terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Quanto riso! Oh, quanta alegria!

O Marcos, meu primo, filho da Tia Naíde mandou a foto original, pois eu havia postado um xerox. Grata primo.

Olha aí o Bloco da Galinha Carijó

VELHOS E BONS CARNAVAIS

Por incrível que pareça, hoje, aqui no Carmo, onde eu nasci, revivi momentos bacanas da minha infância, quando existia o carnaval de Rua e de clubes. Havia blocos diversos e se ouviam as maravilhas das marchinhas da época, como: “Quantos risos, oh! Quanta alegria, mais de mil palhaços no salão”, “ Um pierrô apaixonado, que vivia só cantando”, “Bandeira branca, amor, não posso mais”. Eu me senti no Carmo novamente, onde nasci e fui criado, e percebi que o mundo mudou. Nessa época, era quase ZERO a violência. Os foliões cantavam em seus blocos, aproveitavam a folia, que era sadia e chegavam em casa sãos e salvos. Serpentinas e confetes estavam presentes com os foliões. E a nossa TV era preto e branco, acompanhávamos os desfiles do Rio de Janeiro, como as Escolas do Samba Mangueira, Portela, Império Serrano e muitas outras. Ganhava a escola com mais ritmo do samba nos pés.

Atualmente, é tudo diferente: TV colorida e fotos nos jornais e revistas.

O carnaval é a festa mais popular do Planeta, e já não é mais a mesma, blocos e bailes nos clubes já não mais existem!

No nordeste a festança não pára e continua o seu carnaval por dias.

Dos premiados das escolas do Rio de Janeiro, a de Madureira era sempre a melhor, com suas mulatas e passistas.

Bons tempos como aqueles não voltam mais! Os bailes nos clubes, os blocos a cada ano desaparecem! Os foliões, antigamente eram diferentes. Era uma festança sadia e, hoje, já não é a mesma, tudo mudou. Os bailes nos clubes, na terça feira gorda, não ultrapassavam um minuto das 24 horas, era um rigor, mas todos os foliões cumpriam o horário! Que beleza as músicas e os desfiles de blocos!

Infelizmente, tudo passa e nós ficamos esperando o carnaval antigo!

Eu, Emídio Marinho Filho, com 12 anos aproveitei o carnaval de 1.936, dançando na matinê! À noite, nem pensar! Vejam os blocos carmelitanos de 1.936: “Flor do Gec”, “Requebra, mas não quebra”, “Da galinha carijó” (somente casados os componentes) e a “Turma do Agüenta”, tudo isso organizado em 1.936, pelo Grêmio Esportivo Carmelitano, O conjunto da época era o “Tira Teima”, do saudoso maestro José Maria dos Santos (com saudades). Vejam os componentes: Julio Rodrigues dos Santos, ao violino, José Ribeiro, ao piston, José Campos na clarineta, José Maria dos Santos ao saxofone, Olga Corrêa Poni, madrinha do conjunto, Joaquim Eleutério, na bateria,, José Guedes, José Maria dos Santos Filho e João Cota, nos banjos e Emygdio de Carvalho Marinho, (meu pai), ao trombone. Enfim, com saudade do nosso carnaval dos bons tempos.

E o Didi Marinho, sempre firme na “Turma do Agüenta” os malabaristas dos sons, em todos os dias da folia, e os foliões se deliciaram com as marchinhas de outrora.

EMÍDIO MARINHO FILHO

didi_marinho@yahoo.com.br

CARMO DO RIO CLARO, 4 DE MARÇO DE 2.009.

Fontes Diversas.


CARNAVAL NO G.E.C. - 1.936

Janeiro de 1936. A Diretoria do GEC resolve organizar o primeiro carnaval do clube. Ela se manifesta e começam os festejos. Todos os sábados e domingos, acontece o pré-carnaval do clube. A parte musical, do saudoso maestro José Maria dos Santos, foi confiada ao Jazz-band “Tira Teima”, composto dos seguintes músicos: José Maria dos Santos, o maestro, José Ribeiro, José Campos, Zizico e Julinho (filhos do maestro) José Guedes, meu saudoso Pai Emídio, José Eleutério (cunhado do Padre Tavares, vigário da paróquia do Carmo), um grupo de excelentes instrumentistas que deu inicio aos ensaios dançantes carnavalescos. As músicas daqueles anos: “Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim”, a marcha do Grande Galo( o galo tem saudade da galinha carijó), “Pierrô Apaixonado”(que vivia só cantando) “Flor do Gec”( do Gec invencível), “Mamãe, eu quero” e outras mais.

Os ensaios, com os blocos de sócios, eram animadíssimos. Nos dias de carnaval, ansiosamente aguardados, a orquestra, muito bem ensaiada, juntamente com os blocos fazia a festa. O amplo salão da Prefeitura foi cedido para o GEC, que realizou a grande folia. O local tornou-se pequeno para comportar o grande número de sócios e seus familiares. O bloco “Flor do GEC” era composto das seguintes pessoas: Hélio Tito Pereira, Alzira David, Fernando Reis, Amadeu Carielo, Conceição Castro, João Macedo, Odila Silva, Hosana Castro, Margarida Macedo, José Rogério de Oliveira, Jací Castro, Geraldo Marinho, Irene Macedo, Inis Silva, Didi Pereira, Milton Marinho, Dario Soares, Lia Menezes, Dulce Marinho, Rita Santos e Maria Paiva. O bloco “Requebra mas não quebra” tinha os seguintes componentes: Alberto Jacob, Nena Ribeiro, Margarida Elias, Francisca Ribeiro e outros. Havia também o bloco, o da “Galinha Carijó”, com as seguinte pessoas: Da. Lica (Maria Cesarina Gonçalves),Da. Mariquinha, (esposa do Dr. Epifâneo Macedo) Da. Lolote (Matilde Gonçalves Santana), Da. Carmelita Santana e outras senhoras.

Vejam só esta: eu dancei e brinquei somente nas matinês, pois tinha apenas 14 anos completíssimos! À noite, somente brincava quem estava com mais de 18 anos!

Quanta saudade! Ainda me lembro das batalhas de confetes e serpentinas na praça Da. Maria Goulart. Batalhas, é claro, de brincadeira, e todos se divertiam a valer. Tais festejos aconteciam apenas no Domingo, e os blocos manifestavam sua alegria, dançando e cantando.

Uma novidade bastante interessante: na terça-feira, último dia do carnaval, o baile se encerrava exatamente às 24 horas, ou seja à meia-noite. Impreterivelmente, a folia tinha fim àquela hora, pois ninguém dançava na entrada da quaresma, na quarta feira de cinzas. Era um respeito absoluto.

Quanta lembrança, quanta saudade! Saudade de uma época, que já vai muito longe, em que, a par das brincadeiras, o respeito às famílias era absoluto e marcava, positivamente, o reinado de Momo.

O carnaval carmelitano de 1936 é, de fato, uma das mais gratas lembranças do Carmo folião, descontraido e respeitosamente alegre.

CARMO DO RIO CLARO, l3 de janeiro de 1999-

EMÍDIO MARINHO FILHO

Muito obrigada à Lourdinha, filha do Sr. Didi por ter enviado as histórias do seu pai, para nós que não vivenciamos estas épocas. Lembro-me que, uma vez, a Dona Leni (esposa do Antônio Carlos Pereira) me contou realmente que o carnaval terminava às 24h em ponto. "Se estávamos bebendo alguma coisa, entornávamos o copo na mesma hora!" Bons tempos!

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