páginas, por chamar aquelas folhas de romance. Não durou muito, fiquei insegura, qualquer peteleco me abalaria. Era um erro achar que a primeira versão seria a definitiva. Abandonei o Serra Morena e fui escrever alguns livros de contos e juvenis. Todos encontraram um caminho, o que me deu uma certeza: cada livro tem seu limite, seus problemas e sua estrada, feito uma pessoa que acaba de chegar ao mundo. Abri a gaveta num verão de 2007 para reler o Serra Morena, já distante emocionalmente da realidade familiar e mais próxima de um compromisso literário. Armada com facão, cortei o matagal, tudo o que camuflava a força da trama. Com a distância, pude perceber que havia sim um romance debaixo daquela montanha de metáforas. Aliás, não consigo me livrar delas nem nesse texto objetivo. Mas para cortar sem dó, negociei, já que a ficção fantástica inundaria de vez o livro, eu manteria os nomes reais. Nico, Júlia e Antônio são os nomes do meu avô e tios-avós. Assim que fiz uma boa reforma no texto, meu tio-avô Antônio faleceu, justamente a presença mais delicada no livro. Toda aquela distância diminuiu em segundos, fiquei novamente diante de um texto tão próximo que meu julgamento ficou abalado e acrítico. Não era só isso, Nico e Júlia são vivos. Júlia, como no livro, teve que voltar à Serra Morena e morar com o irmão. Soube que minha tia caçula leu trechos para o meu avô, ele ouviu em silêncio. Outra tia leu o original em algumas horas, foi seu primeiro livro aos 40 anos, talvez o último, ela não tem o hábito da leitura. O livro deixou-me em dia com a cobrança de fertilidade, de uma pegada no mundo que ligasse meu passo ao deles. Essa sanfona emocional, claro, não me parece o melhor estado na produção de um romance, produto digno de uma disciplina racional, de um cálculo estético, ou seja, de controle. Tive outra experiência similar, escrevi um infantil baseado numa vivência em um sítio, em Ilhabela, e igualmente mantive os nomes reais dos personagens, mas essa é outra história, o sangue não está envolvido, ainda que o real traga algo palpável como a gratidão e a amizade. Daqui por diante, pretendo sair cada vez mais do real, sem que eu me perca e o leitor perceba. Quando Os Malaquias chegou na editora Língua Geral, ainda não estava em seu ponto maduro, o editor, na época o Eduardo Coelho, disse que o Serra Morena tinha qualidades, mas podia melhorar. Eduardo sugeriu cortes precisos, a cada corte, mais evidente ficava a forma. Primeira mudança foi no título, depois ele enviou para alguns leitores e fizemos inúmeras revisões e versões. Em agosto de 2010, Os Malaquias foi lançado. Com muita alegria, venho recebendo resenhas positivas sobre um trabalho que, no meu universo portátil, é um inventário privado

Sobre ela, na Wikipédia:

É autora da trilogia de contos Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano seu (2007). Participa das antologias Os cem menores contos brasileiros do século e 30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, entre outras. Publicou também Blade Runner, em 2007, pela editora Mojo Books.
Publicou em 2008 o romance juvenil Sociedade da Caveira de Cristal e tem um romance adulto inédito, Serra Morena.
Ao lado de outras autoras brasileiras contemporâneas, como ÍndigoCecília Giannetti e Carol Bensimon, teve um conto publicado na coletânea Histórias femininas (editora Scipione, 2011)[2].
Seu primeiro romance, Os Malaquias, foi lançado em 2010 e conta a história de três irmãos que ficam órfãos quando seus pais são atingidos por um raio[3]. A obra valeu à autora o Prémio José Saramago de 2011[4].
Atualmente Andéa del Fuego é colunista do programa Entrelinhas, da TV Cultura, já tendo produzido matérias de autores como Murilo RubiãoRoberto BolañoAnna AkhmátovaJulio CortázarEnrique Vila-Matas.

[editar]Livros

  • Os Malaquias (Língua geral, 2010, Prêmio José Saramago 2011)
  • Blade Runner (Editora Mojo Books, 2007)
  • Sociedade da Caveira de Cristal (Infanto-juvenil,Editora Scipione, 2008)
  • Quase caio Crônica (Editora Escala Educacional, 2008)
  • Crônica (Editora Escala Educacional, 2008)
  • Nego fogo (Editora Dulcinéia Catadora, 2009)
  • Engano seu (Editora O Nome da Rosa, 2007)
  • Nego tudo (Editora Fina Flor, 2005)
  • Minto enquanto posso (Editora O Nome da Rosa, 2004)
  • Irmãs de pelúcia (Infantil, Editora Scipione, 2010)