domingo, 12 de abril de 2015

Só alegria!



No último feriado nos encontramos no Carmo. Esta foto foi tirada no fundo da nossa casa, à rua Camilo Aschar. É da Nana de Minas, nossa colunista social, que sempre está presente e é muito querida por todos nós. Assim com o Tadeu, que nos garante momentos de ácidos de lucidez e ironia.

Uma festa para Tia Maria!




Renato Soares, filho de Jair Soares, e neto do Tio Toninho


Temos que vê-la imediatamente. Precisamos comungar com aquela energia maravilhosa, sempre positiva, sorridente e de bom humor. A imagem da alegria é a chegada do Tio Toninho e da Tia Maria à Fazenda Água Limpa nos idos dos anos 60-70. Tia Maria estava pronta para todas as aventuras propostas por ele. Uma delas era pegar rãs no brejo. O cheiro de lampião de carbureto invadia a casa, um cheiro ruim que, para nós crianças, tinha cheiro de aventura. Esperávamos a volta do Tio Toninho e da Tia Maria da boca da noite. Ele voltou um dia com um saco de rãs e as soltou na cozinha. Mamãe tinha pavor de sapos e rãs e foi parar em cima do fogão de lenha. 
Tio Toninho, irreverência pura e sempre em contato com os bichos. Em Aparecida do Norte, um verdadeiro James Dean. 


Tia Maria foi a alma dos negros dentro da nossa casa. Eles tinham um fusco branco. Depois de muito tempo, esta contadora de história que sempre admirou o Tio Toninho, acabou se casando com um negro que tinha um fusca branco. E o mais incrível é que o conheci no "Café Urrubu'. Urubu tem tudo a ver com Tio Toninho, que criou um um a quem deu o nome de Pepita. Ela o acompanhava voando em cima do Ford 29 ou andando trás feito um cachorrinho indo com ele ao açougue. Naquela noite, sonhei com um urubu Rei. 

A primeira aventura foi fugir com Tio Toninho. Ele a rondava nos bailes do Rosário. Naquele tempo era branco de um lado, preto do outro. Os irmãos de Maria não gostavam daquele branco do Largo que ia rondar Maria. Toninho anuncia aos altos brados: vou me casar com Maria. E pra ela cochichava: o dia em que eu bater na janela um toque de Figueiredo, esteja pronta, porque vim te buscar. A solução era para fugir, já que minha avó Alice nunca permitiria que ele se casasse com a empregada da Tia Lourdes, ainda por cima, negra. Um outro tempo, um outro jeito de ver as coisas. Vó Alice vivia dizendo: o certo é preto com preto, branco com branco e contava a história de um padre que separou dois casais na igreja. Consta que eles se destrocaram na porta da igreja. Verdade é que foi assim que Tia Maria entrou para nossa família. Eles foram parar no Paraná. Vovó acabou aceitando.
Com Carlos, filho de Renato Soares. Tia Maria com uma maritaca, sempre os vi as voltas com as maritacas, colocando fubá nos biquinhos. Imagens que enfeitaram a nossa infância.


A vida é mágica, cheia de sinais. Tudo para contar a Tia Maria, esta negra que entrou em nossas vidas deixando um rastro de histórias, dias gostosos e aventureiros.

E ela ainda está entre nós, reside em Alpinópolis, por nós conhecida por  Ventania e tem 99 anos. 

Temos que fazer uma festa para Tia Maria.
Foto recente da Tia Maria no seu largo sorriso, ao lado da Toninha e do Joaquim, ouvindo os casos e adorando. Ela, a beira dos 100 anos, é  lúcida.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Homenagem aos jornalistas carmelitanos

"HOJE COMEMORA-SE O DIA DO JORNALISTA
Minha homenagem a todos que de uma forma ou de outra abriram o caminho para que tivéssemos a imprensa em CRClaro. São muitos: O Juca Bento, o Dr. Souza, Agripino da Veiga Marinho, Zeferino Paiva, Francisco Sampaio, Osvaldo Reis, Joaquim Cândido de Melo Carvalho, os irmãos Aloysio e Gentil Barros Leal, Pe. Ênio Romagnoli, Manoel Mendonça Netto, Raimundo Cândido Santos – todos eles envolvidos no feitio do semanário “O Carmo do Rio Claro”, fundado em abril de 1918 e que circulou com algumas interrupções até os anos 60; Geraldo Marinho que editou uma dezena de humorísticos; Pe. Mário, Prof. Lourenço, Job Milton, Antonio do Carmo Santana, Hélio Costa Leite e tantos companheiros de Difusora e mensário “Resumo” que circulou nos anos 70; os Irmãos de São Gabriel e companheiros que editaram o jornal/revista Ecos da Tormenta nos anos 50 e 60; Milton Luis Figueiredo Pereira com seu “O Carminho” nos anos 60, Luis Pontara que teve várias iniciativas sendo a principal o semanal “O Jornal de Carmo do Rio Claro” nos anos 90; e o eterno Emanuel Mendonça Neto, nosso querido Santinho. 

Deixo de citar a turma que está na ativa. A nós, cabe seguir a trilha com honestidade, caráter e isenção".



Ao lado de minha irmã, Ana Maria Vilela Soares, em festa na Pousada da Mavi.

Registro aqui o comentário de José Milton Paiva no Facebook, onde ele registra personagens importantes na história do  jornalismo de Carmo do Rio Claro. Já que ele não citou a turma nova, cito eu. Não antes de homenagear este guerreiro - Zé Milton - por editar por tantos anos "O Expresso", que expressa o dia a dia de Carmo do Rio Claro.

Denise Bueno, que brilha no jornal de Passos e em Carmo do Rio Claro.

Luciano Pimenta Peres, um sucesso com a Rádio Onda Sul!

Nana de Minas, a nossa colunista, jornalista auto-didata, aqui ao lado do meu cunhado, João Henrique e minha irmã Alice.

Cecília Freire, jornalista carmelitana que reside em Juiz de Fora, amiga de infância.

E homenageio também eu, Cleise Soares, na ativa há mais de 30 anos. Atualmente, faço assessoria de comunicação para o Hospital Sofia Feldman, o Núcleo Bem Nascer e a ONG Bem Nascer.