sábado, 31 de dezembro de 2011
Um Centrado Ano Novo para Todos!
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Essa poesia dá saudades!
Essa poesia, minha irmã Fatinha encontrou na Internet, lembra o Grupo Escolar Cel.Manoel Pinto e nossa saudosa infância. E a foto da flor, por sinal maravilhosa, é do Edmundo Figueiredo, meu irmão, que me enviou gentilmente para ilustrar a poesia.
A flor e a fonte
Vicente de Carvalho
"Deixa-me, fonte"
Dizia a flor tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.
"Deixa-me, deixa-me, fonte!"
Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte..."
"Não me leves para o mar."
E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador,
Por sobre a areia corria,
Corria levando a flor.
"Ai, balanços do meu galho,"
"Balanço do berço meu;"
"Ais claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu...!"
Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria
Rolava levando a flor.
"Adeus, sombra das ramadas,"
"Cantigas do rouxinol;"
"Ai festas das madrugadas,"
"Doçuras do pôr do sol;"
"Carícias das brisas leves"
"Que abrem rasgões de luar..."
"Fonte, fonte não me leves,
"Não me leves para o mar...!"
As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a fonte e a flor...
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Um Natal super feliz!
Pepeca, mais conhecido no meio artístico como Maria do Carmo Soares estréia numa mini-série da Rede Globo, em janeiro, O Bravo Retumbante, onde faz a mãe do presidente (aquele chefe dos cangaceiros do Cordel Encantado). Vamos prestigiar.
Desejo a todos os meus leitores boas festas e um 2012 fecundo, próspero e harmonioso.
domingo, 27 de novembro de 2011
HOMENAGEM PÓSTUMA!
Ana Maria conta...
Lá pras banda de ARTEROSA!
SÃO JOAQUIM DA SERRA NEGRA
As lendas sobre o ouro e pedras preciosas abundantes das encostas da serra, eram repetidas pelos portugueses e paulistas que empunharam as bandeiras no mundo então desconhecido das Gerais.
Certa vez. José Rodrigues Moreira, lusitano desbravador de sertões e minerador experiente, adquiriu gleba de terras incultas próxias à serra, onde formou o seu feudo. Passou a dar pousada para os tropeiros e fundou um povoado batizado pelo nome pomposo de São Joaquim da Serra Negra, que cresceu, virou cidade e mais tarde teve o nome mudado para Alterosa.
Mas Isabel, mulher de José Alves e descendente do fundador da cidade, esbravejou discordando da nova nomenclatura. Impertinente, reclamou para Lésio Terra e Benedito Pancrácio, o Dito Carapina, pessoas influentes
“Cumo que oceis tiram o nome de santo pra módi botá esse nome trapaiado?”
Mas mesmo apesar do seu protesto e de outras pessoas conservadoras de São Joaquim da Serra Negra firmou-se com nova nomenclatura e foi crescendo lentamente, consolidando sua economia através da agricultura.
José Alves venerava a cidade e certa vez comentou com a mulher:
“O jeito é nóis vende os varjedo antes do aguacero das Furna chegá e comprá uma fazenda lá pras bandas da Arterosa, que é lugar arto, livre da iscumungada da represa”.
O Carmo tem banda de música?
A descoberta no Centro de Memória de Passos do inventário de Alexandre Pinto de Magalhães e o seu estudo preliminar mostram a existência de uma tradição que não pode ser esquecida, em qualquer revisão da história carmelitana.
A presença de uma farda agaloada de pano azul, entre os bens arrolados, no testamento de Alexandre Pinto de Magalhães, de 1815, e de um instrumento musical, o fagote, são as primeiras evidências de que a música era prática já existente no arraial de Nossa Senhora do Carmo do Monte do Rio Claro, antes mesmo que esse arraial tivesse sua organização jurídica e administrativa realizados. Como o inventário é de 1815, estas evidências se situam na época da 2ª.Freguesia (criada em 1810)porém antes da criação do juizado de paz que deve ter ocorrido logo depois.
