Tom Figueiredo era publicitário e escritor. Ficou famoso na década de 1980 quando ganhou prêmio internacional com a propaganda do cotonete. Era filho do Coronel Job Figueiredo, irmão da Vó Alice, fundador da Hípica de Campinas, onde também é nome de rua.
Tom Figueiredo chegou para nós, em Carmo do Rio Claro, nos últimos dois anos de vida. Passou a frequentar o Carmo e as rodas de família. Era espirituoso e excelente contador de casos. Em um carnaval, frequentamos o Bar do Caruncho, todos os sobrinhos, primos se reuniam em volta do Tom, rendia boas risadas. Depois, diria que foi o melhor carnaval da sua vida. Um dos reveillion melhores da família também contou com sua presença. Foi realizado na cozinha, onde uma placa dizia: e a sala nem fez falta! Naquele mesão, ouvimos o Tom cantar em capela, contar altos casos, aliás, amanheceu conversando com o Tião da Lola e a Maísa. Uma noite inesquecível.
Ontem, o face anunciou seu aniversário. E muitos amigos o saudaram e disseram das suas saudades. Aqui, manifesto as minhas para o conhecido GaTom, este lindo jovem de olhos azuis.
Neste anos, trocamos contos e poesias. Enviei a ele o Hortênsia Paineira - Inventário das Águas, que será publicado no próximo ano. Veja o que me respondeu:
Querida prima:
Eis que termino, náufrago nas águas de Furnas, o seu magnífico
Hortênsia Paineira.
Se as emoções contam, posso dizer que passei por todas, com
destaque para a urdida melancolia de seu texto, ainda que o fecho
seja impregnado de humor.
Prometo para breve considerações talvez consistentes, talvez não,
como sempre ocorre.
Nesse momento estou apenas transmitindo o impacto que a sua
fabulação teve sobre mim, com o relicário da incrível saga dos
Paineiras, cujo sangue (destemperado!) corre também em minhas veias.
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