domingo, 22 de setembro de 2013

No tempo do Vapor

O que eu me lembro...

“Dois vapores circulavam pelo Rio Sapucaí antes da hidrelétrica. Os apitos eram ouvidos na cidade. O vapor Francisco Feio, desembarcava no Porto Carrito às segundas e quintas feiras. Sô Soares, marido da Tia Alice, Sebastião Soares, era gerente e responsável por despachar as mercadorias. Atrás do vapor, ia o barco com as cargas. Ele vinha de Fama e parava no Porto Ponte, onde todos dormiam (atual Itaci). Só depois, aportava no Porto Carrito. De lá, os visitantes embarcavam num trólemo, administrado pelo Vovô Pipoca que os levava até a cidade”.

O apito do Vapor São Cristovão é inesquecível para os que o ouviram. Era mais bonito que o do Xico Feio. O Vapor São Cristovão era administrado por Dr. Epifânio Magalhães Macedo e aportava no Porto Belo às quartas e sábados. O apito era muito bonito, longo e prolongado. Era ouvido da cidade.  A chegada do vapor era acontecimento importante no Carmo daquela época.. Em 1938/39 começaram a circular as jardineiras”.

(Job Milton Figueiredo Pereira)





Sô Soares

Sebastião José Soares, o Soares, marido de Alice Figueiredo era fluminense, natural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Veio para o Carmo para trabalhar como gerente do Vapor Francisco Feio. Tinha um escritório no Porto Carrito. Era o gerente, encarregado de pesar as mercadorias. O Vapor Francisco Feio desembarcava neste porto, onde o Sô Soares tinha o escritório de café. Era telegrafista, sabia as notícias antes de todos, captando sinais do telégrafo no rádio. A família morava no Porto Carrito, onde tinha uma hospedaria. Os viajantes ali chegavam e iam de tróle para a cidade. À frente, havia uma grande paineira.

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