Outra evidência é a presença de seis (6) músicos em uma mesma família (censo de 1837), além de mais dois em outras famílias.
Portanto, se já existia um instrumento, o fagote (instrumento de sopro) é certo que existiram outros para acompanhá-lo.
A existência de uma farda azul trabalhada com galão (enfeite, cadarço de tecido bordado) constante no inventário de Alexandre Pinto de Magalhães, deixa claro que o músico não tocava sozinho, mas sim em grupo, por isso usava-se a farda (uniforme).
Portanto, são provas concretas da existência de uma banda no arraial de Carmo do Rio Claro já nos seus primeiros tempos.
Maria Valda dos Reis Carvalho"
Mais uma contribuição do livro O Qadro de Saudades - Carmo do Rio Claro, de autoria de Celeste Noviello Ferreira.
sábado, 19 de novembro de 2011
Filosóficas do Job
O Job pergunta
Casos do Job - Que bom que é lembrar o Gabrielzinho...
Tempo de banzo
CASOS DO JOB
domingo, 13 de novembro de 2011
A caminho de um parto natural...
Após duas semanas em Belo Horizonte, literalmente chocando, na casa da tia Cleise, preparando meu corpo, minha alma e minha mente. Através de muitas leituras, conversas e de práticas de yoga, acupuntura, auriculoterapia, auriculoacupuntura, escalda pés e massagem plantar, no Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares do Hospital Sofia Feldman, que desenvolve um trabalho incrível com as grávidas e oferece todo o apoio para um parto natural, tudo gratuito.
Sábado 29/10 - participei da Roda Bem Nascer no Parque das Mangabeiras, onde assisti à palestra sobre o hormônio ocitocina e ouvi relatos lindos sobre partos naturais. Na tarde do mesmo dia fui almoçar com minha prima Tais, que veio passar o feriado comigo e me proporcionou dias incríveis.
Domingo 30/10 - fomos conhecer o Instituto Cultural Inhotim, em Brumadinho, um extenso acervo da Arte Contemporânea e um maravilhoso Jardim Botânico, que contou com a colaboração do paisagista Roberto Burle Marx. Foi um dia de muita caminhada pelos exuberantes jardins, contemplando as artes e a majestade da natureza.
Estava imersa na partolândia sem a menor noção de que na madrugada de segunda-feira 31/10 daria início ao trabalho de parto às 3h30 da manhã, e já em ritmo acelerado, minhas contrações foram intensas desde o início e seus intervalos irregulares de 5min, 3min, 2,min, 1min, 4min intervalos muito curtos, eu muito calma fiquei no meu quarto, fui relaxar no chuveiro e às 5h30 minha tia Cleise acordou e abriu a porta do meu quarto para saber porque estava com a luz acesa, relatei o que estava acontecendo e ela me perguntou se já havia comunicado minha doula e meu médico, disse que não que poderíamos esperar até o dia amanhecer, mas ela preocupada ligou para o Dr. Marco Aurélio, que achou que deveria me avaliar imediatamente, fui de carona para o hospital com ele mesmo, que passou para nos pegar às 6h30, entrei com ele na maternidade Santa Fé diretamente para a sala de exame que para sua surpresa, meu trabalho de parto já estava adiantado e com 9cm de dilatação, ele pediu para que eu ficasse na sala de pré-parto enquanto ele desceu com minha tia para fazer a internação e se trocar para fazer o parto. Na sala de pré-parto fiquei no chuveiro, minha bolsa estourou e dei início ao processo expulsivo imediatamente, quando meu médico voltou todo paramentado lhe informei o andamento, fomos transferidos imediatamente para a sala de parto onde a cadeira de cócoras foi levada, chegando lá foi o tempo de passar para a cadeira de cócoras e meu filho nascer, o Dr. Marco Aurélio não teve tempo nem de por a luva, o Ian foi mais rápido.
