quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Parabéns Pepeca!


Pena que eu costumo dormir muito cedo, já que levanto às 5h30. Então, tenho perdido a série da Rede Globo - O Brado Retumbante. Mas tenho uma prima muito querida no elenco. É a Maria do Carmo Soares, filha do Tio Luiz e da Tia Santa, enfermeira e atriz, conhecida na família por Pepeca. Ela é a mãe do presidente. Atualmente, está sempre no Carmo, pois comprou uma casa no Honduras. Estamos muito orgulhosos!

A Rede Globo publicou em seu site informações sobre Maria do Carmo:

"A rotina de um presidente do Brasil pode ser muito dura, como você verá na minissérie da Rede Globo O Brado Retumbante, que estreia no dia 17 de janeiro. Se por um lado o presidente Paulo Ventura (Domingos Montagner) tem Antonia (Maria Fernanda Cândido) como a sua mais fiel escudeira, o mesmo não se pode dizer de sua mãe Julieta (Maria do Carmo Soares) e seu tio Beijo (Otávio Augusto). Apesar de parecerem engraçados em alguns momentos, o tom exagerado e debochado dos dois é tudo o que Paulo sempre quis evitar. Mas essa dupla de sanguessugas, em especial quando o assunto é dinheiro e poder, promete atormentar a vida já tão conturbada do presidente da República.

Extremamente manipuladora e sempre com um comentário desagradável na ponta da língua, Julieta usa e abusa do cargo do filho, seja para conseguir ingressos para um show ou estacionar em lugares impossíveis nas ruas da cidade. Ela não tem limites, e ao contrário de sua nora Antonia, não é nada discreta.

Nada muito diferente de Beijo, um eterno trambiqueiro. Fraco de caráter, está sempre tentando tirar partido da sua condição de tio de Paulo. Talvez nem tenha noção da gravidade de suas atitudes, mas, em troca de vantagens políticas e financeiras, será capaz até de auxiliar os inimigos do sobrinho.

O Brado Retumbante é uma obra escrita por Euclydes Marinho com a colaboração de Nelson Motta, Guilherme Fiuza e Denise Bandeira. A direção de núcleo é de Ricardo Waddington e a direção geral é de Gustavo Fernandez. "

domingo, 22 de janeiro de 2012

A vida é crônica!


Acho maravilhoso esse texto de Leminsky e vou dividir com vocês. Ele fala de um tempo que ficou parado nessa fotografia, quando a praça ainda era um pasto.

"O QUE PASSOU, PASSOU?

Antigamente, se morria, digamos, aquilo sim é que era morrer.Morria gente todo dia, e morria com muito prazer, já que todo mundo sabia que o juízo,afinal, viria, e todo mundo ia renascer. Morria-se praticamente de tudo. De doença, de parto, de tosse. E ainda se morria de amor, como se amar fosse. Pra morrer, bastava um susto, um lenço no vento, um suspiro e pronto, lá se ia nosso defunto para a terra dos pés juntos. Dia de anos, casamento, batizado, morrer era um tipo de festa, uma das coisas da vida, como ser ou não ser convidado. O escândalo era de praxe. Mas os danos eram pequenos. Descansou. Partiu. Deus o tenha. Sempre alguém tinha uma frase que deixava aquilo mais ou menos. Tinha coisas que matavam na certa. Pepino com leite, vento encanado, praga de velha e amor mal curado. Tinha coisas que tem que morrer, tinha coisas que tem que matar. A honra, a terra, o sangue mandou muita gente praquele lugar. Que mais podia um velho fazer, nos dias de 1916, a não ser pegar pneumonia, deixar tudo para os filhos e virar fotografia? Ninguém vivia para sempre. Afinal, a vida é um upa. Não deu para ir mais minha irmã. Mas ninguém tem culpa. Quem mandou não ser devoto de Santo Inacyo de Acapulco, Menino Jesus de Praga? O diabo anda solto.Aqui se faz, aqui se paga. Almoçou e fez a barba, tomou banhou e foi no vento. Não tem o que reclamar. Agora, vamos ao testamento. Hoje, a morte está difícil. Tem recursos, tem asilos, tem remédios. Agora, a morte tem limites. E, em caso de necessidade, a ciência da eternidade inventou a criônica. Hoje sim, pessoal, a vida é crônica."

(Leminsky)

VEIA LUSITANA!

