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NHÁ CHICA |
"Neta de escrava, filha de ex-escrava e de pai desconhecido, Francisca de
Paula de Jesus nasceu em 1810 em Santo Antônio do Rio das Mortes
Pequeno, distrito de São João del Rey , vindo o falecer em 1895 em
Baependi, onde viveu por mais de oitenta anos.
De acordo com
informações atestadas pelo escritor e historiador José de Souza Martins,
a avó de Nhá Chica, uma africana trazida de Angola num navio negreiro
em 1725, ficou conhecida como Rosa de Benguela. Violentada aos 14 anos
pelo seu "amo e senhor", foi vendida e levada do Rio para Minas, onde
veio ao morar perto de Mariana. Cativa na Fazenda Cata Preta, viveu 15
anos na prostituição. Aos 30 anos, doente, resolveu mudar de vida.
Vendeu os poucos bens que tinha, distribuiu o dinheiro aos pobres e
começou a participar de ofícios e liturgias nas igrejas da região.
Sua filha Izabel Maria, a mãe de Nhá Chica, foi alforriada,
deixando então de ser escrava. Mulher piedosa, ela pediu a Francisca
que não se casasse, para assim dedicar sua vida à caridade.
Obediente
à recomendação da mãe, viveu celibatária, cultivando verduras, frutas e
flores, e rezando muito. Com esmolas e ajuda do povo, mandou construir
uma capela que ficou conhecida como a igreja de Nhá Chica.
A menina
nunca foi à escola. Viveu e morreu analfabeta. Lamentava não poder ler a
Bíblia, da qual decorava trechos e recitava de cor algumas orações.
Rezava diante de uma pequena imagem da Imaculada Conceição, retirando-se
para junto dela no quarto, enquanto pessoas que recorriam às suas
preces aguardavam na sala.
Segundo relato dos seus coetâneos, Nhá
Chica era uma "moreninha clara, olhos verde-gaios, jovial, dengosa, um
encanto de criança, alegre e comunicativa”.
(Fonte: http://www.realidadecristo.com.br/2013/05/conheca-nha-chica.html
PADRE VICTOR
Monsenhor Francisco de Paula Victor, o conhecido Padre Victor, nasceu na
cidade de Campanha, MG, em 20 de Abril de 1827. Batizado na Igreja
Matriz da cidade aos 20 de abril deste mesmo ano, como consta na página
62 do livro 9 (1825- 1838) de batizados da Campanha.
Assim, até a idade de 24 anos, viveu e trabalhou como alfaiate aqui na
sua terra natal em Campanha, na rua Saturnino de Oliveira (Rua Direita),
até a sua ordenação sacerdotal em 1851. Um ano após, em 1852, foi
transferido para a cidade de Três Pontas como vigário, onde morreu com
79 anos em 23 de Setembro de 1905.
SANTOS CARMELITANOS
Estes dois santinhos foram contados para nós pela Vovó Alice Figueiredo. De Nhá Chica ela dizia que era de Baependi e levitava. De Padre Victor, que era exorcista. Uma vez, segundo ela, foram exorcizar um demônio, o próprio disse: Só quem pode comigo é o negro beiçudo.
No Carmo, temos alguns santos no cemitério local. A santa SILVERINHA é uma delas. Seu jazigo vive queimando velas de promessas. Era era acometida de várias doenças - câncer, lepra etc... Vivia num casebre, no caminho do cemitério. Quando ia lá fazer novenas, passava na casa da Silverinha. Ela, com um toco de mãos, deformada pela lepra, girava constantemente um terço, rezava dia e noite.
Outro túmulo que arde em velas é o do Padre Risolia. Sei que é parente da minha amiga Salete Maimoni, mas quase nada sei, a não ser que era um santo. Alguém sabe mais?
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