sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

QUEM É VOCÊ QUE ME VISITA?

Querido leitor e seguidor, mostre o seu rosto. Já recebi até agora 1937 visitas. Interaja com o blog, comente as matérias, envie sugestões, colaborações. Você está gostando? Eu estou aqui debruçada sobre as histórias da minha lembrança e os livros que registram a história real para entregar para vocês, com o maior prazer! Então, por favor
COMENTEM ou mande sua colaboração para cleisempsoares@gmail.com

Sou blogueira de outros blogs. Receberei com prazer as suas visitas. Vou criar uma coluna MISTURANDO OS BLOGS e vou trocar informações entre eles. Aguarde!
yogabemnascer.blogspot.com
bemnascer.blogspot.com
paesdesabedoria.blogspot.com
ceramicabrasileirarenatocoelho.blogspot.com

O TIO TONINHO - 1

Na foto, em pé Tio Toninho e ao lado: Jair e Joaquim José, na festa de 90 anos da vó Alice, na Fazenda Água Limpa.

Toninho Soares era irmão do meu pai Edmundo, filho da Dona Alice Figueiredo e Sebastião Soares. Pai do Jair Soares. Era uma peça rara! Daquelas que fizeram e quebraram a forma. Ele era de uma total espontaneidade e transparência! Sua história hoje vira lenda na família Soares. Em qualquer roda, história do Tio Toninho vêm à tona. Ele é personagem do meu livro - Hortênsia Paineira/Inventário das Águas, onde ganhou o nome de João Garavião.
Ele criou um urubu desde pequenininho. Ganhou o nome de Pepita. Segundo o Job Milton, "o Toninho tinha uma força hipnótica nos olhos, ele atraía os passarinhos em sua mão. A Pepita andava atrás dele, quando ele ia ao açougue pegar carniças. Ora voava baixinho perto dele, ora pousava em seus ombros. Quando estava de Fordinho, ela pousava na frente do carro. "

ARTEIRO QUE SÓ VENDO
Quando era pequeno, era um verdadeiro Malazartes. Vivia fazendo travessuras. Vovó Alice contava. Num carnaval, ele fantasiou todas as suas galinhas e soltou pela rua. Guardava bichos no armário mudo para jogar na perna das comadres que vinham da missa. Um dia, solene almoço de domingo, ele soltou morcegos, pois sabia que a vovó tinha pavor. Para a mamãe, que tinha medo de sapo, ele soltou um saco de rãs na cozinha da fazenda Água Limpa.
Minhas irmãs mais velhas presenciaram o tio Toninho nos bons tempos, quando andava pelos campos da fazenda ao lado da sua Maria. Ele levava os meninos para fazer a ceva. Iam para o meio do mato no final da tarde, construíam uma plataforma sobre a árvore e deixavam alimentos embaixo. A noite caía e os bichinhos silvestres iam chegando. Era preciso ficar quietinhos!
Tio Toninho era um menino. Ficava o dia inteiro amassando visgo para os passarinhos ou pão para a pescaria. Era "porco" e só pra chatear a vovó, limpava o dedo sujo no copo d´água e bebia. Ai, que nojo! Uma vez, queimei o dedo na goiabada quente, seguindo o irreverente gesto do meu tio.

CHEGOU A ALEGRIA!
Quando ele chegava na fazenda, primeiro chegava o seu grito, que varava a casa toda e levava a novidade, o Tio Toninho chegou e a noite virava baile. Ele chegava com a calça arregaçada e cantando - vem cá cintura fina, cintura de pilão, cintura de menina, vem cá meu coração...os camaradas do meu pai e as ajudantes da minha mãe vinham para a sala e dançavam o forró.
E ainda tinha o seu lado caridoso e desapegado. O Manézinho (da Kátia) lembra-se que um dia eles estavam pescando, o Mané era menino, tio Toninho enfiava a mão na água, quando tirou o seu relógio de "ouro" e deu para ele. E A vovó contava, se um mendigo pedisse esmola, ele tirava a blusa do corpo e dava.
Sobre a paixão pelas mulheres, é assunto para outro momento. Uma coisa ele foi, um pai presente para todos os filhos que teve, de várias mães.