Ninguém melhor para resumir Ouro Preto que Dona Olímpia, essa incrível personagem que habitou aquelas ruas e dizia que conhecera Tiradentes. Vivi histórias maravilhosas em Ouro Preto. Aqui, publico uma crônica sobre a ida de carmelitanos para São Paulo, na década de 70, misturo fantasia e realidade para recordar aqueles bons tempos. Embaixo, cenas dos anos 70 em Carmo do Rio Claro, onde as mini saias imperavam absolutas. A perna mais comentada da região era a da Martinha, de Passos. Eu nunca as vi, apenas na imaginação. Pelas bandas do Carmo, também se comentava muito as belas pernas da nossa Miss, a Cléa Lúcia. Aí, ela embaixo junto com outras amiga de então: a Codô, a Eliana, a Rodinha, a Tereza e nós, Carla, Cláudia e Cleise, em baile no GEC.


Outras turmas de 70

Na cozinha da Casa da Nivalda, que marcou presença na década de 70.


Aconteceu nos anos 70

O ônibus sacoleja pelas estradas de terra que levam a Alfenas. Clio vem de Senhora do Carmo, vai baldear nas Terras de Alfenas e de lá vai para São Paulo. Suas irmãs já foram. Juntando-se a elas, vão procurar emprego. A mãe viúva ficou lá atrás rezando os terços e zelando de longe pelas três filhas mocinhas. Mas, o quê que podia fazer, era o destino dos jovens pós águas de Furnas. O pai morreu prematuro, a mãe dona Valdevina fazia salgadinhos para vender. As filhas foram para vencer em São Paulo. O rádio convida São Paulo é São Paulo, terra de dinheiro, o povo de São Paulo é muito hospitaleiro, eu vim para São Paulo e não vou sair daqui. São Paulo conte comigo enquanto eu existir”

Quanto mais o ônibus anda, mais Clio vai ficando de coração leve, vai ficando longe de Dona Valdevina. Vai para São Paulo e se enche de orgulho. Um paulista havia contado a ela que ele não conhecia toda a cidade. Mas como, ela não conseguia entender um cidadão que não conhece toda a sua cidade. Vinha da pequena Senhora do Carmo. Baldeou nas Terras de Alfenas e sentou-se na poltrona, do lado da janela, que abriu facilmente. Abriu o biscoito Waffer e começou a comer a viagem. A única cidade grande que tinha conhecido era o Rio de Janeiro. Ela, Claus e Callas reinaram em Ipanema, na tia Neuza. Namoravam os maiores gatos da Barão da Torre. Puxou conversa com o vizinho de banco, um homem de 35 anos. Contou tudo da sua vida e especulou tudo da vida dele e conversaram de tudo e tanto nas 8 horas de viagem. Clio fumou sem parar, naquele tempo ainda se podia fumar no ônibus e comeu waffer. Sei que lá pelas 7 da manhã, chegando na cidade, o assunto já estava nas estrelas:

- Eu sou capricórnio e você?

- Então ta, boa sorte. Seu nome mesmo?

Ela era pequena diante de tantos prédios altos e tantas pessoas, como formigas, depois contaria à mãe. Foi até o táxi puxando a mala e disse o endereço e o trajeto que havia decorado, dizia-se que os táxis rodavam com as moças do interior que ali chegavam. Subiu dois andares até a casa de Perpétua, sua prima e tia Santa, que não poderia ter outro nome. Ficaria ali até encontrarem emprego e alugarem um apartamento. Claus e Callas já estavam lá. Willie Nelson cantava enchendo a sala de uma cadência de interior. Era o primo Gordo, que riu até as orelhas para elas. E que Clio nunca mais viu, ele partiu cedo para a terra do nunca mais.

O coração pula dentro do corpo. Callas fala: amanhã cedo vamos procurar emprego. E começou a saga de agência em agência. A primeira a se empregar foi Callas, em uma clínica de reprodução..Depois foi Claos numa agência de imóveis. Por último, Clio subiu os 36 andares do Edifício Itália e foi contratada como temporária na Embratel.

