domingo, 16 de fevereiro de 2014

Crônicas de Belô - a volta dos exilados políticos

Eu vi de perto a volta dos exilados. Trabalhava no Jornal Repórter de Minas, um pequeno jornal localizado no bairro Prado. O jornal ainda era feito primeiro em um filme e depois recortado e colado em folhas grandes. Não tinha ainda Internet. O diretor era amigo de sindicalistas e políticos. Lá, vi de perto a volta de deputado Sinval Bambirra, do líder do sindicado dos tecelões, João Luzia, de José Maria Rabelo. Trabalhei com seu filho, Fernando Rabelo, na Belotur. João Luzia não foi para o exílio, acabou vivendo com outro nome como caseiro em Petrópolis. Lá, teve outra mulher e construiu outra família. Com a anistia, revelou para os filhos e a mulher que tinha outra família em Minas Gerais. 

Na Praça Sinval Bambirra, na Avenida Prudente de Moraes, bairro Vila Paris, o Prefeito Marcio Lacerda e o Secretário da Regional Centro-Sul, Harley Andrade, inauguraram um monumento em homenagem ao político e sindicalista Sinval de Oliveira Bambirra. A escultura é de autoria de Marco Paulo Passos e foi doada pela família Bambirra.
Uma estátua para Sinval Bambirra



Sinval de Oliveira Bambirra foi um importante sindicalista mineiro e político brasileiro. A escultura em homenagem a ele foi doada pela família e eterniza a memória de um homem que sempre esteve ao lado da classe trabalhadora, lutando por melhores condições de trabalho, salariais e culturais. Bambirra nasceu em 1933, em Minas Gerais, na cidade de Betim, e veio a falecer em 2003, em Belo Horizonte. Exilado durante 15 anos em Cuba e na Alemanha Oriental, em função do regime ditatorial instalado no Brasil em 1964, Bambirra nunca deixou de lutar pela solidariedade e igualdade entre os homens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário