terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Escritores que conheci


Nascido em 1940, em Santa Bárbara (MG), Regis Gonçalves graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É jornalista e escritor. Antes da coletânea Retratos erráticos – Imagem, perfil e personagem na imprensa, publicou outros quatro livros: Queima de arquivoOpus circus e Trama tato texto (poesia); e Raul Belém Machado, o arquiteto da cena (perfil biográfico).

Conheci Régis Gonçalves quando estudava jornalismo. Ele editava um saquinho de poesia, em papel craft, Poesia Livre. Cheguei a publicar nele uma das minhas poesias. Participei com ele de saraus de poesia nas praças. Entre elas, a Praça da Liberdade e praças de Diamantina. Cheguei a ter um flerte gostoso com ele. Até hoje tenho muito carinho por este grande amigo! Ele postou esta foto no Face com este poema. Eu disse a ele que em mim vive uma cidade, uma fazenda antiga, uma paineira e um lago inteiro...





A casa onde Régis Gonçalves viveu em Santa Bárbara.

O TEMPO E EU


Vivi muitos anos nessa casa.
Hoje ela é que vive em mim.


"Face" a Face


Hoje, no Facebook:



Foto de Lucas Soares, filho da Andréa, neto do Jair Soares, bisneto de Toninho Figueiredo.

  Nome: ECOEXISTÊNCIA
Natália Guimarães, filha do Biquinho, exibindo orgulhosa uma de suas barrigas.
"Meus filhos, minha luz....verdadeiro amor,milagre da vida!!!!Agradeço a DEUS TODOS OS DIAS POR TER ME DADO A DÁDIVA DE SER MÃE!"
Elza Lúcia Elias Junqueira - numa versão bem mais magra. E bastante jovem!



Um sobrinho muito corajoso!

Y
Yuri Mello é filho de minha irmã, Fatinha e do Batata. Ele é também voador de asa delta. A família está sempre viajando. Pai e filho curtem aventuras juntos.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ela era a nossa Julieta!

A bela Isabel Vitória, a Tóia. |Linda linda!
Olha ao fundo o casarão, que já foi ao chão!
O Caio conquistou a nossa Julieta. Ao lado, Filó.

Momento JUC

Momentos da Juventude Unida Carmelitana - a JUC, em passeio e festa na casa do Dito. Tempos bons. A nossa orientadora era a freira Veroneze, presente nas fotos. 








Do fundo do baú...


Quem é José Santos?
Ele postou estas fotos no Facebook, do fundo do baú...
Horácio, de São Paulo, com a Filó.

Linda esta foto. Como a Filó está linda. O Biquinho também era fofo!
O Gatinho virou o gatinho durante um tempo para as meninas da época.
Nós na praça, ao lado do saudoso e eterno amor da Filó, o Ralê.

Quer saber onde é?


A cara do carnaval do Carmo...

Meu amigo querido, o Lu. E aí, já definiu a fantasia? O Aguenta e a Pipoca te aguardam!

A Rua Morta....

Recebi, com muita alegria, uma contribuição da conterrânea Marly Lemos. Para quem não conhece, a proprietária do Hotel Varandas da Montanha. O hotel tem atraído um público de alta qualidade, educados e com bom poder aquisitivo. Isto fortalece o turismo local. Ela é uma grande divulgadora de Carmo do Rio Claro. 
Um paraíso!
Marly Lemos no lugar que pediu a Deus, nos cânions do Lago de Furnas. Ela é uma grande incentivadora do turismo local.
Pertinho do céu!
Marly também tem suas histórias. Ela mandou em mensagem privada no Facebook.



"Olá querida, como vai? Por falar em assombração, deixa contar... Morávamos na Rua Júlio de Aguiar,  esquina com a Bias Fortes e na vizinhança havia uma molecada que se juntava todas as noitinhas para as brincadeiras. Muitos tinham medo de passar pela "Rua morta" como era chamada a Bias Fortes. Uma senhora com um filho já moço mudara-se para a tal rua numa uma casinha, vizinha ao Zé Canguinha... Numa noite,  os meninos inventaram de assombrar a tal senhora e escolheram um mamão verde enorme e esculpiram uma "carinha, com olhos; nariz; uma boca enorme" e acenderam uma vela dentro da enorme cabeça. A escultura foi colocada na mureta da casinha, bem em frente a porta e um bateu palmas enquanto os demais ficaram escondidos para assistirem a reação da medrosa senhora...
Alguns dias depois a brincadeira foi descoberta; a senhora havia se mudado e a molecada ficou de castigo por alguns dias... rsrs".

Eu me lembro da Rua morta. Ali ocorreu um dos poucos assassinatos da história de Carmo do Rio Claro. Um crime passional, o que matou a rua no nosso tempo de meninos. Eu me lembro dela e  já contei a Rua Morta em minha literatura.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Contribua com o blog...