Foi Callas que sugeriu a Clio, você precisa escrever essa história. Era preciso falar dos sótãos das casas do Bexiga onde um dia Clio amou um homem, num tempo em que o amor era livre, decretado estava. Noite que terminou tomando café com creme no aeroporto. Ele a chamou de mulher e com ele foi para Vila Rica. As três irmãs – e os recém amigos de São Paulo, judeus ricos dos Jardins, universitários da FAAP. Cada um dormindo com o seu namorado, fumando cigarrilha San James e andando pelas neblinas de Ouro Preto. Estava decretado o amor livre. Acabava de conhecer Felini e já estava dentro de suas ruas, naquela cena verdadeiramente cinematográfica e que se gravaria em Clio pelo resto da sua vida. As neblinas de Vila Rica. Eles eram 10 e chegaram à noite em Ouro Preto. Onde dormir? Bateram numa república que se chamava ironicamente Tipo O. Um sonolento estudante atendeu a porta e sem olhar direito, abrindo a boca, fez com a mão, vão entrando e se organizem naquele quarto. Ali nos embolamos e cada um fez amor com seu namorado. Os amigos também quebravam conceitos. Gilberto Gil cantava beijo meu amigo como beijo meu pai. Meus amigos davam selinho para se despedir. Tudo era novo na década de 70.

Elas começavam a noite no Riviera. Sim, o Riviera da música. Ali freqüentavam. Dali, ficavam sabendo o endereço de alguma festa. Ser bicão era liberado em São Paulo àquela época. Assim foi que as três irmãs e mais a prima Primavera misturaram os guarda-roupas, puseram toucas e echarpes de lã e foram para a festa nos Jardins. A festa acontecia num elegante prédio, na casa de um dos judeus da turma. Credence ao fundo. Clio acaba na sala de som beijando Barbosa, mas terminaria mesmo namorando um menino que mais parecia um anjo, Lolô; eles dois os mais pobres da turma.

Então, Lolô foi iniciando Clio na leitura dos livros ... Gaiarsa, Sartre, poesias de Fernando Pessoa... Assistu a filmes na universidade e conheceu Zefireli, Antonioni, Polansky, Felini...A universidade era inflamada de cultura, havia uma fome no ar, uma vontade de transformar o mundo, uma fé, uma esperança de que a partir deles tudo ia ser diferente.

Havia um governo para derrubar, uma ditadura que se arrastava, mas nos primeiros dias, recém chegadas do interior, Clio, Claus e Maria Calas viviam uma deliciosa alienação, estavam em Sampa, juntas, em um quitinete em Santa Cecília, longe de Dona Valdevina, nos sambões do Ibirapuera, nos bares da Augusta, as noites de Sampa acolheram as três irmãs. Elas foram estudar no Colégio Objetivo, na Paulista e ali eram conhecidas pelos outros trezentos alunos, que gritavam – as mineiras.... quando elas chegavam com a prima Primavera. Clio usava uma toca e, então, todos faziam um mantra toca, toca, toca, toca; recém chegadas a São Paulo, carregando um sotaque forte de roceiro elas eram um sucesso!

A avenida Paulista era muito mais vazia, tranqüila de se caminhar. Logo Maria Callas descobre que a clínica de reprodução fazia abortos e saiu de lá. As três costumavam se encontrar na Praça da República na hora do almoço. Clio comia o lanche que ganhava na empresa ou, então, comprava com as irmãs três pastéis na Pastelaria portuguesa. As conversas eram tantas, tantas as novidades, que elas mais falavam que comiam e se alimentavam da novidade que a cidade oferecia. Tom zé cantava São São Paulo, minha dor. São São Paulo meu amor...

O quitinete das três é uma bagunça, elas não aprenderam a trabalhar, a avó, Dona Hortênsia, dizia para Dona Valdevina, deixa, quando precisar elas trabalham. Mas, nos primeiros dias, a preguiça vencia. Então, a mãe ia, a cada três meses, e arrumava a casa, lavava as roupas, fazia comida gostosa. Era um paraíso, chegar em casa e achar a casa brilhando, a presença de Dona Valdevina reinando sobre a limpeza e a sua comida inesquecível. Então, as três levavam os amigos para almoçar ali e conhecer a mãe. Minas Gerais morou naquele quitinete naqueles dias e uma matrona portuguesa, com certeza, que enchia nossas mesas de bolos. Os corredores do Edifício Rampinha sentiram pela primeira vez o cheirinho do autêntico bolo de fubá, em pleno Sampa, em 1975.

(Cleise Soares)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ela também tem saudades!

Esta foto é daquele saudoso tempo.