IRREVERÊNCIA
Quando pegou o câncer na garganta, ainda brincava : estou cultivando um cancerzinho! Uma vez chegou na casa da Claudete (em frente a antiga SOC) no seu fusquinha. As pessoas chegaram e ele bateu na garganta, dando a entender que havia perdido a voz. Todos ficaram arrasados! Alguns choraram escondido. Ele entrou, pediu um papel e escreveu: quero mingau. Eles fizeram conforme ele gostava. Tomou e saiu. Já no fusca, gritou:
- Ô cambada de gente boba!
Outra história que mostra sua irreverência, minha tia Maria contou. Ele chegou à casa da vovó no dia de sexta feira santa, dizendo: - Comi um frango com quiabo esplêndido na viagem!
Vovó: mas, Toninho, hoje é sexta feira santa. No sábado, ele chegou e ela o convidou para comer um frango. - Não, obrigada mamãe, hoje estou de jejum.

VÊ SE PODE!
Quando Tio Toninho estava para morrer em São Paulo, Vó Alice foi à casa paroquial e pediu para o Padre Mário para confessar no lugar dele. Disse que sabia todos os seus pecados! Ao final, Pe. Mário foi à São Paulo e ouviu suas últimas palavras.


CASOS DO JOB - CURIOSIDADES


Política dos tempos antigos.~
Lá em Passos a briga era entre patos e perus.
Em Nova Rezende, era entre aranha e caranguejo.
E no Carmo, entre russo e japonês.

OS NOMES DAS RUAS

Vista parcial do Carmo, ainda com dois coretos. As árvores pequenininhas. Nenhum carro nas ruas. De fato, era pacata.
Olha aí o Cascalho, a igrejinha no pé da Serra da Tormenta. Hoje há ali uma pracinha, a igreja está restaurada e as casas se esparramaram ao redor.
A Wenceslau na década 60/70, ainda com a casa da da. Maria Goulart.
O Bar XV de todos nós ficava no final da rua XV de Novembro.

Rua do Sapo... rua Morta... os de hoje nem conhecem essa rua por esse nome. Nem eu sei o nome dessa rua. Descendo da praça a rua do Carmo Hotel, pega à esquerda. Aquela era a rua Morta. Ali uma mulher foi assassinada. E nuns tempos tão pacatos, assustada ficou a cidade. Isso matou a rua, naquele tempo. Andando mais adiante, passamos pela casa do Zé Ganguinha e andando um pouco mais chegamos ao fundo da casa do Padre Mário. Ali, nas madrugadas, ouvíamos uma ladainha comprida, um verdadeiro mantra cobria aquela rua, naqueles tempos. Era o nosso cego Sô Chiquitinho rezando. Íamos pegar o caminhão de leite do Armando para ir para a Fazenda Água Limpa, às quatro da manhã e aquela ladainha nos assustava.

Wenceslau, hoje rua de toda as festas e que agora no carnaval, vai bombar! O Aguenta (melhor de tudo para nossa geração) vai cobri-la com marchinhas. Lá em cima, na Pipoca, o axé, o funk, o que a moçada gosta. E no abadá (a roupa lá no Carmo virou nome de lugar) a nata. Haja $ para o abadá.

A propósito: quem foi Dr. Monte Razo? A rua em que vivi minha juventude. Onde ficava a hoje lendária para nossa geração, Casa da Nivalda.

A infância eu passei na rua Camilo Aschar. Mas naquela época, a rua se chamava XV de Novembro. O Camilo morava na esquina com sua mulher Elvira e duas filhas. Ele tinha uma venda. Era um homem muito educado! Ali moravam a Salete e o Marquinho, filhos da Dona Alcina e do Sr. Humberto. Dona Alcina era quem fazia todas as nossas roupas. Lá, tinha a barbearia do Roquinho. Nós ficávamos brincando na cadeira de rodar. Do outro lado, ficava o Sô Túlio, onde comprávamos picolé e lança perfume, quando ainda não era proibido, latas douradas e prateadas. Na frente, ficava sempre sentado, o Modesto. A criançada brincava: Modesto, cadê o resto? Só pra ver ele ficar zangado! Estacionada na frente, a jardineira do Batista. Quando eu passava por lá, tirava a trampa e cheirava a então cheirosa gasolina.

A Rua XV de Novembro fica atrás do Colégio das Freiras.

