sábado, 22 de setembro de 2012

UM BOM COMBATE

No Cine Palladium, dia 20 de setembro

Na última quinta feira, a ong Bem Nascer, da qual sou fundadora e presidente, exibiu em Belo Horizonte o filme "Liberdade para Nascer", que foi feito em apoio à parteira Ágnes Geréb, da Hungria, que se encontra em prisão domiciliar pelo fato de assistir a partos em casa. Já assistiu a mais de 4 mil partos. Num dos poucos que deu problemas, ela viu que precisaria de um atendimento hospitalar, chamou a ambulância, que veio junto com a polícia. Nesta ocasião, ficou dois anos presa. As mulheres assistidas pela parteira cantavam à porta da prisão. 

Uma destas mulheres resolveu ir à Corte Internacional dos Direitos Humanos, lutando pelo direito de parir no lugar que quisesse. Tinha tido um primeiro filho com Ágnes e estava grávida do segundo. Queria um parto domiciliar. Conquistou o direito para todas as européias, que a partir de agora, podem entrar na justiça com amparo legal, no caso de serem desrespeitadas em seus direitos no trabalho de parto.

Este documentário traz a voz de dezenas de profissionais - obstetras, parteiras, enfermeiras - e mães e é muito emocionante. Elas clamam por uma Revolução das Mães. O grito ecoou em nós, militantes do movimento pela humanização da assistência ao nascimento e acendeu em nós, ainda mais, a vontade de ir para o front de batalha e combater este bom combate. Lutar para resgatar o parto para as mulheres. 

Foi um momento único. Reunidos os grupos que trabalham pela humanização dos processos de parto: ong Bem Nascer, Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Enfermagem da PUC Minas, Hospital Sofia Feldman, Grupo Isthar de mulheres, enfermeiras da ABENFO (Associação Bras.de Enfermagem Obstétrica) e mulheres.

Tenho outros blogs - bemnascer.org.br - yogabemnascer.blogspot.com - onde estes assuntos são veiculados. Publiquei aqui neste blog, uma porque sou carmelitana, então sou notícia aqui. Outra, que gostaria de levar esta discussão até o Carmo, para que também os profissionais da assistência revejam seus processos e protocolos e vejam que um movimento nacional e internacional está acontecendo, aqui no Brasil, inclusive com o apoio do Ministério da Saúde, no programa Rede Cegonha.

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