O que eu me lembro...
“Dois
vapores
circulavam pelo Rio Sapucaí antes da hidrelétrica. Os apitos eram ouvidos na
cidade. O vapor Francisco Feio, desembarcava no Porto Carrito às segundas e
quintas feiras. Sô Soares, marido da Tia Alice, Sebastião Soares, era gerente e
responsável por despachar as mercadorias. Atrás do vapor, ia o barco com as
cargas. Ele vinha de Fama e parava no Porto Ponte, onde todos dormiam (atual
Itaci). Só depois, aportava no Porto Carrito. De lá, os visitantes embarcavam
num trólemo, administrado pelo Vovô Pipoca que os levava até a cidade”.
O apito do Vapor São
Cristovão é inesquecível para os que o ouviram. Era mais bonito que o do Xico
Feio. O Vapor São Cristovão era administrado por Dr. Epifânio Magalhães Macedo
e aportava no Porto Belo às quartas e sábados. O apito era muito bonito, longo
e prolongado. Era ouvido da cidade. A
chegada do vapor era acontecimento importante no Carmo daquela época.. Em
1938/39 começaram a circular as jardineiras”.
(Job Milton Figueiredo Pereira)
Sô Soares
Sebastião José Soares, o Sô Soares, marido de Alice Figueiredo era fluminense, natural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Veio para o Carmo para trabalhar
como gerente do Vapor Francisco Feio. Tinha um escritório no Porto Carrito. Era o gerente, encarregado de pesar as mercadorias. O Vapor Francisco Feio desembarcava neste porto, onde o Sô Soares tinha o
escritório de café. Era telegrafista, sabia as notícias antes de todos,
captando sinais do telégrafo no rádio. A família morava no Porto Carrito, onde
tinha uma hospedaria. Os viajantes ali chegavam e iam de tróle para a cidade. À frente, havia uma grande paineira.
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