Ali também morava e ainda mora a Henriqueta. O Lourenço já partiu. Ele é um dos autores do hino do Carmo(o outro é o Job Milton) Ali, na casa deles, assistimos a primeira televisão de Carmo do Rio Claro. A Tupi, que chegava entre chuviscos para um monte de pessoas ao redor, vendo a novidade. Depois, papai comprou uma e aí pudemos assistir as primeiras novelas: A Gata. Se o Mar Contasse...

JUSTIÇA SEJA FEITA!

Comecei a falar de ruas porque acho que algumas pessoas merecem ter nome de rua em Carmo do Rio Claro.

Meu pai, Edmundo Figueiredo Soares, por exemplo. Foi um dos fundadores da cooperativa de leite de Carmo do Rio Claro,vicentino, vereador e presidente do GEC.

Minha mãe, Nivalda Pereira Soares, em sua humildade (se ela estivesse viva, não gostaria que eu fizesse esse pedido, mas ela partiu e precisa permanecer viva na memória de Carmo do Rio Claro). Foi uma benemérita. Ajudou a reabrir o Lar Nossa Sra. do Carmo - que ainda hoje funciona - foi vicentina e por vinte anos andou pelas ruas do Carmo com um papel na mão arrecadando dinheiro para o Natal das crianças pobres. Ao final, os presentes chegavam até à área rural. Foi também Ministra da Eucaristia.


MORREU A POESIA!

(a foto é do acervo do blog www.soudalaiacultura.blogspot.com)

A cidade de Alpinópolis chora um dos seus cidadãos mais ilustres. Em Ventania recentemente morreu a poesia. OMAR CABRAL KRAUSS. Faleceu em 13 de fevereiro de 2011, aos 83 anos. O prefeito Edinho do Osvaldo decretou luto oficial de três dias.

Eu o vi uma vez, foi numa feira no GEC, ele estava de boné xadrez e um charmoso cachecol e o achei muito bonito. Daquelas pessoas que passam e deixam rastros. Emanava uma aura, um magnetismo. Debruçada sobre o excepcional livro de Jose Eglair Lopes – “História da Ventania”, deparei com a história de Omar. Ele nasceu em Alpinópolis em 11/10/1927. Filho de Abrelino Cabral Krauss (Seu Bilico) e Dona Anna Gonçalves Krauss (Sinhaninha).

A cidade o premiou como cidadão honorário. Foi acadêmico da Academia Taguatinguense de Letras e músico da Ordem dos Músicos do Brasil. Fundou o Grupo de Teatro Krauss e 12”. Escreveu e publicou livros de poesias, romances, memórias, autobiografia, adaptações para teatro, contos, crônicas...É impressionante o peso da sua obra. Fiquei impactada! Eu, que sou escritora também. Como ele escreveu e desenvolveu projetos ano a ano e criou livremente por anos a fio! Como ele se deu pelas palavras. Quanto destemor... Quanta entrega! Quanto amor! Gerou 9 filhos. Entre eles, a nossa querida Naina, filha da carmelitana, Maria Cesarina Paiva Krauss.

SUA OBRA

Rua Coronel Rosendo – 1983 – memória

Barulho do Silêncio – 1984 – conto e crônica

Lê com Lê... Clé com Clé – 1985 – tragicomédia

Retalhos D´Alma- 1985 – poesia e conto

Dona Rita Viúva Ladina – 1985 – melodrama

O livro do Padre Vicente – 1989 – memória

Nova Rezende “1937” – 1989 – memória

Trovas da Latinidade – 1989 – antologia (participou com 1 poesia)

Sonata a 4 mãos – 1992 – coautoria com sua esposa, Maria Helena – conto e crônica

A Flor dos Cafezais – 1990 – romance

Vida minha em livro aberto – 1991 – poesia

Circo pavilhão felicidade e entrevista – 1991 – memória

Poemas em letras vivas – 1993 – poesia

Íris, a sobrevivente – 1995 – romance

Padre Aníbal – 1995 – poesia

Brados de Amizade – 1996 – poesia

Rosa dos Ventos, Rosa dos Ventos – 1996 – antologia (com dois poemas)

Pequena História da Paróquia de São Sebastião da Ventania – 1996 (colaborador)

