sábado, 1 de novembro de 2014

Casos do Coró

"Numa determinada época de eleições em Carmo do Rio Claro, o povo muito revoltado com os resultados do pleito, muita gente indignada e com todas as atenções voltadas para os candidatos, o pároco da cidade notou que o povo não estava frequentando a igreja e que o número de fiéis nas missas diminuiu consideravelmente. Colocou-se a pensar em uma maneira de fazer com que as pessoas voltassem. Pensou, pensou e finalmente encontrou uma maneira que considerou viável. Chamou o sacristão e pediu-lhe que conseguisse uma pombinha branca e que no domingo na missa logo após o sermão ele dissesse 3 vezes: "Divino Espírito Santo aparecei para este povo" que ele soltasse a pombinha. Assim fez o sacristão. E o padre anunciou para toda a cidade que no domingo o divino espírito santo apareceria na igreja. No domingo na hora da missa a igreja estava lotada. O padre satisfeito não se continha de tanta alegria e começou a missa empolgado. Logo após o sermão, conforme combinou com o sacristão, falou em voz alta: "Divino Espírito Santo aparecei para este povo". Pela segunda vez: "Divino Espírito Santo aparecei para este povo". Na igreja o silêncio era sepulcral. E antes que o padre repetisse pela terceira vez, o sacristão grita lá de trás do altar: "Seu padre, o gato comeu o divino espírito santo".
Este é meu lindo amigo Coró. As primeiras "brincadeiras dançantes" foram em sua casa. Lembro-me dele, junto com o Hélcio e o Diô indo em casa nos convidar, pedir a mamãe que deixasse. Era de dia. Eu o convidei para padrinho, no meu primeiro casamento. Acreditem, ele esqueceu. Ele escreve muito bem e está publicando seus casos no Expresso Carmelitano. É também um fotógrafo jornalístico, registra casarões e personagens de Carmo do Rio Claro.

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