segunda-feira, 25 de abril de 2011

CRUZ CREDO!

Eu confesso que até hoje tenho medo de andar nas ruas do Carmo à noite. Habitam-me ainda as sombras e assombrações, os fantasmas da minha infância. E como era gostoso ouvir as histórias, um misto de medo e prazer. Ainda mais na Fazenda Água Limpa, com seus enormes salões e sem energia elétrica, uma mescla de luzes e sombras.
Uma estória que eu ouvi dizia que o acontecido era com meu pai. Ele estava andando no Cascalho, quando apareceu um coelhinho, que virou uma mulher altíssima, que correu atrás dele até a casa da Tia Lola. Que horror!
Escuro para mim é até hoje horrível. Nele, habitam as sombras.
Agosto era mês de ventos uivantes e de cachorro doido. Quaresma, uma quarentena em casa, melhor não sair, mês de mula sem cabeça.

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