Recheios do Meu Balaio – 1998 – autobiografia com poesia

Florilégio dos meus poemas – 1998 – teatro bíblico

A voz das Letras – 1999 – poesia

Feliz andarilho – 1999 – poesia

Divina Júlia – 1999 – adaptação para teatro de um conto de Danielle Queiróz

Antologia Romântica – 1999 – antologia (participação com poesia)

Versos a Diversos – 2000 – poesia

Em 2001 e 2003:

A Morte do Justo – adaptação para teatro

Desejos de Felicidade – poesia

Segredos da Ventania – memória


Poltrona 4 – conto

Poltrona 4 era a poltrona do ônibus da Santa Cruz que o levava diariamente para Passos, onde Omar fazia academia. Enquanto olhava a paisagem e conversava com os outros do ônibus, fazia tudo virar literatura. A poltrona 4 era reservada para um jovem ancião – Omar. Morreu um menestrel. Com certeza o céu se encherá de poesia!

O blog www.soudalaiacultural.blogspot.com publicou esse artigo de Omar Krauss:

Antes que o Mundo acabe

Um dia eu vou morrer. Vou. O Mundo com suas coisas maravilhosas, o firmamento azul que chamamos de céu, as verdes matas, o mar, os rios, os córregos, os prédios...tudo irá ficar para trás.
Das coisas que irão ficar, as mais importantes são os animais.
No meio dos animais ficarão homens amigos, mulheres amigas, crianças amigas. Sempre foi assim com os outros que deixaram o Mundo nosso, então, vai aí minha confissão:
Quando eu era criança, para mim, nada melhor do que o Circo. No Catecismo do Padre Vicente, da Anita, da Antoninha, da Tia Olegário, minha catequista amada, da Samira, da Ruth, aprendi que nós viemos ao Mundo para conhecer, amar e servir a Deus e gozar d’Ele lá no céu. Que beleza! Eu com 7 anos pensava que era fácil ir para céu, um paraíso lindo, lugar dos bons, eternamente. Esse eternamente, não dá para ninguém compreender. É mistério!
E, um dos meus mistérios é a bondade do céu.
Veja se me entende, caro leitor.Eu amava Circo, nada melhor do que Circo, isso, não só quando criança, mas até hoje vibro com Circo, ainda amo: a entrada solene ao Circo, bancada ou cadeira, a entrega ao porteiro fardado, do bilhete amarelo ou verde, chamado ingresso, o cheiro do quentão, da pipoca, a bandeja de pirulito de várias cores...uma olhadela ao longe, para ver que estava ali para assistir “O céu uniu dois corações”, a Terezinha rola-rola, o palhaço “Bigola, meu nêgo”!...ou Chupim, ou ainda o Bambolim e o Cherêta, a voz impostada do Diretor: “Respeitável público, o meu cordial boa noite!” Ah, como é bom o Circo! É uma saudade...dor gostosa!...
Bem, e o Céu? Claro que o lugar que nos está preparado por Deus, sua bondade é única, inigualável!
Permita-me concluir a minha confissão:
Por mais que eu leia, por mais que eu saiba o absurdo do meu pensamento, sem censura nenhuma, sem medo de crítica, pois cada pessoa tem o seu Céu na imaginação. Como é o seu Céu???
O meu é um Circo, com lona, bancada de tábua, picadeiro de palha de arroz, no palco, uma cortina de chitão de estampas vivas com iluminação elétrica muito forte, o povo, com roupas normais; não vejo alminhas de fumaça, não.
Muita gente da Ventania, de outros lugares também, mas não está lotado e há silêncio e expectativa.
Toca uma sineta e começa um desfile nos chamados santos; muitos Anjos; em seguida, atravessa a picadeiro, uma senhora linda, vestida de branco e azul. Minha tia me cutuca e diz baixinho, aquela é a Nossa Senhora, a Maria, ela abana a mão direita e o povo bate palmas. O silêncio fica profundo e uma música suave; o meu corpo arrepia. É Jesus, o Salvador. Que beleza! O povo canta o Tantum ergo, o tão sublime Sacramento! Bate um cheiro de incenso. A cortina do palco se abre e ali dentro, no palco, Deus Pai e Deus Espírito Santo, juntamente com o Cristo, os três salientando a Trindade Santíssima, abençoa o povo que está ajoelhado, contrito e muito feliz.
Meus Deus! Se for assim, será assim. Acho pensar que o Céu, para onde quero ir, é como meu Circo dos meus tempos de criança pura!
Sempre tive vontade de deixar escrito essa minha...inocência.
Não penso estar escandalizando meu leitor. Por mais que eu queira criar outra imaginação, não consigo.
Por enquanto, fico pensando assim, “Antes que o Mundo acabe”.
Tomara que a Misericórdia de Deus me conceda o Céu como ele é: Resplendores de Luz, Perpétua!

