quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A saga da família Paineira

Um dos meus livros inéditos é o Hortência Paineira, Inventário das Águas, onde conto na forma literária a história da família Figueiredo, ali chamada Paineira, e de Carmo do Rio Claro, náufrago da hidrelétrica de Furnas. Todo o imaginário que pairava sobre a minha infância, a temida água, onde tantos morreram afogados. As perdas. As dores. As partidas para outras paragens. A pobreza nas ruas. O banzo no coração. Ainda antes, o tempo do vapor, do Rio Sapucaí, na época da Vó Alice. O Porto Carrito. Os diversos personagens que habitaram a minha infância e as ruas de Senhora do Carmo, onde poesia, verdade e mentira se misturam para contar uma história, para registrá-la, sanha de jornalista e escritora.
O próximo passo é dividi-lo com vocês que, com certeza, vão se identificar, pois é a história de todos nós. Eu o dividi com o primo Tom, que partiu há pouco, nos deixou desalentados e com saudades que se esparramarão pelos dias. Ele me enviou, via e-mail este comentário que hoje muito me honra. 


"Eis que termino, náufrago nas águas de Furnas, o seu magnífico
Hortênsia Paineira.

   Se as emoções contam, posso dizer que passei por todas, com
destaque para a urdida melancolia de seu texto, ainda que o fecho
seja impregnado de humor.
   Prometo para breve considerações talvez consistentes, talvez não,

como sempre ocorre.

   Nesse momento estou apenas transmitindo o impacto que a sua
fabulação teve sobre mim, com o relicário da incrível saga dos 
Paineiras". 

Um comentário:

  1. Cleisinha, que delícia de foto e de comentário! Sempre que leio o Tom, o vejo e o sinto. Quanta falta, quanta saudade!
    Precisa publicá-lo!

    Beijão,

    Carla Soares

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