Parece que é mesmo da idade, o Coró, filho do Tãozinho, também está matutando o tempo, como eu na próxima postagem. Ele posa no face, eu trago para cá. Tenho insistido para ele registrar em livro os seus escritos. Segue a postagem de hoje no facebook.
"Rumo ao ocaso da vida, vamos decompondo nossas características.
Outro dia fui visitar um amigo que está enfrentando um decadência física severa e as palavras abaixo me vieram à mente e eu as transcrevo aqui. Além disso, esta visita me lembrou três fatos que tem um pouco a ver com isto tudo e que também relato abaixo:
1. O Norzinho (Honor de Castro) foi um grande amigo durante muitos anos. Tínhamos afinidades apesar da grande diferença de idade. Ele sempre dizia que quando fizesse oitenta anos voltaria a fumar. Fez 80 anos, voltou a fumar e o cigarro logo o levou. Adormeceu um dia e não acordou. Não precisou enfrentar enfermeiros, camas de hospitais e nem a decrepitude.
O Norzinho, o Tãozinho (pai do Coró) e (quem sabe o nome?) |
2. O Angelo Pereira me contou uma história há alguns anos sobre os judeus nos campos de concentração. Segundo ele, em uma experiência, durante algum tempo era oferecido a eles comida ou cigarro. Os alemães sabiam quando os judeus perdiam a esperança quando optavam pelo cigarro.
Aí está o meu amigo Coró. |
3. O Tarcisinho (Peres) postou no FB que eu sou um bom escritor. Eu tenho certeza que não, rsrsrsrs, mas tenho vontade de escrever e escrevo. Por isto estou aqui escrevendo isto tudo...
A vida e o tempo são para sempre,
Mas como é triste o entardecer
E como são tristes os ocasos
E melancólico o empalidecer.
Como é lastimável o emudecer
E lamentável o endoidecer.
Lúgubre o ensandecer
E deplorável o padecer.
Como é pesaroso o desacontecer
E funesto o desalvorecer.
Ah, como é aflito o amarelecer
E como é patético o anoitecer.
Que sonhos, que vida, quimera.
É infrutífero entorpecer, que merda.
Melhor, desvanecer, desfalecer, envelhecer,
adormecer.
Melhor partir...
Coró"
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