Fonte: Dener Moreira de Souza

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JUVENTUDE UNIDA CARMELITANA

Olha a a turma da JUC, na casa do Dito: Bel, Terezinha, a irmã Veroneze, o Dito, Cléa, Isabel Vitória, Tereza, Magno, Rodinha, Graci... Na frente, o nosso saudoso Plínio.

CASA DA NIVALDA - quem viveu não esquece!


Esta cozinha era animada, frequentada por todas as turmas das filhas da Nivalda. Ali, havia sempre um cafezinho na garrafa - melhor chamando um chafé, fraquinho - para todas as visitas. A porta não fechava, era só entrar, atravessar aqueles corredores todos e chegar na cozinha. Esse fogão de lenha ficava lá. Na foto: a Maria Flávia, eu, a Edna, Licinha, Maria do Carmo Soares e a Cláudia.

Na porta, as cadeiras do alpendre, que já acolheram tantos! A mesma turma da cozinha, nas super mini-saias e o nosso saudoso Tony. Quando todo o movimento acabava no Bar XV, a turma ia para o alpendre da Casa da Nivalda e varávamos a madrugada comendo pipoca, conversando e rindo...
Quando íamos dormir, acordávamos com um toque de um violão e uma música: não me canso de falar que te amo e que ninguém vai tirar você de mim...As serenatas do Diô. Tanto vivemos naquele alpendre. Se você tem histórias, mande para o blog.
Se as paredes falassem!

MÚSICA, MAESTRO!



Toninha ( com seu irmão e prima) e Joaquim José em Baile do Gec da rua Dr. Monte Razo.

A Franfarra continua viva!!!


Na década de 70, ficou muito comum os trios e quartetos -inspiração no Quarteto em Ci, MPB4. Em Carmo do Rio Claro de então, tinha o conjunto Ases do Ritmo, que abrilhantava os bailes e o CRC Ritmos. O Job se lembra muito bem, pois fazia parte. Segundo ele, os outros componentes eram: Heraldo, Airton Peres, Da Silva (cantor) e Lelé. Eles tocavam na cidade e arredores. As meninas do Dininho, Mirian e Cide se uniram à Edna (da Ventania) e também fizeram sucesso com o MEC Trio. Elas se apresentaram várias vezes no Cine Guarani.
Nas décadas de 40/50, Tetelo tinha uma banda - a Carolina Jazz.

O Carmo - segundo o Job Milton - já teve uma época três bandas de música, uma delas se chamava Corporação Musical Nossa Senhora do Carmo. Citou essa frase (vou xecar de quem é): "cidade que não tem banda, nem quero passar perto".
Alguém sabe informar se o Carmo tem banda de música, atualmente?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PELA REABERTURA DO BAR XV!


Na foto: Helena, Salete, Cecilia, Kátia e Áurea
Lancei no Facebook essa campanha, saudadosista ao extremo e muito esperançosa. Quem sabe agora que as nossas Chiquita e Helena não estão na boite, possam nos abrigar em seu abraço. O XV é de matar de saudades! A gente era cliente e era amigo. Todos viviam dentro do bar, trocando os discos, comendo amendoin. Além das duas, a Marly, um trio e tanto! Entre elas, o Jé, botando respeito na casa. Beijos mais acolorados e o Jé já os cortava batendo firme as garrafas sobre a mesa. Tem o XV meu, o XV seu, o XV de todos nós. Só quem viveu o XV pode compreender.
Cartazes de cinema nas paredes, luz negra e as melhores músicas, aliás, o último lançamento. Sempre havia um long play ou um compacto para animar nossos amores, nossas festas. Basta ouvir algumas músicas e pra lá, mesmo agora, nos transportamos.
... não se esqueça de mim, não se esqueça de mim,
não desapareça..de chuva suor e cerveja. Antes do baile, no carnaval, o XV.
Raul Seixas cantava Oro de Tôlo, os Novos Baianos bombavam... De vez em quando entro no Yotube e ouço Yelow River, Mother, Bee J Thomas, Beatles, Credence...

