terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ô laranja boaaaaaaaa!


Ele faz parte das nossas memórias, o negro Brás. Andava pelas ruas do Carmo vendendo laranja e outros alimentos. O seu grito varava a cidade. Com seus pés grandes sobre um chinelo de pneu, era a pura humildade. Viveu os últimos dias no asilo de Carmo do Rio Claro, muito bem cuidado. Agora, o amigo Coró libera suas fotos no facebook. Em tempos de Internet, já voou para o blog para os olhos de todos nós que conhecemos o preto Brás. /com a licença de Manoel Bandeira Irene preta, Irena boa, Irene sempre de bom humor...

"Brás preto, Brás bom
Brás sempre de bom humor
Imagino Brás entrando no céu
- Entra Brás, você não precisa pedir licença!"



domingo, 25 de janeiro de 2015

Água? E eu com isto?

Temos que acordar agora, ao custo da nossa sobrevivência no planeta. A água está acabando, sol a pino, má gestão das águas...Como posso ajudar?


Em Belo Horizonte, após as eleições, caiu uma bomba sobre a população. Estávamos vendo a situação de São Paulo e pensávamos, será que por aqui está tudo bem, ninguém fala nada. O assunto não foi abordado nos debates  políticos, nenhum colega jornalista perguntou sobre isto para os candidatos. Com a entrada da nova diretoria da COPASA, se descortinou um cenário preocupante, os mananciais estão também com baixíssimo nível. Chamou a população a economizar, prometeu sobre taxar gastos extras e, se não der resultado, teremos em março um racionamento.
Reservatório Serra Azul com nível crítico.

Neste ponto, todos erraram - PT e PSDB, no governo há anos, alertados até pela ONU desde 2007 sobre uma possível crise hídrica e, por motivos eleitoreiros, todos se calaram. Agora, pagamos a conta.

Como colaborar?


Em casa: fechar as torneiras, lavar as louças com o mínimo de água. Orientar as suas ajudantes.
No banho, molhar, desligar para esfregar e depois enxaguar rapidamente. Fim dos banhos terapêuticos.
Não lavar as calçadas.
Não lavar os carros.
Molhar as plantas depois do pôr do sol.
Criar mecanismos caseiros de colheita da água da chuva.
Escovar os dentes com a torneira desligada.

A água flui

Estive recentemente no Parque das Mangabeiras, onde encontramos vários cursos de água, cachoeira e até nascentes. Vi a água jorrando de dentro da terra. Isto porque a nascente está cercada pelas árvores - 900 mil metros quadrados de floresta para absorver a água da chuva e levar até o lençol freático.


Faço aqui um apelo aos carmelitanos. Quem tem nascente? Plante árvores ao redor.  É hora de começar a tomar medidas preventivas e não só paliativas.  o governo deveria fazer levantamento das nascentes e começar a plantar vegetação ao redor. As árvores ajudam a preservar a nascente.
O Carmo é árido e cada vez mais quente. Não tem árvores pela rua. Em Belo Horizonte, as árvores são as responsáveis por refrescar um pouco mais o ambiente.


Você tem quintal? Plante árvores. É prefeito de alguma cidade? Plante árvores na rua. É fazendeiro, plante mais árvores na fazenda. Temos que reflorestar. Recolher a água da chuva para aguar as pastagens.


Nas grandes cidades, substituir o asfalto comum por asfalto permeável,  que permita a passagem da água, voltar aos velhos calçamentos com pedras, Enfim, temos o que fazer. Vamos fazer a nossa parte.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

UM ANO NOVO NOVINHO EM FOLHA!

De volta a Belo Horizonte, depois de viver dias e dias com a família. Primeiro em Poços de Caldas. Depois na Fazenda Água Limpa. Ao final, na Campo Alegre (conhecida por Pousada da Mavi). Um mergulho no seio familiar. Como gostamos de estar um com os outros. Tivemos a visita de um alemão, o Robin, aluno da Carla de Português. Ele acrescentou. Todos ensaiaram o inglês e o ajudaram a treinar o português. Ele disse que nunca passou um Natal tão bom, que lá se comemora com poucas pessoas. Eu perguntei se lá é como aqui, dias e dias em volta de  uma mesa comendo e bebendo. Ele respondeu que eles se reúnem e comem pizza, cada um leva a sua bebida e a sua comida. Deve ter se surpreendido com a fartura e hospitalidade. Quando queria pegar a Internet, precisa ir embaixo de uma figueira. Comentamos: o povo já pensa que o Brasil é uma floresta, o que vão pensar, só pega Internet debaixo da árvore..




A Fazenda Água Limpa reserva surpresas, sombras, visual de vale através das janelas. Entrar lá é entrar na história. Todos os móveis e utensílios são antigos, do tempo da casa, que  deve ter seus 200 anos. Para mim, é uma regressão ao útero. Ali fui criada, ao som da terra, o 'fogo apagô' na várzea, o berro das vacas, o canto dos galos. Uma verdadeira orquestra.
Fizemos esta linda árvore de natal de fuxico na área de convivência da Fazenda Água Limpa.

À frente da casa, há um cruzeiro e um imagem de Nossa Senhora.

Presépio da Fazenda Água Limpa

Preparativos para o Natal na cidade.
Rani, filha da Fatinha (minha irmã) e Denis, felizes no Carmo.
Família linda da Fatinha.

Sobrinhos
Uva, doçura, fartura - são meus votos para 2015. Este cacho é da parreira da casa de meu irmão, Joaquim José.


Ian, filho da Valerinha no galinheiro da Fazenda Água Limpa.

Que olhos! Que frutas!

Ian, filho da Valéria Soares, minha sobrinha e meu filho, Iago. Ele deu o ar da graça depois de oito anos para uns e quinze anos para outros. Foi o sucesso das festas. 

Nós, que somos do Sul de Minas, sabemos da nossa hospitalidade sincera, nossa amorosa receptividade. Pude comprovar isto com um fato ocorrido com meu filho antes do Natal. Seguia de moto pela 381, quando parou para lanchar no QUEIJOS CALIFÓRNIA (guardem este nome), antes da Ponte do Turvo, salvo engano. Parou e foi ver o preço do sanduíche. Achou caro e resolveu comprar apenas um biscoito. Tirou a roupa molhada - seguia de moto na chuva - e começou a mastigar o biscoito, quando o dono da lanchonete foi até ele: - Aqui, se você quiser o sanduíche pode pegar, é 0800. Às vezes acontece de estarmos despreparados.  Meu filho: Tô de boa, obrigada. Aí volta o senhor: Um cafezinho e um queijo você aceita? Ele aceitou. Antes de sair, o proprietário veio com um embrulho com um naco de queijo com goiabada.

Isto é o Sul de Minas Gerais. Isto é Carmo do Rio Claro. A bondade desinteressada, a hospitalidade tradicional, nos orgulha!
Mantendo a tradição, os 'asa' passaram o réveillon no Pontal do Lago. Costumam ir mais de 50 pessoas, entre adultos, crianças, adolescentes, pais, mães, avós... O tema do ano foi ANOS 70. Valerinha, na escada, é pau para toda obra, fez as arrumações de todas as festas da família e, nesta, está arrumando a Festa dos "Asa". 

A cada ano, o festival de fogos dos 'asa' é maior e melhor. À frente o 'Judeu'.
Muito hippie a festa!
Ian ensaia o samba - não deixe o samba morrer - que ele canta todinho. Ele sempre pede para dormir na festa.Saiu à família.