sábado, 25 de agosto de 2012

Pudim de Pão da Dona Prudenciana

"Do caderno de anotações da vovó selecionei algumas receitas para publicá-las da maneira como ela as escreveu, para que entendamos a sua época, o modo como escrevia com canetas de penas e tinteiros, a grafia usada no período e o quanto era  interessante a linguagem, com termos como: "deite o tanto quanto baste", "forno esperto", "poe cheiro doce", "mexendo com toda violência", "o tanto quanto amoleça", "doce e sal o quanto tempere", "três quartas de assucar e uma dita de manteiga", "amolde com água até fazer capitão", "em ponto de passar no pano", "ponha em um lado da balança 12 ovos e do outro lado o mesmo tanto de farinha de   trigo, tire-a e ponha o mesmo tanto de açúcar, tire-o e ponha o mesmo tanto de toucinho".
Esta é a introdução escrita por Edgar Pereira da Silva, no seu livro "Doce Arte da Época Colonial Mineira"
Este é Edgar, responsável pelo Museu Carlota Pereira, inaugurado no ano passado, na praça de baixo.

Vou dar uma amostrinha das receitas de Dona Prudenciana.


PUDIM DE PÃO
150 gramas de pão amanhecido embebido em agua bem assucarada. Estando molle deixe-se escorrer bem a água, passa-se a peneira, junta-se uma colher de manteiga, duas de queijo ralado e seis gemas. Mistura-se tudo muito bem. Põe-se em fôrma passada com assucar queimado e cozinha-se em banho-Maria. Deixa-se esfriar para tirar da fôrma e polvilha-se com assucar e canella.
Banho Maria é um tacho com agua a ferver, onde se colloca a fôrma que contêm a massa, que se deseja cozinhar por esse processo. O banho-Maria pode ser feito sobre o fogo, levando, neste caso, um testo de brazas sobre a fôrma ou o forno. Despeja-se em canequinhas ou pires e serve-se a frio. Póde-se tambem utilizar como recheio".

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