Recebi essa mensagem da Politinha, como a conhecíamos. Ela se chama Hipólita, é irmã da Maria da Paz, do Agnelinho, neta do Sr. Joaquim Vilela. Ela morava numa casa antiga que tinha onde hoje está o prédio da Hering e guarda lembranças da nossa infância. Ela é filha da Dona Vera e do Sr. Agnelo. Confira:

"Oi! Cleise, tudo bem?
Como é gostosooo viajar pelo seu blog, sabe, saímos do Carmo eu tinha cinco anos, mas ainda me lembro de muitas coisas, e entre elas quando íamos de férias, se não fôssemos na D.Nivalda e na tia Zélia, do tio Antonio, não tínhamos ido lá. Mas me lembro tanto de vocês, sabe até parece que o tempo não passou nas nossas lembranças..., eheheh. Amei ver a Claudia com a Carla, aí, como eu me lembro delas..., muitas saudades, e de você, da Licinha, e da Ludi também. Me lembro do seu Edmundo. Que lindo você falar da tia Mocinha, também lembramos muito dela, ela era irmã do vovô Joaquim, lembra? O Colégio das Irmãs, eu lembro direitinho, nós morávamos bem na esquina, naquela casa grandona, atras da Igreja, eheheh. Tenho vontade de voltar ao Carmo, fazem muitos anos que não fui mais. Meus primos: O Léo da tia Cléa, e a Simone do tio Coringa, parece que estão programando um encontro dos netos do vovô Joaquim com a vovó Maria em janeiro/2012, se Deus quiser!!! há de sair..., será no Carmo. Cleise, você sempre muito carinhosa, olha um grande abraço para vocês todas com muitas saudades!!! Um beijo carinhoso! "

E aí, Politinha, o encontro aconteceu?

domingo, 15 de janeiro de 2012

55 ANOS

Sou essencialmente cristã! Tenho realmente Cristo como modelo. Ele é um ser que eu admiro e creio que está vivo, em alguma outra dimensão do tempo. Acredito também que um dia ele voltará para nos resgatar e nos levar para uma das moradas do seu Pai. E a ele, primeiramente, agradeço por tudo o que conquistei nos meus 55 anos de existência, mais de um século, meu Pai!

Flashes das importâncias na minha vida!



Meus grandes amores: Carmo do Rio Claro e a Fazenda Água Limpa.
Meus pais: Edmundo Figueiredo Soares, minha mãe, Nivalda e: Tia Naíde e Tio Aldo, Vó Beatriz,
Tio Toninho e Tia Maria, Tio Dario, Tio Nilton (irmão da mamãe). Através deles, agradeço a todos os antepassados.
O presente. Meu companheiro de 20 anos, Renato Coelho, na capoeira é conhecido por Renato Podecrê. É ceramista e bambuzeiro.

Com minha filha, Iana.
Com a rapa do tacho: Ayrá Sol.
Meu filho mais velho, Iago, hoje com 25 anos.
Minha querida família Soares.
Na militância, foto de uma Roda Bem Nascer, que coordeno no Parque das Mangabeiras, no Centro de Educação Ambiental (CEAM). Ela acontece desde 2004 neste local, todo último sábado do mês, às 9h30. A Roda começou lá quando Roberto Zaponi trabalhava na área ambiental da reserva. Hoje, ele já foi embora, está no Nordeste. Mas foi ele que nos abriu a porta primeiramente.
Militantes do movimento pela humanização do nascimento e colegas da ong Bem Nascer, que criei em 2001 junto com o obstetra, Dr. Marco Aurélio Valadares, no lançamento da Rede Cegonha.

Acordei com 55 anos. Não quis festas, produções como nos 50, quando ia virar a montanha. Agora, olho ressabiada para os 60 e o impacto do tempo mais uma vez me visita. Por outro lado, vivo a colheita. Plantei por anos a fio, numa empreitada de cabra cabreira subindo a longa montanha de capricórnio, arando na terra estéril, em companhia do taciturno Saturno. Mas, aqui cheguei. 5 + 5 +=10. O que a Carla diria na Numerologia, minha irmã querida? Dez anos. Completei uma etapa?

Então, permitam-me um artigo bem pessoal, um balanço.

Não quis festa, então, me dei agrados maduros. Estive com meu companheiro e seus amigos chilenos e ouvi o parabéns em “Cumpli anos feliz..Posso dizer que os cumpri bem e sou feliz, se ser feliz é estar em paz. Trabalho em uma maternidade cuja missão é o amor à humanidade e é referência para a Rede Cegonha, o Hospital Sofia Feldman. Trabalho como voluntária há anos na ONG Bem Nascer, pelo parto humanizado. Tenho três filhos íntegros. Consegui transmitir para eles valores recebidos de meu pai, Edmundo, da minha mãe, Nivalda, da minha avó, Alice, da minha outra mãe, Elisa e de todos os antepassados.

