domingo, 9 de fevereiro de 2014

As Marias - Quando o nascimento de uma mulher era um castigo!

Imigrantes portugueses chegando ao Brasil. As mulheres não tinham o sobrenome dos pais, mas nomes de santos.

Ana Maria Vilela Soares é da quinta geração do Patriarca do 1º Tronco e a primeira filha na árvore genealógica da Família Vilela. Ela é filha de Leonor Vilela e meu pai, Edmundo Figueiredo Soares.
Uma curiosidade descrita no seu livro "Genealogia da Família Vilela de Carmo do Rio Claro":
" Desejo, ainda, chamar a atenção para os nomes da maioria das mulheres de antigamente. Muito poucas assinam o sobrenome do pai. Para que se tome conhecimento da razão pela qual isso acontecia, tomo a liberdade de transcrever, a seguir, um trecho de autoria de Denise Cássia Garcia, no seu livro sobre os Garcia "Frades" (1990, p.28)


"De 1720 a 1780, a maioria dos imigrantes portugueses que entravam em Minas era de origem açoriana, trazendo seus hábitos e costumes que foram contribuindo para formar o perfil do brasileiro, com seus preceitos e preconceitos, que delinearam o perfil de uma época em que, tamanho era o obscurantismo da mulher que, quando grávida, esperava ansiosamente o nascimento de um filho varão, pois era uma fatalidade, quando não um castigo, o nascimento de uma menina, que por se considerada um ser inferior, recebia logo ao nascer um nome de santo devido às superstições que, conforme os conceitos da época precisariam das bençãos celestiais e da proteção de um santo, sem contar que a vinda de uma mulher na família quase sempre irritava a vontade do varão, que não podia contar com mais um braço para ajudá-lo. E é devido a isso que todos nós encontramos em nossos ancestrais várias Marias de Jesus, de São José, de São Joaquim, do Espírito Santo e de tantos outros santos".
Portugueses desembarcam no Brasil.

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