Aí foi só alegria não fiz analgesia, nem episiotomia, o Ian ficou no meu colo desde o nascimento por 1h, na sala de parto estava somente a enfermeira e o meu médico, minha tia chegou da internação e o Ian já havia nascido, minha doula Isabel chegou e também ele já havia nascido, ela me confortou no momento seguinte ao parto me auxiliando e me orientando. Os procedimentos com o Ian também foram exatamente como eu gostaria, sem intervenções desnecessárias.
Foi tudo tão rápido e intenso que fiquei abobalhada, a sensação de dar a luz e sentir meu filho nos braços pela primeira vez é indescritível, a cada dia fico mais apaixonada pelo Ian, por suas carinhas lindas, seu choro, seu soluço e seu olhar de imenso amor. Ele é muito fofo e amado,
Nada como ter um parto natural, a recuperação é muito rápida e a disposição imediata.
Amanhã o Ian completa 1 semana de vida!
Fico em Belo Horizonte até quarta-feira 09/11 e na quinta-feira 10/11 volto e dou início a minha nova vida em Carmo do Rio Claro, até lá!
Obrigada a todos que me apoiaram e me acompanharam nesta jornada!
Tia Cleise e família obrigada pela disponibilidade e pelo acolhimento que estou recebendo na sua casa!
Papai e Mamãe pelo apoio, amor e ajuda nesta fase da minha vida!
Beijos e saudades de todos!
Para saber mais acesse:
sábado, 12 de novembro de 2011
Amor de família
Olha que mensagem mais linda que a Rani (essa linda do meio da foto), filha da Fatinha, minha irmã, para o Ian, filho da Valerinha. O mais importante é perceber que conseguimos passar para a descendência de Edmundo Soares os valores tão imprescindíveis e que ele nos transmitiu, além de toda a família. Querida Rani, eu brindo com você a sua perspicácia, a sua criatividade com as palavras, o seu coração generoso. Obrigada por tão lindas palavras! Que preservemos sempre essa nossa união familiar, esse nosso amor, que é tudo o que Jesus Cristo queria para a humanidade. A família é a célula, célula doente, pessoas doentes. Célula sadia, pessoas sadias. E o amor é o unguento, cura e acalenta os seres humanos!
Momentos dos anos 70!
O Carmo era tranquilo. Nesa foto, as árvores do jardim anterior ao atual ainda estavam pequenas. Cadê os carros? Talvez essa foto seja ainda mais antiga...
Gec.
Maria do Carmo Soares de volta ao Carmo!
Minha prima, Maria do Carmo Soares, enfermeira e atriz, que participa de várias montagens de Gabriel Vilela tem agora uma casa no Carmo, naquela bairro ao lado do Honduras, que agora me foge o nome. Mas o certo é que ela e suas irmãs, Maria da Graça, Maria Alice e seu marido Álvaro visitam constantemente a cidade. Com a nossa querida "Pepeca" chegarão artistas. Sua proposta é colaborar com a cultura da cidade.
Português para estrangeiros, inglês para brasileiros
Minha irmã Carla Soares está com um blog super interessante: de português para estrangeiros. Para contar o português, ela entra na história da língua e a coloca num contexto cultural brasileiro. Ela sempre foi muito espirituosa, engraçada. Ela vai colocar o seu conhecimento em linguagem simples e compreensível para nossos irmãos de outros países. Visitando o blog, entendi que, também para nós, brasileiros, que estudamos inglês será uma excelente ferramenta. Vale a pena visitar e se tornar seguidora (o) do blog da Carla.
howtolearnportuguese.blogspot.com
terça-feira, 1 de novembro de 2011
NASCEU IAN!
Tudo correu como desejado. Dr. Marco Aurélio nos pegou em casa às 6h15, fomos para a Maternidade Santa Fé. Enquanto eu preparava a admissão na recepção, o nenê nasceu. Ela chegou na maternidade já com 9 cm de dilatação. Estava calma. Depois comentou "o parto não passa de uma cólica". Não tomou anestesia, nem ocitocina sintética e não precisou de episiotomia (corte vaginal) e não rompeu o períneo. Naturalíssimo o parto!
