
"Em fins de 1956, numa pescaria no salto do Dr. Alberto, encontramos as margens do rio demarcadas, mas nem passava pela cabeça de alguém o que estava para acontecer. À tarde, esquecendo as estacas, partimos para os aperitivos e o bate-papo antes da janta. Numa bica, Sebastião Bralino e Joaquim Neca preparavam os peixes; no rancho, o Zico do assad arrumava sua cama, bem debaixo de uma cabaça enorme amarrada no teto; o Tiãozinho do Adelino (não bebia cerveja) havia se embrenhado no mato para esconder os guaranás, seguido de longe por mim e Zé do Nelson, para mudar o esconderijo; Dito Batista amarrava os anzóis de espera; Humberto Nequinha e Jairo Krauss ajudavam na cozinha e lá ficamos uns 3 dias, sem saber que seria a última vez"
Em 28/02/1957, as obras de Furnas começaram. O livro "História da Ventania" (José Iglair Lopes), relata a situação social criada pela hidrelétrica na região:
"Foi uma mudança brusca e repentina. Um povo pacato, religioso, teve que adaptar-se, repentinamente, a conviver com uma população flutuante, chegando a empregar perto de 7 mil pessoas no ano de 1961, ambiente mesclado de brigas, meretrício e crimes. Por outro lado, a cidade saía do anonimato para jornais, revistas, mapas, como o município sede da maior usina hidroelétrica do País".
César não, esse é o preso, o César está na frente da foto, ou melhor, foi ele que tirou a foto. EhEHEHEHH
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