As férias de julho terminaram. Ainda por cima, vinha agosto, agosto de ventos uivantes e mulas sem cabeça. Iam embora nossos amigos, que vieram do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e animaram e muito as ruas do Carmo. Que tristeza!
Se me procurassem, me achariam no Bar XV, chorando sobre uma mesa, ouvindo "have you ever see the rain", tomando fanta e comendo amendoin.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM PÓSTUMA!


Nunca mais veremos o fuska marron do Otair cortar as ruas do Carmo. Parecia até que o Altair estaria sempre ali. Ele atravessou a vida no seu fusquinha e numa tranquilidade... Agora, resta-me levar ele e seu fuska para a minha literatura.
Deixo aqui registrado os meus sentimentos também pela morte do Ralê. Lembro-me dele na década de 70, quando todos os dias eu e a Codô (que ficava hospedada em casa) filava um semidão do Ralê. Ele sempre disponível, extremamente simpático e muito amigo, nunca nos negou o cigarrinho da madrugada.
Que Deus os receba no andar de cima!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

QUEM FUNDOU A TURMA DO AGUENTA?

(O Joaquim José - que faz parte da bateria - e o Otávio, seu filho -o presente e o futuro do Aguenta)

JUSTIÇA SEJA FEITA!

A turma se reunia na casa do Miro para o batuque, comandado pelo nosso querido Maurício - carioca, marido da carmelitana Norinha. Um sangue carioca correu naqueles dias no Carmo pela primeira vez. Ele fez todos os hinos - Nós somos da Turma do Aguenta, vamos subir à Serra da Tormenta, vamos rapaziada, essa serra é uma parada. Caso você não aguentar, peça à padroeira para te ajudar...Eu estava lá quando Aguenta foi fundado. Desde então, sou do Aguenta. Subo no palanque - aparecida! - levanto a bandeira e danço, até de olho fechado, de tanto que gosto das marchinhas.

No carnaval do ano retrasado, Maurício passou todinho na janela do Miro. Eu, lá em cima, quando tocava os hinos do aguenta, mandava beijinhos para ele, lá do palanque. A grande maioria dos foliões que passava na avenida, cantando as marchinhas - esse ano vou sair de urubu, a grana ficou curta eu vou acabar saindo nu... não sabia que estava ali um dos homens responsáveis pela preservação dessa cultura das marchinhas em Carmo do Rio Claro. Minha filha pequena ficava - mãe, que vergonha, você fica aí em cima que nem uma miss mandando beijinhos. Ela também não sabia o que estava se passando.

Quero parabenizar aqui a família do Miro - tão queridos! - pela constância na guarda da Turma do Aguenta, ao Paulinho, nosso grande cantador, ao meu primo Ricardo - que anda ajudando e muito com o seu gogó - e a todos os instrumentistas que enchem a praça de acordes e os nossos corações de saudades.
Pensa bem, se não fosse o Aguenta, teríamos perdido o carnaval do Carmo depois que saiu do clube - assunto para outros artigo . que saudades dos carnavais do clube. Parabéns ao Maurício e a Norinha e a todos que compõem a bateria do Aguenta.
Faço uma pergunta: O carnaval do Carmo desse ano será solidário? É um achado um carnaval que, ao mesmo tempo que você brinca, ainda doa para as instituições. Muita boa a idéia de se comprar os ingressos nos supermercados e ser convertido em alimentos para a APAE, LAR etc.

E, PELO AMOR DE DEUS, PREFEITA, não terceirize o carnaval com aquela empresa do ano passado, onde o respeito de ir e vir foi muitas vezes desrespeitado. Eu resolvi sair um pouco, ir à casa do meu irmão, usar o banheiro - para evitar os químicos - e fui informada que não podia voltar. É o fim da picada! Que passem uma pulseirinha, carimbem o braço, mas quero andar à vontade. Sair dali, namorar na praça, comer macarrão em outro lugar e voltar, se quiser...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ai que saudades do CINE GUARANI

