quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
"Face" a Face
"Há 4 anos atrás eu não sabia que seria possível existir um amor tão verdadeiro e incondicional por uma pessoa tao pequenininha e frágil como vc minha Marianinha!
Te amo mais e mais a cada dia que passa, isto é, se esse coração babão da tia e madrinha aqui puder encher mais!
Parabéns meu amor! Quero continuar vendo seu sorriso nesse rostinho tão pequeno e lindo a cada crescimento!
Com amor, Tia Cacá ♥" (Texto de Camila, postado no Face.
Benedito Figueiredo Pereira, filho da Tia Lourdes e do Tio Milton, com sua linda filha, Camila. |
A netinha, Marianinha. |
PARABÉNS!
Esta é a placa da escola de inglês da Fatinha e Cláudia, em Jundiaí. |
Carla Soares, em paisagens de Jundiaí. |
Edu, companheiro da Vera com um dos cachorrinhos da Fatinha. |
Tim! Tim! PARABÉNS PRA VOCÊ! NESTA DATA QUERIDA! MUITAS FELICIDADES! MUITOS ANOS DE VIDA! |
domingo, 27 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Nossos "loucos"
O texto é da minha irmã, Fatinha, muito bom. Os "loucos" era naturalmente acolhidos pela cidade. Em minha casa, então...
DR. MONTE RAZO 55
DR. MONTE RAZO 55
BELINHA este era seu nome, diziam que havia sido bela, quando moça a mais bela.
Quando
a via agachada junto a um poste com seu surrado casaco que lhe cobria
todo o corpo, lembrava-me sempre que havia sido bela, talvez por isto o
nome Belinha.
Mas era o mistério que me ligava a ela. Para mim Belinha era alguém que planava sobre cidade, não morava, não comia e com certeza mijava debaixo daquele casaco. Sua voz nunca ouvi, seu cabelo, me lembro de um castanho liso talvez enrolado em um coque, acocorada sempre com o olhar perdido em um tempo qualquer.
Quando deixou de ser bela? Não sei.
Misteriosa belinha que até hoje povoa o meu imaginário, procurei respostas? Nunca. Belinha não tinha respostas, os mistérios são assim. Medo, curiosidade, fascinação rodeavam Belinha acocorada junto ao poste.
Volto da escola faminta, entro em casa, ainda sinto o frescor das tábuas de madeira, a liberdade daquele labirinto de esquerdas e direitas para se chegar à cozinha. Passo pela sala de mesa e cadeiras pintadas de verde, atravesso a porta da cozinha, e lá esta ela, acocorada em um canto , encostada a parede sobre o brilho do piso de vermelhão.
Meu Deus, o mistério entrou pela minha porta, sentou-se no meu chão, absorve o cheiro da comida da Elisa e aguarda o que instintivamente já sabia, um prato de comida lhe seria servido. Sem perguntas, sem interrogações, sem respostas. E assim se sucedeu, Belinha comeu e partiu no seu silêncio coberto pelo seu casaco de lã.
Voltaria muitas vezes, dividiríamos com ela nossa comida, comeríamos observando-a com um sentimento no coração que só Belinha despertava. Que só as belas despertam.
O Carmo de minha infância era assim, povoado por figuras que no meu entender de garota, não pertenciam a este mundo, hoje vejo que pertenciam sim, pertenciam ao mundo daquela Carmo do Rio Claro.
O Delegado, o Bráz, Seu Chiquinho, o cego, que morava no fundo da casa paroquial.
Seu Chiquinho, assim como Belinha, aparecia para almoçar.
Mas era o mistério que me ligava a ela. Para mim Belinha era alguém que planava sobre cidade, não morava, não comia e com certeza mijava debaixo daquele casaco. Sua voz nunca ouvi, seu cabelo, me lembro de um castanho liso talvez enrolado em um coque, acocorada sempre com o olhar perdido em um tempo qualquer.
Quando deixou de ser bela? Não sei.
Misteriosa belinha que até hoje povoa o meu imaginário, procurei respostas? Nunca. Belinha não tinha respostas, os mistérios são assim. Medo, curiosidade, fascinação rodeavam Belinha acocorada junto ao poste.
Volto da escola faminta, entro em casa, ainda sinto o frescor das tábuas de madeira, a liberdade daquele labirinto de esquerdas e direitas para se chegar à cozinha. Passo pela sala de mesa e cadeiras pintadas de verde, atravesso a porta da cozinha, e lá esta ela, acocorada em um canto , encostada a parede sobre o brilho do piso de vermelhão.
