Em 5 de novembro de 1877,
por meio da Lei nº 2416, Carmo do Rio Claro se tornou cidade. Hoje comemora 139
anos. Mas os primeiros habitantes chegaram no século XVIII. Reproduzo aqui
informações postadas no site da prefeitura da cidade, com informações
interessantes.
“A
história de Carmo do Rio Claro começa a ser traçada em meados do século XVIII.
Os primeiros habitantes das terras ao redor da Serra da Tormenta foram os
índios caiapós e alguns negros alforriados que montaram seus quilombos. Próximo
à serra descia um rio de água límpida e cristalina, batizado pelos índios de
Jeticaí. A origem do nome é resultado da invocação à Nossa Senhora do Monte
Carmelo, vinculado à ordem dos carmelitas. Rio Claro é fruto do rio que corria
rente a Serra da Tormenta e desaguava no rio Sapucaí.
Rio Sapucaí, foto tirada do Itacy. |
O arraial
de Nossa Senhora do Monte Carmo começou a se estruturar na segunda metade do
século XVIII, com aproximadamente 500 habitantes, uma mistura de brancos,
negros e índios. Em 1770, uma capela foi erguida às margens do rio Sapucaí em
homenagem ao Senhor Bom Jesus do Itacy.”
Por volta
de 1780, tem-se o primeiro registro de padre no arraial: João Manuel de
Carvalho. Em 1809, com uma população de mais mil habitantes o arraial tornou-se
distrito. A capela ficou agregada à Matriz de Nossa Senhora da Assunção de Cabo
Verde, nessa época o distrito pertencia à província de São Paulo. O vilarejo
começou a se desenvolver com a chegada de pessoas vindas da região das minas,
como São João Del Rei, conhecidas como entrantes. No início, eles estavam
apenas de passagem, mas alguns resolveram se fixar, formar fazendas e trazer as
famílias, o que transformou a cultura de subsistência daquele povo em cultivos
destinado ao mercado, com o objetivo de acumular riquezas. A produção das
lavouras e da pecuária só era possível através da mão de obra escrava, o que
originou as senzalas nas fazendas.
Para estabelecer a ordem e organização do
distrito, bem como realizar demarcações de terras, criou-se um juizado de paz e
um distrito policial. Conforme registros, em 1830, ambos os cargos haviam sido
ocupados pelo vigário da igreja, João Martins. Com a lei, criaram-se regras,
denominadas de Posturas, principalmente no que se referia a demarcação de
terras, conservação das estradas e a produção agropecuária.
Em 1837
foi realizado um censo no arraial que obteve os seguintes resultados: população
de 1.285 habitantes, sendo que um terço eram escravos.
A
tradição do artesanato em Carmo do Rio Claro teve origem na segunda metade do
século XVIII, com os escravos, que plantavam e colhiam o algodão com a
finalidade de usar os fios para tecer. O tear era uma peça comum a quase todas
as casas da época. Não só os escravos teciam, a tecelagem era praticada por
todos da família, era uma prática familiar e doméstica. Até 1848, o arraial do
Carmo pertenceu à Vila de São Carlos do Jacuí. Dois anos mais tarde, o arraial
foi transferido para a Vila Formosa do Senhor dos Passos, o que fez com que
todas as decisões administrativas referentes ao arraial dependessem de Passos.
No final do século XIX, já havia água canalizada, a economia agropecuária se
fortalecia, o comércio crescia e aumentava também o número de pessoas
alfabetizadas.
Por esses
motivos, e, pela a estrutura e organização que apresentava, em outubro de 1875,
o arraial carmelitano torna-se Vila, e o primeiro prefeito empossado foi José
Balbino da Silva. No dia 19 de julho de 1877, durante a sessão da Câmara, o
vereador Dias, indicou que se fizesse uma representação ao Presidente da
Província solicitando à elevação da Vila para a categoria de cidade. Quatro
meses depois, no dia cinco de novembro de 1877, a Assembléia aprovou a lei
número 2.416, transformando a vila na cidade de Carmo do Rio Claro.
Visite o site da prefeitura: www.carmodorioclaro.mg.gov.b
Visite o site da prefeitura: www.carmodorioclaro.mg.gov.b
Nenhum comentário:
Postar um comentário