terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Adeus 2015, feliz 2016!

2016 é uma página em branco. Terminamos o ano vendo o ódio solto pelas ruas e pelas páginas do facebook. A democracia em perigo. O Aécio Cunha, pois este é seu verdadeiro nome,não honrou o Neves de seu avô, que jamais entraria numa campanha como a dele para derrubar uma presidenta eleita pelo voto popular. Eduardo Cunha, Impeachment e uma crise que, se já existia, foi fermentada por uma mídia vendida para o capital e os coronéis brasileiros. É a lama, é a lama, o mar tinto de sangue matando o Rio Doce, mananciais, margens, florestas, peixes, algas...a hegemonia do dinheiro. Na Internet ironizaram "A fé no lucro remove montanhas". A tragédia vai sendo esquecida pela imprensa e pelo povo. As dores ficam, as perdas... Mas não teve nada de bom em 2015? Claro, mil e uma ações de solidariedade, de compaixão, de doação de centenas de milhares de homens e mulheres. Mas notícia boa não dá na mídia!

O Natal emendou com o outro, nem consegui entrar no clima. A vida corre depressa. Colhi vitórias, me especializei em Comunicação em Saúde, formei minha filha menor no balé e na escola. No paralelo, a vida me traz desafios, de doenças em família, medo de perder; tudo passa. A vida começa a me ensinar que ela não é brincadeira. Não viemos aqui para passar férias, viemos para aprender e a dor faz parte. Por isso estou triste. Temos nos despedido de muitos amigos, queridos. Temo por outros e pelo que ainda há de vir na minha vida.

Gostaria de passar uma energia boa em 2016. Sinto que devemos meditar mais, orar mais, buscar mais a Deus. Que Ele abençoe a cada um de nós. Abençoe o Brasil e os brasileiros. Abençoe o mundo, tão cheio de guerras! Que elas não repercutam dentro de nós, onde houver ódio que levemos o amor. Como dizia minha avó Alice: só Deus, sem ele eu não valho nada!

A propósito, que saudades sinto da vó Alice, da minha mãe Nivalda e da Elisa, minha mãe preta nesta hora que a vida me apresenta situações e eu, com os quase 60 anos, ainda me sinto uma criança e como preciso delas! Mineiras, minerais, viscerais...

Uma certeza eu tenho, a felicidade está na simplicidade, no encontro com os amigos, no encontro com a família, na natureza. Feliz 2016! Simples e Feliz!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Reencontro de Amigos!

"Você sumiu, parou de escrever no blog". Ouvi várias vezes esta frase em Carmo do Rio Claro no feriado de 7 de setembro. Prometi voltar a escrever. Minha irmã Ana Maria Vilela Soares disse que uma prima que mora em Amsterdã fica sabendo das novidades em meu blog. Recomeço com a festa do Reencontro, organizada pela incansável Mavi Vilela na Pousada Campo Alegre, de meu irmão Tião da Lola. Aconteceu dia 5 de setembro. Foi maravilhosa! Permitiu encontros emocionados e uma volta aos anos 60/70/80. Mavi caprichou. Logo na entrada da Pousada, um som repetia 'La Paloma', o prefixo do Cine Guarani, que já nos convidava a relembrar os velhos tempos. Próximo à festa, fomos recebidos pelo Coral da APAE cantando "flor minha flor, flor vem cá", a eternizada nas peças de Gabriel Vilela. Lá dentro, o DJ apresentou um excelente repertório de época.

Várias turmas se encontraram das várias gerações dos anos 60/70/80. Reencontrei as amigas da turma: Silvia Magalhães, Bea Castro César, que há muito tempo por lá não apareciam; assim como a Maísa, Verinha, Edna, Codô e minhas irmãs Carla e Cláudia. Dos homens, presentes o Marcelo e o Marcílio. Faltaram: a Bel, a Cléa Lúcia, os Trindades (Tião, Ricardo e Luíz), o Tasso e o Antônio Eduardo, que estiveram na festa do ano passado. Lembramos dos antigos bailes do GEC e da SOC, onde dançávamos 'solto' à noite toda.
Cláudia e Verinha.

Meus primos, Maria do Carmo Soares (a Pepeca) e o Nenê se reencontraram com os filhos do Paulo Jacob. Este, juntamente com Tio Luís, migraram para Jaguapitã, no Paraná. Eles foram alunos da Tia Santa, mulher do Tio Luís e não se viam desde então. Rolou lágrimas de emoção. Estive com a Lígia e seu irmão Betinho Reis. Registro a presença dos filhos do Rui, a Hermê e o Plínio, este, super animado na festa. Ocuparam o salão o Caio e a Tóia, o Marcílio e sua esposa, o Zé Bento. Muito animado o Zé Gabriel Lemos com a Verinha.
Os eternos namorados Caio e Tóia e o Coró, que registrou a maior parte destas fotos.

Somos carentes destes encontros que deveriam ser constantes. Seguem fotos da Nana de Minas, da Mavi e do Coró, diretamente do facebook para vocês que não foram à festa e podem sentir o clima.

Casais 10
Leni e Tarcísio.

Coró e Verinha.
Marcílio e sua esposa.
Lourdinha e seu amor.
César e Salete.
AS MAIS ANIMADAS
Acho que a Maísa conseguiu me desbancar desta vez, dançou a noite inteirinha.
No fundinho, Ludi Soares, Pepeca e a Miriam entraram na dança.
O salão ferveu!
Amizade é para sempre: Edna e Salete.
Reencontro de amigos de infância.
Ao centro, a Ligia Reis e ao lado esquerda, o Betinho.
Pepeca e Nenê com os filhos de Paulo Jacob.
A 'Rodinha' e o Marcelo, velhos amigos!
Os primos Maria Elvira, Zé Gabriel e Carmem.
A Nilce foi a grande revelação da noite. Sumida há tempos do Carmo, chegou toda deslumbrante, elegante e cheia de si, como sempre foi. Gostamos de revê-la.
Letícia, em ótima forma, ao lado da Nilce.
Silvia e Judite Magalhães foram muito bem-vindas.
A incansável Mavi com José Antônio Palacine e sua esposa.
Magda e Terezinha.
Tião da Lola, Alice, Zé Miguel e João Henrique.
Tião Nara brilhou no tempero. Serviu comida de boteco, feijão tropeiro e mandioca frita.
A nossa turma.
Amigas para sempre!

domingo, 12 de abril de 2015

Só alegria!



No último feriado nos encontramos no Carmo. Esta foto foi tirada no fundo da nossa casa, à rua Camilo Aschar. É da Nana de Minas, nossa colunista social, que sempre está presente e é muito querida por todos nós. Assim com o Tadeu, que nos garante momentos de ácidos de lucidez e ironia.

Uma festa para Tia Maria!




Renato Soares, filho de Jair Soares, e neto do Tio Toninho


Temos que vê-la imediatamente. Precisamos comungar com aquela energia maravilhosa, sempre positiva, sorridente e de bom humor. A imagem da alegria é a chegada do Tio Toninho e da Tia Maria à Fazenda Água Limpa nos idos dos anos 60-70. Tia Maria estava pronta para todas as aventuras propostas por ele. Uma delas era pegar rãs no brejo. O cheiro de lampião de carbureto invadia a casa, um cheiro ruim que, para nós crianças, tinha cheiro de aventura. Esperávamos a volta do Tio Toninho e da Tia Maria da boca da noite. Ele voltou um dia com um saco de rãs e as soltou na cozinha. Mamãe tinha pavor de sapos e rãs e foi parar em cima do fogão de lenha. 
Tio Toninho, irreverência pura e sempre em contato com os bichos. Em Aparecida do Norte, um verdadeiro James Dean. 


Tia Maria foi a alma dos negros dentro da nossa casa. Eles tinham um fusco branco. Depois de muito tempo, esta contadora de história que sempre admirou o Tio Toninho, acabou se casando com um negro que tinha um fusca branco. E o mais incrível é que o conheci no "Café Urrubu'. Urubu tem tudo a ver com Tio Toninho, que criou um um a quem deu o nome de Pepita. Ela o acompanhava voando em cima do Ford 29 ou andando trás feito um cachorrinho indo com ele ao açougue. Naquela noite, sonhei com um urubu Rei. 

