domingo, 20 de janeiro de 2013

Veia Lusitana!

LAVA-PÉS

EDMUNDO FIGUEIREDO

Tenho os dois pé moiado,
E a alma agora muito seca,
Pela beleza desta triste sina,
Dos nosso terreno inundado.

Inundação sempre serena,
Olha que não foi a merreca,
Sim , verteu água, a malina,
Cobrindo sempre, bela cena.

Feito grande, bem hercúleo,
De nosso presidente sapeca,
Deste nosso Estado, as Mina,
Gorpiô inté os dotor, o Júlio.

Inté penso cumé que foi,
A fábrica deste jeito jeca,
Prima da América, a Latina,
Foro imbora todos seus boi.

Hoje, teimosa a seca feroz,
Me dói v^elar quando seca,
A água regurgitará, à mina,
Finando a maldade atroz.

Futuro incerto e armejado,
Não pode sê esta meleca,
Cumprindo o rio, sua sina,
De ser bitelo, mas amado.

Que venha bastante água,
Muito mesmo, não merreca,
Trazendo belezura, menina,
Onde a substânça deságua.

Ficamos tudo, bem bençoado,
Com a água, que às vez seca,
Graças a Deus, nunca termina,
Dispois de tá com os pé lavados.




Meu irmão, Edmundo Figueiredo, pesquisa a história do Carmo e publica na página "Memórias do Sulo de Minas", no Facebook. Sobre os irmãos São Gabriel ele recebeu informações direto da congregação na Itália.

"Em 1904 o Carmo recebia seis Irmãs da Providência de Gap, entre elas Madre Maria Rafael, que fundou o Colégio Sagrados Corações de Jesus e Maria no dia 15 de agosto e, no dia seguinte, começaram as aulas. Em 1907, Mère Rafael fundou no Carmo o primeiro noviciado da Providência no Brasil. Este pioneirismo de Dona Maria Goulart, que trouxe as Irmãs para o Brasil, fez o Carmo berço da Providência no Brasil". 

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