domingo, 3 de abril de 2011

VEIA LUSITANA!


FAMÍLIA É TUDO!
A minha avó Alice já dizia: saudosa terra em que nasci, que mal te fiz que obrigaste a separar de ti...
Primeiro foi a Cláudia, depois a Alice e agora é a Ludi que prepara para ir embora de BH e morar no Carmo. E eu vou ficando aqui sozinha. Puxa vida! Como família faz falta! Como o Carmo e amigos me são caros! Estou morrendo de saudades. Minha forma de estar com vocês, é escrevendo neste blog e no Facebook - tudo de bom. Ali, tenho reencontrado velhos amigos. O Angelo Leite, nosso Pan, falou muito de uma festa de reencontro do pessoal do Facebook. Propus o nome "Face" a Face. Enquanto isso, vamos trocando fotos e palavras. E tudo isso vai preenchendo o meu tempo. Segue uma poesia que fiz há muito tempo pensando no nosso Carminho.

CHÃO

Venho de estrada de terra vermelha

De café e bolo de fubá na varanda

De berrante

Boiada

Rodeio

Venho de tardes sonolentas

Onde zumbido de mosquito é música

Que embala sono

E cigarra tanajura aleluia paturi

Tatu galinha cavalos manga de vez vacas mojando, papai sorrindo

Cheirando à tinta de pena

a suor de campo

vaca parida na várzea.

Mãe lavando roupa com anil

Cheirinho roxo quarando ao sol

Panelinhas e a gente criando a casinha

Colhendo ovos e alfaces

Matando frangos que saíam pulando sem cabeça porque eu não conseguia não ter dó

então eles pulavam,

mas na hora de dividir

o santo antônio era meu

e o jogo brigado aos gritos

até papai decidir a questão.

Venho de orvalho molhando pés

Leite fresco de vaca

Pai e mãe rezando terço

Desejando boa noite

Barulho de cobras, grilos e sapos

Lá fora no meio do mato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário