domingo, 27 de novembro de 2011

O Carmo tem banda de música?

A existência de uma banda musical por volta de 1.800

A descoberta no Centro de Memória de Passos do inventário de Alexandre Pinto de Magalhães e o seu estudo preliminar mostram a existência de uma tradição que não pode ser esquecida, em qualquer revisão da história carmelitana.

A presença de uma farda agaloada de pano azul, entre os bens arrolados, no testamento de Alexandre Pinto de Magalhães, de 1815, e de um instrumento musical, o fagote, são as primeiras evidências de que a música era prática já existente no arraial de Nossa Senhora do Carmo do Monte do Rio Claro, antes mesmo que esse arraial tivesse sua organização jurídica e administrativa realizados. Como o inventário é de 1815, estas evidências se situam na época da 2ª.Freguesia (criada em 1810)porém antes da criação do juizado de paz que deve ter ocorrido logo depois.

Outra evidência é a presença de seis (6) músicos em uma mesma família (censo de 1837), além de mais dois em outras famílias.

Portanto, se já existia um instrumento, o fagote (instrumento de sopro) é certo que existiram outros para acompanhá-lo.

A existência de uma farda azul trabalhada com galão (enfeite, cadarço de tecido bordado) constante no inventário de Alexandre Pinto de Magalhães, deixa claro que o músico não tocava sozinho, mas sim em grupo, por isso usava-se a farda (uniforme).

Portanto, são provas concretas da existência de uma banda no arraial de Carmo do Rio Claro já nos seus primeiros tempos.

Maria Valda dos Reis Carvalho"

Mais uma contribuição do livro O Qadro de Saudades - Carmo do Rio Claro, de autoria de Celeste Noviello Ferreira.

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