Meu Deus, o mistério entrou pela minha porta, sentou-se no meu chão, absorve o cheiro da comida da Elisa e aguarda o que instintivamente já sabia, um prato de comida lhe seria servido. Sem perguntas, sem interrogações, sem respostas. E assim se sucedeu, Belinha comeu e partiu no seu silêncio coberto pelo seu casaco de lã.
Voltaria muitas vezes, dividiríamos com ela nossa comida, comeríamos observando-a com um sentimento no coração que só Belinha despertava. Que só as belas despertam.
O Carmo de minha infância era assim, povoado por figuras que no meu entender de garota, não pertenciam a este mundo, hoje vejo que pertenciam sim, pertenciam ao mundo daquela Carmo do Rio Claro.
O Delegado, o Bráz, Seu Chiquinho, o cego, que morava no fundo da casa paroquial.
Seu Chiquinho, assim como Belinha, aparecia para almoçar.
Dele me lembro da voz, forte e também da um pedaço de pau que lhe servia de bengala. Mas seu Chiquinho não era Belinha, menos misterioso, endereço fixo, respeitado, podia frequentar as casas de família. Exigente, dia de almoço de seu Chiquinho, a comida tinha que ser especial, não gostava de ser recebido sem certa pompa. Pompa que naquele tempo significavam macarrão e frango, comida de domingo, de visita importante.
O Delegado também teve sua passagem, de novo voltando da escola, lá o encontro, dormindo no sofá da minha casa, se recuperando de mais uma de suas bebedeiras.Lembreo-me também de uma negra alta e esguia que morava perto da igrejinha de Nosso Senhor dos Passos, um dia quente de muito sol, fui impossibilitada de entrar em casa pois ela estava caída na porta num sono profundo, disseram que havia bebido. (a Lúcia)
Geralda, odiada pela minha cadela Pit, não Bull, vira lata mesmo. Ia tomar seu caneco de leite todos os dias, e uma vez teve um ataque epilético na sala. Já havia visto outros na rua. Dava-me um pouco de nojo, não maior que a curiosidade por este mundo habitado por pessoas tão impressionantemente fascinantes.
O que levava estas pessoas a entrarem em minha casa, será o fato de estar em uma rua perto da praça, perto da igreja, será o fato de sua porta estar sempre aberta?
O que pensou Belinha quando sentiu fome e escolheu aquela casa para entrar e nenhuma outra da rua? Que fascínio esta casa exerceu sobre o delegado para que se sentisse tão a vontade a ponto de dormir no sofá?
Uma casa é uma casa, feita de tijolos, madeira e cimento, coberta de telhas, umas maiores, outras menores, umas bem melhores que as outras. Mas é quem as habita que as tornam especiais, que lhe enchem de luz, de perfume, que a fazem pulsar como um coração.
São três mulheres que se tornaram o coração desta casa e o fez tão grande que o seu pulsar era ouvido por todos, pelos loucos, pelos bêbados, pelos jovens, por todos que conseguiam ouvir.
Atraindo-os como uma aranha atrai um inseto para a sua teia. Mas quando enveredado nesta teia não eram digeridos por ela, eram alimentados. Recebiam ali o que não se encontra em qualquer lugar, o mais puro amor e generosidade.
Vivi ali os mais felizes anos da minha vida, carrego comigo lembranças preciosas.
Na Dr. Monte Raso 55 com ações e gestos me ensinaram o que é o respeito, o carinho, a aceitar o mistério, o diferente, com uma tocante simplicidade.
D. Alice. Nivalda e Elisa, de algumas sou parte da carne, de outra sou parte do espírito.
Vocês estão em mim pois sou quem me ensinaram a ser. Obrigada.
A vocês que agora estão no céu e aos que ainda estão na terra e nesta comunidade. Felicidades.
Memória carmelitana
"A
brasileira Dona Maria Goulart de Andrade decidiu, em 1904, criar
escola para meninas e moças em Carmo do Rio Claro, MG. Sua preocupação
chegou ao Bispo de Pouso Alegre, Dom Nery, e à Madre Tonti, das Irmãs
do Sacré Coeur, residente em Auch, que era irmã do Senhor Núncio
Apostólico, Monsenhor Tonti. Em breve, o pedido chegou ao conhecimento
das Irmãs da Providência de Gap, sensibilizando um inquieto coração
missionário, o de Madre Maria Raphael,
que conhecia a Madre Tonti.
