domingo, 27 de novembro de 2011

Lá pras banda de ARTEROSA!


SÃO JOAQUIM DA SERRA NEGRA

"A imponente Serra Negra, guardando nas entranhas segredos milenares do Muzambo, já era no ano de 1700 cobiçada pelos lusitanos.

As lendas sobre o ouro e pedras preciosas abundantes das encostas da serra, eram repetidas pelos portugueses e paulistas que empunharam as bandeiras no mundo então desconhecido das Gerais.

Certa vez. José Rodrigues Moreira, lusitano desbravador de sertões e minerador experiente, adquiriu gleba de terras incultas próxias à serra, onde formou o seu feudo. Passou a dar pousada para os tropeiros e fundou um povoado batizado pelo nome pomposo de São Joaquim da Serra Negra, que cresceu, virou cidade e mais tarde teve o nome mudado para Alterosa.

Mas Isabel, mulher de José Alves e descendente do fundador da cidade, esbravejou discordando da nova nomenclatura. Impertinente, reclamou para Lésio Terra e Benedito Pancrácio, o Dito Carapina, pessoas influentes em São Joaquim da Serra Negra.

“Cumo que oceis tiram o nome de santo pra módi botá esse nome trapaiado?”

Mas mesmo apesar do seu protesto e de outras pessoas conservadoras de São Joaquim da Serra Negra firmou-se com nova nomenclatura e foi crescendo lentamente, consolidando sua economia através da agricultura.

José Alves venerava a cidade e certa vez comentou com a mulher:

“O jeito é nóis vende os varjedo antes do aguacero das Furna chegá e comprá uma fazenda lá pras bandas da Arterosa, que é lugar arto, livre da iscumungada da represa”.

Isabel, que duvidava da inundação da várzeas da Mandassaia e que acreditava nos milagres da santa de sua devoção, discordou do marido. Mas ele, teimoso, insistiu com a mulher e a discussão em torno do assunto ficou acalorada. Irado foi dormir mais cedo e Isabel, arrependida por ter lhe contrariado, depoi

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