Ao final da tarde, o Carmo era envolvido numa melodiosa música. É a única cidade do mundo que, às seis da tarde, junto com o sino da matriz, ouvia-se ... quando amanhece o dia no meu rincão. Era o prefixo do filme. Era o Cine Guarani avisando que a sessão do cinema ia começar. Faroestes, Giuliano Gemma, Dio Come Ti Amo. Muitos tiveram ali momentos de amor, se abraçaram no "reservado" ou pegaram timidamente nas mãos. Ali também, Os Álamos faziam seus shows, assim como a Silvinha e o Sérgio Reis.
Quem já assistiu o filme Cinema Paradiso? Qualquer semelhança com o Cine Guarani é mera coincidência. A fita mostra que um dia acabou a força na cidadezinha italiana, então, o dono do cinema foi lá na frente e contou o final do filme. Isso aconteceu aqui no nosso Guarani, com o Tãozinho relatando o final da história.
Quando a gente era novinha, brincávamos: quem quer casar com um rapaz loiro, de olhos azuis e que trabalha no cinema? Era o filho do Nenê do Eustáquio...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ARRASOU!

Olha que maravilha essa foto do César Marinho. Os passarinhos estão formando um oito, o símbolo do infinito.

A LUA CHEIA MAIS LINDA QUE O CARMO JÁ VIU!





(Olha aí na frente a antiga rodoviária, onde funcionou por muito tempo a UEC)

Uma chuva torrencial castigou Carmo do Rio Claro, na década de 60/70. Varreu 0 Carmo com tal fúria, que derrubou a lona do Circo do Bigola. Em casa, abrimos a Bíblia no Apocalipse e queimamos palha benta e clamamos por Santa Bárbara e por São Jerônimo. Nesta mesma noite, morreu um santinho, o filho de uma velhinha, vizinha do Job Milton. Fomos lá e vimos um lamento triste, um ai que varou a madrugada. Uma das paredes da mesma casa,também caiu naquela noite. Depois daquela chuva, onde, claro, apagou a amarela luz da Companhia de Eletricidade, surgiu uma fantástica e maravilhosa lua cheia. Todos saíram às ruas para ver os estragos e para vislumbrar a lua. O Globo da Morte, onde a Ivonete subia e descia com sua moto, vestida de roupa estrelada, estava à mostra, depois da ventania que levou a lona.
Carmo do Rio Claro daquela época lembra-me as cidades medievais. Recebíamos a visita de circos mambembes, ciganos e leprosos. Ai, como temíamos os pobres leprosos que pediam, esporadicamente, às nossas portas. Os ciganos encantavam. Faziam nós, mocinhas desavisadas, correr lá na Rua do Porto para ler as mãos. As ciganas sempre acertavam. Diziam que havia um louro na minha vida e também um moreno. É lógico que acertava. Boa era a aventura de entrar entre as barracas e espichar o olho para dentro daquela vida de cores, de saias rodadas e homens de dente de ouro no sorriso.
Também me lembro do circo Lesco Lesco. Dos teatros, dos pontos que ditavam as falas. Dos corações perfurados, das mães magoadas e das donzelas sofridas. Teve um deles que tinha um conjunto. Qualquer novidade no Carmo daqueles dias, nos atraía. Frequentávamos o circo diariamente para ver o moço do conjunto. Mas, no final, ele namorou outra, a moça mais bonita e rica da cidade.
E tinha ainda os parquinhos "fuleros" com suas canoas. Que delícia puxar aquela corda e voar lá no alto!

Publico aqui na capa o comentário do Diô. Eu realmente não sabia destas informações e agradeço ao meu amigo por sua participação:

"Esse Lesco Lesco é o pai da dupla sertaneja Edson e Hudson. Eles moraram mais de ano aqui no Carmo juntamente com a dupla Cascatinha e Inhana, que aliás seu violão ficou no Carmo, comprado pelo Joel dos Santos, o Lelé".


sábado, 5 de fevereiro de 2011

MUITO ESTRANHO!

O meu amigo, Dionisio Reis, o Diô, mandou uma informação mega interessante. Transmito a vocês.
Numerólogos de plantão, o que acham disto?

Este ano vamos experimentar quatro datas incomum .... 1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11 e tem mais!!! Agora vão descobrir, pegue os últimos 2 dígitos do ano em que nasceu mais a idade que você vai ter este ano e será igual a 111 para todos!

ALGUEM EXPLICA ?