Ela confiou à Divina Providência seu sonho de ser missionária no Brasil, e o apresentou a suas Superioras. Partindo de Bordeaux (França), no dia 10/06/1904, festa do Sagrado Coração, algumas Irmãs embarcaram para o Brasil... Eram seis jovens "Marias": Maria Raphael, Maria Fernanda Benquet, Maria Marcial Rachet, Maria Eugênia Courtiés, Maria Valéria Viguerie e Maria Isabel Cadays.
E nos 18 longos e cansativos dias de viagem, elas se esforçaram por aprender a Língua Portuguesa e oraram profundamente a missão que estavam assumindo. O desembarque no Rio de Janeiro aconteceu no dia 28 de junho. Cinco dias depois, 02 de julho de 1904, enfrentando mais uma longa viagem, as Irmãs chegaram ao Carmo do Rio Claro, MG, hospedando-se inicialmente
na casa de Dona Maria Goulart.
Fonte: -http://www.bispado.org.br/aspx/Conteudo.aspx?c=144 -AS ORIGENS, NO BRASIL
No cemitério local existem dois túmulos de duas freiras que vieram para o Brasil numa missão e morreram aqui, exatamente em Carmo do Rio Claro.
que conhecia a Madre Tonti.
Ela confiou à Divina Providência seu sonho de ser missionária no Brasil, e o apresentou a suas Superioras. Partindo de Bordeaux (França), no dia 10/06/1904, festa do Sagrado Coração, algumas Irmãs embarcaram para o Brasil... Eram seis jovens "Marias": Maria Raphael, Maria Fernanda Benquet, Maria Marcial Rachet, Maria Eugênia Courtiés, Maria Valéria Viguerie e Maria Isabel Cadays.
E nos 18 longos e cansativos dias de viagem, elas se esforçaram por aprender a Língua Portuguesa e oraram profundamente a missão que estavam assumindo. O desembarque no Rio de Janeiro aconteceu no dia 28 de junho. Cinco dias depois, 02 de julho de 1904, enfrentando mais uma longa viagem, as Irmãs chegaram ao Carmo do Rio Claro, MG, hospedando-se inicialmente
na casa de Dona Maria Goulart.
Fonte: -http://www.bispado.org.br/aspx/Conteudo.aspx?c=144 -AS ORIGENS, NO BRASIL
No cemitério local existem dois túmulos de duas freiras que vieram para o Brasil numa missão e morreram aqui, exatamente em Carmo do Rio Claro.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Compartilhando
Edmundo Figueiredo postou no Facebook - Histórias do Sul de Minas
O Conselheiro Mayrink Veiga e sua comitiva vieram para o Carmo do Rio Claro para inaugurar a primeira fábrica de manteiga da América do Sul. Desceram o Rio Sapucaí, no vapor "Netuno". Nesta comitiva estavam presentes Dr Randolfo Augusto de Oliveira Fabrino e sua esposa D Helena Bernardina de Carvalho Fabrino. O vapor descia de Fama, passava por Barranco Alto, depois no Porto Ponte (hoje Itaci) e seguia até a fazenda Porto Carrito para chegar nas proximidades de Cachoeiras das Cruzes, o Porto Belo, onde foi instalada a Fábrica de Laticínios. Atualmente está submersa nas águas do Lago de Furnas" - Texto transcrito do livro " O Quadro de Saudades" Carmo do Rio Claro de Celeste Noviello Ferreira.
O Conselheiro citado, juntamente com o Dr Randolfo Fabrino, morador de Carmo do Rio Claro, fundaram a primeira fábrica de laticínios da América do Sul, no final do século XIX, além de investir na navegação no Rio Sapucaí. O Conselheiro foi um empreendedor ousado e, apesar de residir no Rio de Janeiro, teve vários empreendimentos no Sul de Minas, especialmente na região de Caxambu.
O Conselheiro Mayrink Veiga e sua comitiva vieram para o Carmo do Rio Claro para inaugurar a primeira fábrica de manteiga da América do Sul. Desceram o Rio Sapucaí, no vapor "Netuno". Nesta comitiva estavam presentes Dr Randolfo Augusto de Oliveira Fabrino e sua esposa D Helena Bernardina de Carvalho Fabrino. O vapor descia de Fama, passava por Barranco Alto, depois no Porto Ponte (hoje Itaci) e seguia até a fazenda Porto Carrito para chegar nas proximidades de Cachoeiras das Cruzes, o Porto Belo, onde foi instalada a Fábrica de Laticínios. Atualmente está submersa nas águas do Lago de Furnas" - Texto transcrito do livro " O Quadro de Saudades" Carmo do Rio Claro de Celeste Noviello Ferreira.
