segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SAUDOSA TERRA!



'Saudosa terra em que nasci,
que mal te fiz,
que me obrisgaste a sair de ti?
Nesta terra que se diz maravilhosa,
sinto-me exilada,
perdoa-me e deixa que meu último suspiro,
seja em teu seio, ó terra amada.
Revejo palmo a palmo os teus encantos.
A tua calma, que mais parece magia.
A Tormenta, a igrejinha branca,
balbucio uma prece
Ave Maria!
E essa prece que dirijo sempre
a essa mãe, que é o meu conforto,
espero retorne a minha embarcação
ao meu saudoso e almejado porto.

Ai que saudades dos meus netinhos
que eram a alegria do meu viver
que, com suas graças e tagarelices,
não me davam tréguas a entristecer.

Relembro minha mãe velhinha,
deitada em seu leito branco,
tão distante,
derramada em pranto.

As badaladas desse sino amigo,
chamando os fiéis à oração.
São como oorvalho que alimenta a planta,
revivendo a saudade no meu coração.

(Alice Figueiredo Soares)

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