quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VEIA LUSITANA!



Nessa coluna quero homenagear meus antepassados portugueses que me legaram - e a meus irmãos - a veia poética, o dom para as palavras. Meus tios João, Antônio, Nilton e a prima Rosalda - que fizeram poesias pela vida. Os Pereiras. Mas essa veia poética vem também da minha avó Alice Figueiredo que escrevia com facilidade. Quando perguntavam para ela, como é que você escreve assim fluentemente. Ela respondia: é fácil, é só escrever o que você for pensando. Mas para isso é preciso pensar poesia. Meu irmão Edmundo Figueiredo Soares Júnior, para alguns Edmundinho, para os sobrinhos, Tio Ed, também tem palavras poéticas percorrendo as suas veias. Hoje, o espaço é dele:

MEDIANIDADE DESCARTADA OU DESCARTES REVISITADO

Sonho... logo desisto.

Desisto da mediocridade de uma vida de certezas.

Resisto ao apelo fácil do óbvio.

Insisto na invenção do único.

Dispo-me da ilusão do cômodo.

Invisto na descoberta do atípico.

Arrisco viver para experimentar.

Petisco os sabores que a vida tem a oferecer.

Cisco o que a vida teima em esconder.

Belisco cada braço de caminho a fazer.

Risco a hipocrisia que insiste em se fazer valer.

Lixo-me para opiniões que não tem nada a ver.

Portanto, hoje, vivo, logo existo.

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