sábado, 8 de fevereiro de 2014

MINHA FONTE

BREVE HISTÓRICO DE CARMO DO RIO CLARO

Segundo anotações existentes no Livro do Tombo nº 1, a Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Monte do Rio Claro foi criada em 01.11.1810 e fazia parte do território da Campanha da Princesa, passando, em 1814, a pertencer ao município De Jacuí. Em 1848, passou a pertencer ao município de Passos. A Lei Provincial 2143 de 29.19.1875 criou o Município de Carmo do Rio Claro e Conceição da Aparecida.

O distrito do Itaci foi adquirido pelo município de Carmo do Rio Claro e desmembrado do município de Boa Esperança em Decreto-lei estadual nº 148 de 17.12.1938. Nessa época o município é subdividido em 3 distritos: Carmo do Rio Claro, Conceição da Aparecida e Itaci.
Pelo Decreto-lei nº 1.058 de 31.12.1943 o município de Carmo do Rio Claro perdeu o distrito de Conceição da Aparecida, que se tornou município.

A Comarca de Carmo do Rio Claro foi criada pela Lei nº 11, de 13.11.1891, sendo instalada a 05.05.1982 e abrange dois municípios: Carmo do Rio Claro e Conceição da Aparecida. Pela Lei 1039 de 12.12.1953, que aprovou a divisão territorial administrativo-judiciária vigente, a comarca de Carmo do Rio Claro tem sob sua jurisdição o município de Conceição da Aparecida.
Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (IBGE), V.XXIV (Municípios Mineiros, letras A-C, 31.01.1958, pl401-402)





MINHA FONTE

A minha fonte foi o livro “Genealogia da Família Vilela de Carmo do Rio Claro”, de autoria de Ana Maria Vilela Soares. Por sinal, minha querida irmã. Pesquisadora nata, conseguiu chegar às origens da família e relacionar milhares de pessoas nos galhos de uma grande árvore. Uma tarefa que levou 10 anos. Ela é fonte segura para pesquisas.
No Prólogo do livro, o cientista carmelitano Antônio Cândido de Mello e Souza faz uma síntese deste trabalho minucioso efetuado por Ana Maria Vilela Soares, que presta uma grande contribuição à história de Carmo do Rio Claro.

“Como cientista que é,  Ana Maria ordenou o seu material de modo lógico, depois de ter levado a cabo durante anos a investigação paciente e bem conduzida. O resultado não é apenas um conjunto interessante sobre milhares de pessoas, mas também estímulo para refletirmos sobre o destino dos grupos familiares. Aqui aparecem mulheres e homens da mais variada condição, situados em níveis diferentes de estrutura social, ilustrando toda a gama das profissões desde as mais cotadas até as mais modestas, fazendo pensar como as famílias são uma espécie de resumo da sociedade local, na medida em abrangem tantas atividades e condições.

É interessante, sob esse aspecto, focalizar a sucessão das gerações, identificadas pela genealogia por meio de números básicos, de 1 a 9. A geração 1 é constituída exclusivamente por gente do campo. Era o tempo do Brasil pouco urbanizado, no qual a absoluta maioria da população se dedicava às fainas rurais. Fazendeiros, sitiantes, simples trabalhadores viviam de plantar e de criar gado, ocupando de forma esparsa o território quase vazio. A seguir, acompanhando a mudança econômica e social, surgiram outras atividades que a genealogista registra, numa extraordinária diversificação do grupo familiar: profissões liberais, magistério, funcionalismo público, comércio, administração, ofícios. Os mais capazes, ou mais afortunados, sobem, enquanto outros descem. Uns são abastados, outros pobres. Uns estudam e se ilustram, outros ficam perto da ignorância. Aos poucos as mulheres vão invadindo a seara dos homens e exercendo atividades antes reservadas a eles. A partir de dado momento, parece que elas já tendem a se equiparar. Seguindo o ritmo da história, o grupo inicial de rústicos trabalhadores e criadores se urbanizou e se redistribuiu no espaço social.

Caso igualmente significativo é o do casamento, que a princípio tem forte tendência endogâmica e une apenas membros da etnia básica. À medida que o tempo corre, a exogamia prevalece e são cada vez mais frequentes as uniões com outras etnias, acompanhando a incorporação à sociedade dos imigrantes e seus descendentes. Aparecem então os sobrenomes italianos, espanhóis, alemães, sírio-libaneses, e tal modo que o leitor sente o movimento de transformação da sociedade através do destino de um grupo familiar. Quer dizer que Ana Maria não apenas elaborou uma espécie de catálogo genealógico, mas construiu um panorama histórico-social que reflete a sociedade...”


  1. Antonio Candido de Mello e Souza é um sociólogo, literato e professor universitário brasileiro. Estudioso da literatura brasileira e estrangeira, possui uma obra crítica extensa, respeitada nas 0,principais universidades do Brasil. Wikipédia


Nenhum comentário:

Postar um comentário