O Conselheiro citado, juntamente com o Dr Randolfo Fabrino, morador de Carmo do Rio Claro, fundaram a primeira fábrica de laticínios da América do Sul, no final do século XIX, além de investir na navegação no Rio Sapucaí. O Conselheiro foi um empreendedor ousado e, apesar de residir no Rio de Janeiro, teve vários empreendimentos no Sul de Minas, especialmente na região de Caxambu.
Veia Lusitana!
LAVA-PÉS
EDMUNDO FIGUEIREDO
Tenho os dois pé moiado,
E a alma agora muito seca,
Pela beleza desta triste sina,
Dos nosso terreno inundado.
Inundação sempre serena,
Olha que não foi a merreca,
Sim , verteu água, a malina,
Cobrindo sempre, bela cena.
Feito grande, bem hercúleo,
De nosso presidente sapeca,
Deste nosso Estado, as Mina,
Gorpiô inté os dotor, o Júlio.
Inté penso cumé que foi,
A fábrica deste jeito jeca,
Prima da América, a Latina,
Foro imbora todos seus boi.
Hoje, teimosa a seca feroz,
Me dói v^elar quando seca,
A água regurgitará, à mina,
Finando a maldade atroz.
Futuro incerto e armejado,
Não pode sê esta meleca,
Cumprindo o rio, sua sina,
De ser bitelo, mas amado.
Que venha bastante água,
Muito mesmo, não merreca,
Trazendo belezura, menina,
Onde a substânça deságua.
Ficamos tudo, bem bençoado,
Com a água, que às vez seca,
Graças a Deus, nunca termina,
Dispois de tá com os pé lavados.
Meu irmão, Edmundo Figueiredo, pesquisa a história do Carmo e publica na página "Memórias do Sulo de Minas", no Facebook. Sobre os irmãos São Gabriel ele recebeu informações direto da congregação na Itália.
"Em 1904 o Carmo recebia seis Irmãs da Providência de Gap, entre elas Madre Maria Rafael, que fundou o Colégio Sagrados Corações de Jesus e Maria no dia 15 de agosto e, no dia seguinte, começaram as aulas. Em 1907, Mère Rafael fundou no Carmo o primeiro noviciado da Providência no Brasil. Este pioneirismo de Dona Maria Goulart, que trouxe as Irmãs para o Brasil, fez o Carmo berço da Providência no Brasil".
sábado, 19 de janeiro de 2013
As amigas da vóvó!
Vó Alice tinha muitas amigas. Mulheres, pessoas interessantes. Verdadeiros personagens. Entre elas, uma sempre me encantou: a Mocinha. Vocês se lembram dela? Ela morava na casa do Moacir e da Corina, no casarão da praça. Você se lembra de mais alguém? Mande suas lembranças para o blog.
MOCINHA
Ela andava rajada de saias longas e com as mãos cheias de
anéis de pedras de todas cores, anéis antigos. Mocinha morava no maior e mais
imponente casarão da Praça da Matriz. Tinha os cabelos bem curtos, cortados
rente ao coro cabeludo e todo branco. Os olhos eram azuis. Mas cegos. Mocinha
quando era mais nova era completamente normal e aprendeu a escrever. Depois,
ficou cega, surda e muda. Era brava, em sua quase incomunicabilidade.
Cuidava-lhe a preta Quirina, de dentadura vermelha e dois bons olhos sempre
marejados. As duas pareciam sair de dentro da história. Já então, personagens.
Mocinha ficava brava e batia a bengala para todos os lados, quando a criançada
puxava suas saias, quando andava pelo jardim.. Nossa vontade era entrar no
quarto de Mocinha, onde só Quirina entrava e de vez em quando, sua sobrinha
Size, pulava suas janelas. O quarto de Mocinha que vive em mim está cheio de
baús e prendas, de broches, colares, camafeus, anéis, lenços e sedas caindo
pelas arcas. Diziam que só ela limpava seu quarto. Então, imaginávamos baratas,
aranhas e morcegos no quarto de Mocinha. Ela era uma das amigas de vovó Alice.
E de vez em quando pedia, escrevendo em nossas mãos, sabonete. Perfumados,
cheirosos. Restava-lhe o olfato.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Tecelagem WS, beleza e tradição!
João Antônio aprendendo a tecer. Tem na veia a ciência. |
Flashes da Fazenda Água Limpa
Estas fotos foram tiradas
A cozinha, nossa sala de visita. |
As hortênsias e, do lado, um dos muros de pedra. Neste, dá para subir e ficar vendo o horizonte na várzea. |
Parabéns!
Bom astral!
Quase ao vivo! Diretamente do "Face"
domingo, 13 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
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