segunda-feira, 25 de abril de 2011

O ELO PERDIDO



Escrevo sob o calor de estar no Carmo do Rio Claro por cinco dias, na Semana Santa. Henfil tinha razão, Minas é uma universidade. A cultura permeia os costumes, tradições do dia a dia e está na mesa dos mineiros. Desde que criei esse blog, não havia voltado ao Carmo. E qual não foi a minha surpresa quando comecei a ser abordada várias vezes por carmelitanos ausentes do Rio, São Paulo que diziam que estavam seguindo esse blog. "adorei os causos" "Precisa postar todo dia"...



Incumbida dessa tarefa e de caneta em punho, ainda sou do tempo da caneta e escrevo rápido como as calígrafas, aproveitei a conversas ao redor da mesa de casa ou do bar - no caso o bar da Kátia e do Mané e coletei histórias.



Percebi que um caso puxa outro, que minhas histórias são as de todos nós. Voltei com uma consciência maior. Esses textos que escrevo aqui no meu apartamento, no bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte, nascem da oferta do meu dom para todos vocês que estão no Carmo e os que estão longe e se sentem como vó Alice, quando morava em Morro Agudo:



"Saudosa terra em que nasci



que mal te fiz



que me obrigaste a separar de ti?"



Percebi que esses momentos de remember repercurtem na vida das pessoas. Nós, que estamos há cinco, dez, quinze, vinte, trinta, quarenta anos longe do Carmo. Que o blog nos reúna novamente.



Recebi do Mato Grosso, mensagens da nossa saudosa Angela do Zé Ganguinha, da Dodora Tito Pereira, lá no Nordeste, da Nilzinha Reis, aqui do Carmo... Vamos recuperando a nossa memória, restaurando o quebra cabeça, contando os causos.



Oi Mirley (Maciel Sandy). Eu a encontrei com a família - por sinal simpaticíssima - no Manézinho. A essa altura, já deve estar em Interlagos, São Paulo, lendo esse blog, matando as saudades. Foi ela quem pediu para postar todo dia, vou fazer o possível.



Nessa noite, encontrei a Ana Regina, filha do Tetelo. Quem se lembra do Tetelo? Ele morava perto da Rodoviária. Era músico e barbeiro. Suas filhas eram talentosas e faziam teatro, cantavam...Tetelo animou muito baile no Carmo na década de 40/50 com a sua banda Carolina Jazz.



Ana Regina prometeu mandar informações sobre o Tetelo, fotos do jardim de baixo, que caiu sob as lágrimas da Dona Nicotinha, que o havia plantado, o havia regado e agora via o jardim vir abaixo... Aguardamos.



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