A primeira aventura foi fugir com Tio Toninho. Ele a rondava nos bailes do Rosário. Naquele tempo era branco de um lado, preto do outro. Os irmãos de Maria não gostavam daquele branco do Largo que ia rondar Maria. Toninho anuncia aos altos brados: vou me casar com Maria. E pra ela cochichava: o dia em que eu bater na janela um toque de Figueiredo, esteja pronta, porque vim te buscar. A solução era para fugir, já que minha avó Alice nunca permitiria que ele se casasse com a empregada da Tia Lourdes, ainda por cima, negra. Um outro tempo, um outro jeito de ver as coisas. Vó Alice vivia dizendo: o certo é preto com preto, branco com branco e contava a história de um padre que separou dois casais na igreja. Consta que eles se destrocaram na porta da igreja. Verdade é que foi assim que Tia Maria entrou para nossa família. Eles foram parar no Paraná. Vovó acabou aceitando.
Com Carlos, filho de Renato Soares. Tia Maria com uma maritaca, sempre os vi as voltas com as maritacas, colocando fubá nos biquinhos. Imagens que enfeitaram a nossa infância.


A vida é mágica, cheia de sinais. Tudo para contar a Tia Maria, esta negra que entrou em nossas vidas deixando um rastro de histórias, dias gostosos e aventureiros.

E ela ainda está entre nós, reside em Alpinópolis, por nós conhecida por  Ventania e tem 99 anos. 

Temos que fazer uma festa para Tia Maria.
Foto recente da Tia Maria no seu largo sorriso, ao lado da Toninha e do Joaquim, ouvindo os casos e adorando. Ela, a beira dos 100 anos, é  lúcida.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Homenagem aos jornalistas carmelitanos

"HOJE COMEMORA-SE O DIA DO JORNALISTA
Minha homenagem a todos que de uma forma ou de outra abriram o caminho para que tivéssemos a imprensa em CRClaro. São muitos: O Juca Bento, o Dr. Souza, Agripino da Veiga Marinho, Zeferino Paiva, Francisco Sampaio, Osvaldo Reis, Joaquim Cândido de Melo Carvalho, os irmãos Aloysio e Gentil Barros Leal, Pe. Ênio Romagnoli, Manoel Mendonça Netto, Raimundo Cândido Santos – todos eles envolvidos no feitio do semanário “O Carmo do Rio Claro”, fundado em abril de 1918 e que circulou com algumas interrupções até os anos 60; Geraldo Marinho que editou uma dezena de humorísticos; Pe. Mário, Prof. Lourenço, Job Milton, Antonio do Carmo Santana, Hélio Costa Leite e tantos companheiros de Difusora e mensário “Resumo” que circulou nos anos 70; os Irmãos de São Gabriel e companheiros que editaram o jornal/revista Ecos da Tormenta nos anos 50 e 60; Milton Luis Figueiredo Pereira com seu “O Carminho” nos anos 60, Luis Pontara que teve várias iniciativas sendo a principal o semanal “O Jornal de Carmo do Rio Claro” nos anos 90; e o eterno Emanuel Mendonça Neto, nosso querido Santinho. 

Deixo de citar a turma que está na ativa. A nós, cabe seguir a trilha com honestidade, caráter e isenção".



Ao lado de minha irmã, Ana Maria Vilela Soares, em festa na Pousada da Mavi.

Registro aqui o comentário de José Milton Paiva no Facebook, onde ele registra personagens importantes na história do  jornalismo de Carmo do Rio Claro. Já que ele não citou a turma nova, cito eu. Não antes de homenagear este guerreiro - Zé Milton - por editar por tantos anos "O Expresso", que expressa o dia a dia de Carmo do Rio Claro.

Denise Bueno, que brilha no jornal de Passos e em Carmo do Rio Claro.

Luciano Pimenta Peres, um sucesso com a Rádio Onda Sul!

Nana de Minas, a nossa colunista, jornalista auto-didata, aqui ao lado do meu cunhado, João Henrique e minha irmã Alice.

Cecília Freire, jornalista carmelitana que reside em Juiz de Fora, amiga de infância.

E homenageio também eu, Cleise Soares, na ativa há mais de 30 anos. Atualmente, faço assessoria de comunicação para o Hospital Sofia Feldman, o Núcleo Bem Nascer e a ONG Bem Nascer. 

domingo, 8 de março de 2015

Casa dos Espíritos



Eles viveram ali, dentro das mesmas paredes, debaixo do mesmo teto. No casarão da Fazenda Água Limpa. A foto abaixo mostra mulheres de saias longas, homens elegantes de chapéu. Na foto acima há algumas imagens dos antigos moradores, os Vilelas. A fazenda tem cerca de 200 anos. Foi construída pelos escravos.
Como em todas as fazendas antigas, há lendas, histórias, visões. A sala acima é chamada por alguns de 'sala dos espíritos'. Uma prima vidente lá esteve e disse que todas as noites uma senhora e quatro  homens ali se reúnem. Chegou ao ponto de seu filho, também médium, sair do quarto vizinho à sala por causa do 'conversê' à noite. 
Mas tem um 'asa' (voador de asa delta) que não duvida destas histórias. A pouco foi à fazenda. Entrou e viu um distinto senhor sentado com sapatos envernizados. No resto da visita ele procurou alguém com aquele sapato. Disse que nunca mais volta ali.

