sábado, 15 de fevereiro de 2014

SARAU NA MUNICIPAL



SER TÃO NECESSÁRIO
Edmundo Figueiredo

Saudades muitas vezes necessárias,
Mundo velho, louco e sem porteira,
Aqui chegamos nós, gente faceira,
No café e no açucar, várias áreas.

Faço sempre odes a esta linda terra,
Geradora, esta, de nossa fibra e garra,

Se em alguma tristeza em mim esbarra,
Não me abaixo, com certeza, se ferra!

Nordeste, terra querida, tão distante,
Doeu esta saudade, me fez pequeno,
Isto a princípio, depois tornei ameno,
Com tempo, fui me tornando gigante.

Necessário, justo e bendito sofrimento,
Para, durante toda a linha desta vida,
Fazer lapidar nossa vontade aguerrida,
E levar adiante todo nosso movimento.

Feita esta vida girar no certeiro rumo,
Encaixo-me, perfeito, dentro do eixo,
De fazer valer vontade, nunca deixo,
E, com prazer e orgulho, me aprumo!

Sonho e vida, realizações, concluídos,
Sertão que ficou prá trás, resgatado,
Não deixar nada, que é seu largado,
E sair por aí a espalhar bons fluídos,


Tenho dito e feito!!!!
José Augusto do Nascimento, o violinista do Rosário.

Foto de Eugen Emmerick - Quem é o violinista?



Minha irmã, Tata com Flaviana Cristina, no Sarau acontecido ontem na Biblioteca Pública Municipal. Parabenizo Flaviana pela iniciativa. Ela está agitando a cultura do Carmo. Segundo Tata, foram poetas de vários bairros, um violinista do Rosário (José Augusto do Nascimento), contou com a participação da minha amiga, Heleninha (da Rua do Porto). E, claro, do Júnior, filho do Jair e do Paulinho Carielo, que cantaram. Disse minha irmã, que uma filha da Fátima herdou seu dom e também cantou lindamente. Quem sabe o nome dela?
Sarau na Municipal - mais que um encontro cultural: um encontro de amigos e amantes das artes: com Bruno SantosJair Soares JuniorMaria Helena Ferreira, Juninho Oliveira e Flaviana Cristina.

Uma contribuição


Perdi o bonde da história
Afogo na Internet
E nem sei falar inglês.
Premente vontade de me reinventar.
Assustam-me os dias
O meu apartamento com a boca escancarada
Cheio de dentes
Me mastiga lentamente.
Saudades da fome do corpo
Do fogo da paixão
Inventei uma vida e hoje me cansa.
Há muito silêncio entre nós.
Vivi o sonho de outro
Muitos e muitos dias
 anos e anos
Para viver a sua vida
Tive que adiar a minha.
Hoje, tenho um vazio
Que custa-me preencher
Precisa curiosidade
A velha rebeldia
Ainda que tardia.
Estou numa gaiola.
Minas cresceu ao meu redor.
Suas montanhas me esconderam do mundo.

FLASHES FOTOS DE EUGEN EMMERICH
Fernanda Eugênia
Maria Helena Ferreira, minha amiga, HELENINHA


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