Tenho o meu apartamento e estabilidade financeira. No hospital, sou jornalista e professora de Yoga, oferecendo a técnica para funcionários e gestantes usuárias.Então, por que não estourei a campagne?

Porque 2002 chega com um senso de prudência e recato. Há muita tragédia ao redor. Comecei o ano com a percepção de que mais que nunca temos que ter a humanidade e a compaixão de nosso modelo, Jesus Cristo. Servir, na prática e no dia a dia.

No entanto, mora constantemente em mim um encantamento diante da vida e do belo. Vi um filme recentemente “A Estrada”, que mostra a Terra após uma grande luz de destruição, o planeta morrendo, as pessoas sem nada, a terra cinza e queimada, não há flores, nem pássaros, nem cores... Chocante! As pessoas tentando manter o fogo interior e continuar a ser bom naquele cenário. Hoje, olho para as flores e as cores com outros olhos, vejo a presença de Deus nesta obra da criação, essa inteligência que habita cada ser nesse planeta. E sei que esse encantamento jamais vai acabar, então, quando estiver velhinha quero aproveitar o tempo para sentir aromas, ver a natureza, me extasiar com o barulho da chuva...

Quero deixar meus sinceros pêsames para a família do Tércio, que resolveu partir no dia do meu aniversário. Ele era da nossa turma, a então conhecida como “Turma do Marcelo” e vivemos muitas coisas juntos na nossa juventude. Que Deus o tenha!

Agradeço sinceramente a todos os meus amigos que se manifestaram no Faceboock pelo meu aniversário.Com 55 anos, eu sei receber e cada bênçãos e votos emitidos, eu os recebo e agradeço!!!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

Carmelitanos residentes em Poços de Caldas, vamos prestigiar. Parabéns Edmundo! A foto do Edmundo que está no cartaz é a primeira, no alto, à esquerda.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sejam sempre bem vindos!

Desde a criação deste blog, já tive mais de 15 mil acessos. Obrigada a todos os que me visitam.

Idéias de um gênio carmelitano para Furnas.

Nosso querido Biel com seus amigos queridos

"A nossa região é muito bonita e rica. Haverá um momento em que Furnas se sentirá na obrigação, desde que pare de ser uma empresa de prática política somente e tenha uma consciência humanista, de devolver o que essa região produz para o mundo. A primeira coisa que fará é colocar um micro submarino de averiguação em águas médias para visitar as cidades submersas e as cavidades deste leito e, quem sabe, trazer um afresco ainda com pigmentos rupestres, e somar essa experiência à de Antônio Adauto Leite, que preservou peças indígenas por mais de 50 anos e as doou para o município carmelitano, hoje preservadas no Museu do Indio, que leva o seu nome".

... "Só de rancho e de casas bonitas não se forma a cultura em torno de um lago escultural como esse. Imaginem se tivéssemos uma orquestra filarmônica de Furnas que se apresentasse nas cidades lindeiras"
(Trechos da entrevista de Gabriel Villela para a revista Doce Mar de Minas, editada em Passos, edição agosto/setembro de 2011)

Gente, eu adorei essas idéias do submarino e da Orquestra. Espero que os técnicos de Furnas coloquem a mão na consciência e devolvam á região em cultura, o que nos roubou em terras.

Senhora do Carmo!

(No casamento da mamãe, Nivalda, em Aparecida do Norte, ao seu lado, a Tia Naide)

Recebi este texto do Rogério Freitas, que mora no Rio de Janeiro. A lembrança da mamãe e da Tia Naíde veio num dia em que eu lembrava da minha família e da vocação para a caridade. Havia separado umas roupas para doar para os desabrigados. Foi mesmo com minha mãe, minha avó, minhas tias que aprendi a ser solidária. Mais que nunca precisaremos desta solidariedade, em tempos de tantas tragédias! Nós, que vivemos a "tragédia" de Furnas e vimos nossas famílias se unindo para ajudar os desabrigados ambientais. Obrigada, Rogério, pela sua contribuição. Gostaria que nos mandasse fotos suas e da sua família para postarmos neste blog. Veja o texto que ele enviou:


"Gosto imensamente do seu blog “Senhora do Carmo”... página muito bacana, recheada
de nostalgia, causos, registros e vivências ocorridos na nossa terra natal. Acredito que
todos nós, carmelitanos de coração, nascidos em Carmo do Rio Claro, temos as nossas
Senhoras do Carmo. Confesso que as tenho também e procuro guardá-las na memória
e no coração. Em 2011, a minha “Senhora do Carmo”, Dona Lúcia Alves de Freitas,
foi ao encontro eterno com o Pai, mas nos deixou um legado singular – união e amor
familiar, algo inerente às mães dedicadas. Minha querida mamãe foi contemporânea da
D. Nivalda, sua mãe, e de sua tia Naide Siqueira, as quais se fazem presente na minha
memória e no meu coração.