Uma das histórias mais antigas eu me lembro. Tinha um quarto assombrado. Nós, crianças, tínhamos medo de olhar lá dentro. Diziam que ali havia um corpo seco. Na verdade, dois empregados morreram numa queimada, em dia de São Lourenço, não recomendável. O vento fez o fogo pular neles. Eles foram velados naquele quarto que, hoje, virou uma capela.

Os sobrinhos já ouviram batidas no portão do porão, meu irmão encontrou suas roupas no terreiro e o Sô Joaquim, pai da Toninha, jurava que via uma mulher na escadaria, toda de branco, toda a noite.
Contar casos de assombração era o melhor programa das noites da Fazenda Água Limpa da minha infância. Não tinha luz, apenas sombras de velas e lamparinas. Era bem mais mágico, hoje, com a casa reformada, os quartos escuros vitalizados - um virou biblioteca, outro, sala de TV - parece que até os fantasmas levaram uma pá de cal. Nós, crianças, não andávamos em suas escuridões noturnas sozinhas, onde ia um, ia uma renca de meninos. Uma vez uma  prima, ao ir embora, perguntou: e aquele preto véio lá na cozinha? Dizem que eles protegem a casa, que os antigos moradores foram bons patrões. De vez em quando, andando por lá sinto cheiro de cigarro de palha daqueles ardidos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

#tombamentodaSerradaTormentajá

Esta foi é da página Meio Ambiente em Carmo do Rio Claro

(https://www.facebook.com/groups/745978408748223/943281005684628/?notif_t=group_activity)

Acaba de nascer um movimento de repúdio à especulação imobiliária que começa a ocorrer em Carmo do Rio Claro. Já se pode ver um rasgão na terra, um lugar sendo preparado para virar moradias. 

No entanto, embora as terras sejam de propriedade de algum carmelitano, ela é patrimônio ecológico e turístico de Carmo do Rio Claro. A Serra da Tormenta é de todos. Pedimos que seja tombada imediatamente.  

A página no face do Meio Ambiente faz um manifesto fotográfico e inicia uma campanha Pró TOMBAMENTO DA SERRA DA TORMENTA. O movimento tem a frente o jornalista Eugen Emmerich Horváth, que foi ao Carmo para somar. Ele é húngaro, mas hoje é um verdadeiro carmelitano, ajudando no resgate da história da cidade e na defesa de sua ecologia.

Por meio deste blog, quero engrossar o coro dos que solicitam aos vereadores que coloquem em pauta o tombamento da Serra da Tormenta, um bem de todos, uma riqueza ecológica e que agrega valor ao turismo local. 

Não é possível deixar que as casas subam a Serra da Tormenta. Ela é minha. Ela é sua, carmelitano ou turista que me lê. Ela é de todos os que se encantam com sua beleza. Ela já mereceu hinos. poesias.
Igrejinha ao pé da Serra da Tormenta, que pode ser vista ao fundo.


.... A Serra da Tormenta é uma esmeralda reluzente, no colar de prata da corrente, o murmuroso rio que a teus pés vai a sonhar, sobre o céu azul das noites claras de luar... 
A foto é do Lucas Soares. A serra vista da Igreja do Rosário.

...Tua bela cabeça está pendida no tapete da Tormenta, onde  a serra majestosa que te envaidece e em cujo alto se eleva a capelinha da Senhora Aparecida...."
Ela sempre esteve ali, pano de fundo para todas as histórias que vivemos aos seus pés.


A Tormenta é hino, é oração, é devoção. Para mim, várias vezes se tornou poesia. Para os 'asas', voadores que saltam da Tormenta, ela é libertação, aventura! 

Vamos todos defender a Serra da Tormenta!

#tombamentodaSerradaTormentajá
E do alto, é esta a visão, lagos e planícies e montanhas.


domingo, 1 de março de 2015