Ian nasceu com 2.950gr e 49cm. É um fofo!
Nem preciso dizer que estou babando nesse sobrinho e muito feliz por ter participado de tão sublime momento!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
I Encontro de Carros Antigos de Carmo do Rio Claro
Silvia, quero sim postar o seu vídeo.
Um abraço.
domingo, 23 de outubro de 2011
Que venha o Ian...
Quem diria, tão pequenininha, e agora está aqui grávida, esperando o Ian. Estas fotos são de Valéria Soares, minha sobrinha, filha do Joaquim José. Tenho a grata satisfação de conviver com ela nessa etapa final de espera do nenê. Ela escolheu ter seu filho em Belo Horizonte, para garantir um médico e assistência humanizada. Vai ser assistida pelo médico Dr. Marco Aurélio Valadares, que me acompanhou em quatro partos, é meu compadre e fundador da ong Bem Nascer junto comigo.
E chegou a alegria...
A sanfona do Tio Toninho era mais ou menos igual a esta, que está no museu do Gonzagão. Ele chegava cantando ... vem cá cintura fina, cintura de pilão, cintura de menina, vem cá meu coração... Primeiro chegava o seu grito, poderoso e alegre que varava os corredores da Fazenda Água Limpa. Chegou o Tio Toninho. Chegou a alegria, a irreverência, a infância, a aventura... E chegou o forró do Gonzagão. Ele chegava descalço, calças arregaçadas, cantando e tocando. E pouco depois o salão virava uma festa, um baile. Vinha gente da colônia, da cozinha, dos arredores. Toninho chegou com a Maria. Tia Maria merece também ser contada.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
VEIA LUSITANA
Recebi esse texto do meu querido irmão, Edmundo Figueiredo, que acordou um dia às seis da manhã inspirado e gerou essa poesia. E essa foto lindíssima, ao fundo a Serra da Tromba, acredito que ele tenha tirado lá na casinha do Guel.
MEGALOMANIA HÍDRICA
Era uma vez um rio,
Que, apesar de grande,
Sonhava, para seu brio,
Se tornar mais gigante.
E, olha só que desatino,
Cresceu muitas vezes, mil,
Peças pregadas pelo destino,
Virou represa o que era rio.
O povo, desconfiado,
Com as águas nas vargens,
Via aquelas cenas, admirado,
Estatelado em suas margens.
A água, subindo, devagar,
E alguns não acreditando,
Não querendo fraquejar,
Só puderam ver o resgate chegar.
E, no olhar do resgatado,
Um misto de medo e vazio,
Não se avalia em que estado,
Deixou seu coração, o rio.
Fortunas em terras se foram,
Tal qual areia entre os dedos,
Para fazendeiros que choram,
O que será do futuro, seu medo.
A cidade se quedou, empobrecida,
Era fila de pobres nas casas,
De gente que carecia de comida,
E ainda não tinham dali, batido asas.
E olha que não foi pouca gente não,
Que foi prá outras bandas,
Defender seu ganha-pão,
Levando consigo, saudades, nada brandas.
Mas o tempo das vacas magras,
Tinha seus dias contados,
Foi findando, aos poucos, nestas plagas,
Mesmo tendo tanto tempo durado.
E como não há mal que não se acabe,
Os bons tempos de fartura,
Ironia do destino, nunca se sabe,
Voltaram graças a represa, sua formosura.
E o mar de água doce,
Antes desgraça da cidade,
Virou a redenção que o rio trouxe,
Contrariando o início, a novidade.
Hoje não vivemos sem ela,
A riqueza é dela grande parte,
Pelo fato de ser tão bela,
E inspirar diversas artes.
E, no frigir dos ovos,
A saga deste rio aventureiro,
Virou, para todos os povos,
Gigante e de turismo, roteiro.