Amigos carmelitanos, mandem fotos de vocês nos carnavais do Carmo. Compartilhem seus causos.
Mande para o cleisempsoares@gmail.com
Este blog é de todos vocês.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Registro fotográfico - carnaval antigo (não são do Carmo)

Minha avó contava que antigamente eles faziam limão de cheiro no carnaval e a brincadeira era jogar uns nos outros. Uma vez, meu tio Toninho, que era arteiro que só ele, fantasiou as galinhas da vovó e as soltou no carnaval todas na serpentina!
Carnaval em 1907.











Às primeiras batidas do tamborim, me deu uma saudade dos velhos carnavais....

Antes de ler este post, vá no youtube e coloque esta seleção maravilhosa de marchinhas

 http://www.youtube.com/watch?v=b__EHoYnFiA

Entrei no clima

A minha primeira lembrança do carnaval foi da Maria do Chicão desfilando à frente de um caminhão enfeitado de serpentinas. Era o desfile da SOC. Elisa, minha segunda mãe, me carregando no colo na esquina do Tãozinho. Elisa sempre adorou carnaval. Passava as noites, quando mais jovem, pulando na SOC.  Lembro também de uma arca cheia de fantasias e o Joaquim, meu irmão, na juventude, vestido com uma delas, uma blusa verde cheia de pontas e com lantejoulas. Neste tempo, o lança-perfume era liberado. Meu irmão, Luizinho, nos levou para comprar uma garrafinha no Sô Túlio. Era toda dourada e deixava um cheirinho gostoso no ar. O carnaval era mais mágico, todos fantasiados, muita serpentina, confetes e aquele aroma perfumado. Ela nos enebriando.


Já mocinha, no auge dos 17 anos, participei dos primeiros ensaios da Turma do Aguenta. Devemos ao fundadores do Aguenta, Maurício e a Norinha, a preservação do carnaval de marchinhas em Carmo do Rio Claro. Também ao Hermes e toda a família do Miro. Ensaiávamos na casa dele. De dia, o roteiro era o Aterro, no Sô Domingos, onde batucávamos o dia todo. Até hoje a Turma do Aguenta preserva aquele ar do carnaval do GEC, que por sinal, era maravilhoso!
O Miro, Norinha... e Luizinho da Dona Ligia, no Sô Domingos.
Os saudosos Sô Domingos e Maurício.


Saudosos carnavais
Todo mundo fantasiava nos velhos carnavais...


Pulamos muito com o conjunto do Adão da Ventania. Em bailes e nos saudosos carnavais. Fizemos vários blocos. Às vezes, só as meninas da turma. Um mês antes reuníamos para queimar no sol, num tempo em que não se falava de protetor solar, mas de bronzeador. Num dos carnavais, usamos coca cola, diziam que era bom. Em outro, óleo de dendê, faz ideia o cheirinho das mocinhas! Para arrecadar dinheiro para o bloco, íamos para o aterro e cruzávamos uma corda para pedir aos que por ali passavam. E preparávamos as fantasias.
Paulinho - tudo de bom!


Uma vez fizemos o bloco dos piratas. O carro alegórico, um navio, foi feito e enfeitado ao lado da Casa da Nivalda. De lá, saía o bloco. A casa ficava puro confete e serpentina. Ali mesmo bebíamos nossa caipirinha, Cuba Libre, Hifi, capeta... Muitas vezes íamos para a casa da Verinha e Cacilda, a família era toda animada.

...Se a canoa não virar, olê olê olá.... Eu chego lá. Se a canoa não virar, olê olê olá...
....êêê indio quer apito, se não der pau vai comer.

Devemos muito a estes dois... Hermes e Cidinha.

Quem já me viu no palanque do Aguenta sabe que eu pulo com os olhos fechados, totalmente embriagada pela música. As marchinhas calam fundo no meu coração, realmente me emocionam.O gosto por carnaval veio também da mamãe, Nivalda. Ela adorava. Foi até Rainha do Carnaval nos tempos da juventude. Depois, meus irmãos, principalmente o Joaquim. Ele e a Toninha são presenças fundamentais no carnaval do Aguenta. No palanque, o filho deles, meu sobrinho Joaquim José, o Quinzé. No gogó, outro primo, o Ricardo Pereira, que herdou o gosto pelo carnaval da linha da mamãe, ele é filho do Tio Nelson. O Paulinho da Sulica também é um show! Toda vez eu reverencio o Aguenta lá do meio do público. Mando beijos. Mando para eles todo o meu amor e gratidão por preservarem o carnaval do meu coração.

....quem sabe sabe conhece bem como é gostoso gostar de alguém... ai morena deixa eu gostar de você...
.... nós, nós os carecas com as mulheres somos maioriais, pois na hora do aperto é dos carecas que elas gostam mais.

Era a Norinha...
A Norinha esteve sempre ao lado do Maurício na história da Turma do Aguenta.

Teve um carnaval que um personagem despertou a curiosidade de todos os foliões carmelitanos. Passou os quatro dias de carnaval com uma máscara cobrindo todo o corpo. Interagiu com todos no salão. Depois, viemos a saber que era a Norinha, mulher do Maurício, criador da Turma do Aguenta.

