sábado, 24 de maio de 2014

Casa da Nivalda - tem histórias!

Alguns famosos já passaram pela Casa da Nivalda, onde vivíamos na década de 70, na rua Dr. Monte Razo, 55. Muitos dos nossos parentes migraram para São Paulo, após a tragédia das águas de Furnas. Perdas de terra, banzo, pobreza. A rádio convidava para ir para São Paulo... São Paulo é São Paulo, terra da garôa, o povo de São Paulo é muito gente boa. Eu vim para São Paulo e não vou sair daqui. São Paulo conte comigo enquanto eu existir... Na década de 50, o fluxo é para o Rio de Janeiro. Para lá foi o Tio Dario, o Tio Toninho, a Tia Rosina e outros. Foi mesmo na década de 70 que a migração voltou para São Paulo. Os que foram prosperam, venceram, como se diz. É o exemplo do Milton Luíz, que galgou os maiores degraus profissionais, tornando-se o melhor diretor de recursos humanos do Brasil. Ele, o Dito venceram em Sampa. Voltaram às origens e construíram casas no Honduras.
Um momento em frente a Casa da Nivalda. Lá no fundo, o saudoso Ralê, educação pura, muito querido.


Eles voltavam com amigos, os mais diversos, os mais diferentes. O Jói, irmão da Carmo/Pepeca levou ao Carmo o locutor Jorge Helau, da rádio Tupi. Carla que conta. Acordou e de repente ouviu uma voz muito parecida com a voz de um locutor. Descabelada, deu com Jorge Helau comendo rosca na sala. Depois, a Carmo Soares, enfermeira e atriz, levou o pessoal do Grupo Mambembe, do qual fazia parte, para passar um carnaval. Aprendi com esta atriz a me pintar. Ela nos levou ao quarto e nos pintou para o carnaval. Rosi Campos, hoje global. Também fazia parte do grupo Genésio de Barros. Este, frequentou muito a Casa da Nivalda, isto porque namorou a filha dela, no caso, esta blogueira que vos fala.
Genésio de Barros naqueles dias.
Olha o Quinzé pequenininho.


Aquela casa rendeu histórias e está no imaginário de muitas pessoas da  minha geração. Muitos frequentaram o alpendre, que, vim a saber depois, era conhecido por bezerreiro pelos vizinhos. A turma da Ludi - dela fazia parte o Mazarolo, o Boquita, o Adalberto e Adriano, Maria Flávia, Patrícia etc - e a nossa turma - Marcelo, Flávio, Tércio, Luiz Eduardo Palacine, Silvia Vilela, Codô, Edna, Maria do Carmo Soares, Bel, Terezinha, Neusa,  Maísa, Tarcizinho, Ricardo primo, Big Boy, Duda, Fred, Ralê - tantos e tantos outros passaram por ali.

Quando o movimento da cidade acabava, nos idos de 1970, os colegas iam para a Casa da Nivalda. Ela ficava fazendo crochés e pipoca para a moçada, que só saía dali pelas madrugadas. Muitas vezes, eles acabavam ali fazendo uma serenata. O Diô, na época, era assíduo nas serenatas e começava sempre assim - não me canso de falar que te amo. A serenata mais linda que ouvi foi do Fordinho e do Luís Pandeiro para Ana Maria, minha irmã mais velha... A lua vem surgindo cor de prata, do alto da montanha verdejante. ..
Bom mesmo era colocar as cadeiras na frente da casa e prosear. Abaixo, o saudoso Toni, a Cláudia, Maria do Carmo Soares, eu e a Edna, em frente a Casa da Nivalda.
Vovó estava vivendo seus últimos dias no quarto.
 A lua estava escancaradamente cheia. Um momento muito especial.

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