Ê laranja boaaaaaaaaaaaaa. ê laranja boaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Ta boa patroinha? Aí em cima, dois queridos personagens de Carmo do Rio Claro, o Bráz preto e o Tãozinho. De tempos em tempos íamos à sapataria do Tãozinho, mamãe e os sete filhos. Ele descia a loja, sempre super educado. A família dele é ouro! Entre eles, amigos queridos como o Coró, a Terezinha....
O outro é o negro Bráz, personagem da nossa infância. Andava pelas ruas com esta sua sandália de couro de pneu, gritando um brado tão alto que quando ele gritava na Wenceslau, ouvíamos em casa, na rua Dr. Monte Razo, depois da praça. Era um doce de criatura, puro anjo! Morreu bem cuidado no asilo do Carmo.
O outro é o negro Bráz, personagem da nossa infância. Andava pelas ruas com esta sua sandália de couro de pneu, gritando um brado tão alto que quando ele gritava na Wenceslau, ouvíamos em casa, na rua Dr. Monte Razo, depois da praça. Era um doce de criatura, puro anjo! Morreu bem cuidado no asilo do Carmo.
BRÁS PRETO
Um grito
desmancha o silêncio na cidade pequena
- a laranja
boaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
É o velho Brás
O preto Brás
Negro que nem
escravidão
Pés grosso na
sola de pneu
Sorrindo os
olhos humildes:
- Qué compra laranja
patroinha?
(eu, em
minutos, a sinhazinha do Coronel)
- A patroinha
tá boa?
Velho do
tamanho da cidade
Onde tatuou os
pés grossos de luta
Subiu e desceu
calmamente
Embalou sinhás
nascidas
Lavrou terras
de senhores
Contou casos
assombrados aos pés do fogão de lenha.
Manuel
Bandeira me empresta.
Brás preto,
Brás sempre de bom humor.
Imagino Brás
entrando no céu
- Dá licença,
São Pedro.
Entre, Brás,
você não precisa pedir licença.
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