D. Nivalda sempre foi muito alegre e contagiante, sua tiajá era um pouco mais reservada, mas demonstrava no dia-a-dia muita serenidade e educação. Essas são as minhas percepções da época de garoto morando no Carmo, e onde tive o prazer de conhecê-las. Certamente você deve estar pensando: “o que esse conterrâneo tá querendo com esse dedo de prosa?” Diria que um singelo registro para o seu blog, pois tive uma experiência marcante e vivenciada com elas e que merece serexternada.

Quando tinha uns dez anos de idade, final da década de sessenta, pisei em um prego
no quintal de casa e decorridos alguns dias comecei a sentir muitas dores na coluna
vertebral. Fui levado pelo meu pai, Geraldo do Tino, ao consultório do Dr. Luis Introcaso,
excelente e saudoso médico, para uma consulta. Dr. Luis me examinou e pediu para que
aguardasse fora da sala, pois conversaria com o papai em particular. Saí do consultório
e resolvi voltar para casa. Estava com muita dor e, chorando demasiadamente, não
consegui chegar até a minha casa, na Rua Dr. Bias Fortes. Fiquei sentado na porta de
uma loja, em frente à venda do Sr. Quirino Freire, aguardando o papai. Foi quando a
senhora sua mãe e a sua tia se dirigiram a mim, preocupadas com o meu choro, que
chamava a atenção de quem passava por ali naquele momento. Naquele mesmo dia, fui
transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto (SP) para um tratamento
que durou uma eternidade. Graças a Deus e com a dedicação da equipe médica
daquela instituição, consegui sobreviver a um tétano, doença gravíssima e assustadora,
principalmente naquela época. Sou muito grato a todos que torceram e me ajudaram,
em particular D. Nivalda e D. Naide que, sensibilizadas com a minha dor, não pouparam
esforços em me demonstrar carinho, preocupação e apoio naquele instante, como se eu
fosse um dos seus filhos. Jamais vou me esquecer daquele momento difícil, mas que teve
um final feliz. Fraternidade, carinho e amor ao próximo ficaram evidenciados naqueles
simples gestos emanados daquelas Senhoras do Carmo. Sem sombra de dúvida, este é o
meu agradecimento que torno público após quatro décadas.
Abraços do Rogério Freitas. Rio de Janeiro, 06/01/2012."

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Imagens dos primeiros dias de Furnas...

Juscelino Kubitschek vistoria a grande obra de seu governo, "cinquenta anos em cinco".




A primeira missa campal em Furnas e primeiras imagens do Lago.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Recebi essa mensagem...

"Entrei no google para procurar,o Circo do =Lesco Lesco...e acho que não é o mesmo apesar de ter um lesco e um hudson no qual procuro,mas...encontrei vc, com suas histórias do Carmo...ai que saudades do Carmo...(moro em sp a trinta anos *pra mais...)nasci na Fazenda do Pinhal,meus pais administravam a fazenda, os patrões(já falecidos) moravam no carmo, eu era muito pequena,mas minhas irmãs contam essas mesmas histórias...o cinema o toque às seis horas...elas choram ao lembrarem, que do alpendre ficavam ouvindo o toque,e não podiam ir, rs! meus pais não deixavam...era muito difícil...lembro muito de um senhor chamado Brás que vendia frutas na rua..era um senhor negro do qual eu morria de medo... as vezes ia prestar algum serviço lá na casa, eu? - nem do quarto saia...mas coitado,hoje, sei não faria mau a ninguém,pois bem,gostei muito de suas história,espero ler outras...bjs virei sua fã...

Quem assinou foi Beatriz. Querida, mande-nos mais informações sobre você, sua família. Mande fotos para que possamos conhecê-la melhor. Todos nós temos saudades do hino do Cine Guarany, do velho Brás gritando ... aaaaaaaaaa laranja boaaaaa.... um grito que varava o Carmo inteiro e trazia para aquelas ruas um homem que era a cara da Mãe África, negro retinto, com os pés grossos na sandália de sola de pneu e um sorriso branco do tamanho do mundo.