BREVE HISTÓRICO DE CARMO DO RIO CLARO
Segundo
anotações existentes no Livro do Tombo nº 1, a Freguesia de Nossa Senhora do
Carmo do Monte do Rio Claro foi criada em 01.11.1810 e fazia parte do
território da Campanha da Princesa, passando, em 1814, a pertencer ao município
De Jacuí. Em 1848, passou a pertencer ao município de Passos. A Lei Provincial
2143 de 29.19.1875 criou o Município de Carmo do Rio Claro e Conceição da
Aparecida.
O
distrito do Itaci foi adquirido pelo município de Carmo do Rio Claro e
desmembrado do município de Boa Esperança em Decreto-lei estadual nº 148 de
17.12.1938. Nessa época o município é subdividido em 3 distritos: Carmo do Rio
Claro, Conceição da Aparecida e Itaci.
Pelo
Decreto-lei nº 1.058 de 31.12.1943 o município de Carmo do Rio Claro perdeu o
distrito de Conceição da Aparecida, que se tornou município.
A
Comarca de Carmo do Rio Claro foi criada pela Lei nº 11, de 13.11.1891, sendo
instalada a 05.05.1982 e abrange dois municípios: Carmo do Rio Claro e
Conceição da Aparecida. Pela Lei 1039 de 12.12.1953, que aprovou a divisão
territorial administrativo-judiciária vigente, a comarca de Carmo do Rio Claro
tem sob sua jurisdição o município de Conceição da Aparecida.
Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (IBGE), V.XXIV (Municípios Mineiros, letras A-C, 31.01.1958, pl401-402)
MINHA
FONTE
A
minha fonte foi o livro “Genealogia da Família Vilela de Carmo do Rio Claro”,
de autoria de Ana Maria Vilela Soares. Por sinal, minha querida irmã. Pesquisadora
nata, conseguiu chegar às origens da família e relacionar milhares de pessoas
nos galhos de uma grande árvore. Uma tarefa que levou 10 anos. Ela é fonte
segura para pesquisas.
No
Prólogo do livro, o cientista carmelitano Antônio Cândido de Mello e Souza faz
uma síntese deste trabalho minucioso efetuado por Ana Maria Vilela Soares, que presta uma
grande contribuição à história de Carmo do Rio Claro.
“Como
cientista que é, Ana Maria ordenou o seu
material de modo lógico, depois de ter levado a cabo durante anos a
investigação paciente e bem conduzida. O resultado não é apenas um conjunto
interessante sobre milhares de pessoas, mas também estímulo para refletirmos
sobre o destino dos grupos familiares. Aqui aparecem mulheres e homens da mais
variada condição, situados em níveis diferentes de estrutura social, ilustrando
toda a gama das profissões desde as mais cotadas até as mais modestas, fazendo
pensar como as famílias são uma espécie de resumo da sociedade local, na medida
em abrangem tantas atividades e condições.
É
interessante, sob esse aspecto, focalizar a sucessão das gerações, identificadas
pela genealogia por meio de números básicos, de 1 a 9. A geração 1 é
constituída exclusivamente por gente do campo. Era o tempo do Brasil pouco urbanizado,
no qual a absoluta maioria da população se dedicava às fainas rurais.
Fazendeiros, sitiantes, simples trabalhadores viviam de plantar e de criar
gado, ocupando de forma esparsa o território quase vazio. A seguir,
acompanhando a mudança econômica e social, surgiram outras atividades que a
genealogista registra, numa extraordinária diversificação do grupo familiar:
profissões liberais, magistério, funcionalismo público, comércio,
administração, ofícios. Os mais capazes, ou mais afortunados, sobem, enquanto
outros descem. Uns são abastados, outros pobres. Uns estudam e se ilustram,
outros ficam perto da ignorância. Aos poucos as mulheres vão invadindo a seara
dos homens e exercendo atividades antes reservadas a eles. A partir de dado
momento, parece que elas já tendem a se equiparar. Seguindo o ritmo da
história, o grupo inicial de rústicos trabalhadores e criadores se urbanizou e
se redistribuiu no espaço social.
Caso
igualmente significativo é o do casamento, que a princípio tem forte tendência endogâmica
e une apenas membros da etnia básica. À medida que o tempo corre, a exogamia
prevalece e são cada vez mais frequentes as uniões com outras etnias,
acompanhando a incorporação à sociedade dos imigrantes e seus descendentes.
Aparecem então os sobrenomes italianos, espanhóis, alemães, sírio-libaneses, e
tal modo que o leitor sente o movimento de transformação da sociedade através
do destino de um grupo familiar. Quer dizer que Ana Maria não apenas elaborou
uma espécie de catálogo genealógico, mas construiu um panorama histórico-social
que reflete a sociedade...”
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