Bom demais era tomar uma fresca no jardim depois de uma seleção de muito pulo no salão. Namorar no jardim, beijar no jardim, apaixonar no jardim. Quem não viveu isto? Agora, ouvindo uma seleção de marchinhas sinto uma saudade dolorida. A gente fantasiava. Lembro que em 1975, quando morava em São Paulo em um quitinete em Santa Cecília bordamos fantasias de melindrosas, sonhando com o carnaval do Carmo. Já em BH, Cláudia, Carla e Cida, uma amiga de Belô, fantasiamos de gatas.
O carnaval hoje avança pela Wenceslau - aí o Bloco Kafofo.


...Caiu na rede é peixe eeea...eu não posso bobear....a maré tá cheia, cheia de sereia....
... Menina vai, com jeito, senão um dia a casa cai... Se alguém me convidar pra tomar banho em Paquetá...
...Ala la o ooooô mas que calor atravessando o deserto do Saara o sol estava quente e queimou a nossa cara..

No final do carnaval, mamãe passava um perrengue pra juntar as quatro filhas - Fatinha e Alice ainda eram pequenas. Ela achava uma, a outra escondia. Uma vez, quando o baile acabou uma banda tocava na porta da igreja. Inacreditável. Cinco horas da manhã. Mamãe nos levou embora. Eu fui, às lágrimas. Aliás, as lágrimas jorravam no último dia de carnaval. Era muito muito muito triste, porque depois do carnaval vinha a Quaresma, 40 dias de trevas. O Carmo parava, não tinha baile, era um verdadeiro tédio! Os visitantes iam embora, era muito triste. O Coró em um dos carnavais se apaixonou pela moça do conjunto, me esqueci o nome. Ele gravou o conjunto tocando. No último dia, chorou a noite inteira. Eu também último dia era dia de desaguar.
É o saudoso Miro (a cara do Lu)

Recordar é viver

...Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil....
deixa as água rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar..
...Dr. eu não me engano, meu coração é carmelitano...

Teve alguns anos em que nosso bloco tinha gente do Carmo e amigos de fora. Uma vez eles fizeram o bloco da Shell, com macacão. De Belo Horizonte vinham os primos Ricardo e Tião, os amigos Tasso, Caetano, o Duda, que era um fofo; do Rio de Janeiro, o Big Boy (Célio), o Boquita (César). Eles iam chegando e passavam pela Casa da Nivalda para cumprimentar as meninas da Nivalda - Carla, Cláudia e esta que lhes fala.
Coro com as filhas do Renato Vilela César. Ele era um mar de lágrimas naquele carnaval.


No fim do carnaval, a Churrascaria Tocha, do genial Moacir Vilela César, oferecia uma canja. Ali, gente, começou a tradição da canja no carnaval do Carmo. E no outro dia, íamos curar ressaca no aterro ou no Country, onde hoje é o GEC Náutico.

A estrela dalva, no céu desponta, e a lua anda tonta, com tamanho esplendor.... e as pastorinhas pra consolo da lua vão cantando na rua lindos versos de amor...

Está chegando a hora.... O dia já vem raiando meu bem...

Era de cortar o coração.
O Aloísio também cantou muito no Aguenta, antes de partir.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Acervo da Tetê

No aterro, era carnaval, estávamos batucando. Havia turistas acampados. Na foto, o saudoso Tércio.
Nesta, além do Tércio, o querido Tony, já no andar de cima.
A Bel, esbanjando juventude com os cabelos ao vento!
Olha que fofo os meninos! 

Morreu o FOCA.


Fiquei lembrando de alguns carnavais da década de 70, quando nos encontrávamos, antes do baile, no FOCA. O bar nesta época ficava na descida do fórum. Não era hábito batucar de dia. Nós inventamos esta moda. Pegávamos emprestado os instrumentos do Congado e íamos ou para o aterro ou  para o FOCA curtir o carnaval.

Solidarizo com a família e com Carmo do Rio Claro neste momento, pois sei que ele era uma pessoa importante e que fez parte da vida de todos nós.

No Facebook, vários se manifestaram. Disseram que o FOCA dizia: Bar é cultura. Com certeza, por ali passaram muitas cabeças, muita história foi contada, foi escrita, foi vivida.
Alguns comentários do Face:


"FORÇA AZUL CARMELITANA está de luto hoje ,faleceu EDUARDO COSTA LEITE, o FOCA. O cruzeirense mais ilustre de Carmo do Rio Claro e integrante de nossa torcida. Nossos sentimentos a todos os familiares e que Deus o tenha em um bom lugar." (Mônica Vilela)

"Foca ,meu amigo.... vc cumpriu lindamente sua missão aqui... vá descansar em paz! Deus te espera com braços abertos
Eu, em nome de toda a minha família, venho por meio desta mensagem expor todo nosso sentimento pela recente perda,do nosso amigo, Eduardo Costa Leite,mais conhecido como "Foca" um Cruzeirense fanático ,meus sentimentos a todos familiares. Quero que saiba que estamos aqui para ajudá-lo no que for necessário. Que Deus ilumine e console a vida de vocês!Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim ainda que morto viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá,Mais uma estrela a brilhar no Céu,Uma foto para que posamos lembrar sempre dele feliz,Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós. !!!!" CIZE